Diferenças
Vê só as disparidades entre o que ganham os agentes públicos. Quando se fala em diárias, então, a distância uns dos outros é quilométrica.
Um delegado de polícia, por exemplo, para se deslocar em trabalho ao litoral, recebe uma diária de R$ 80,00.
Um conselheiro do Tribunal de Contas vai levando no bolso R$ 800,00. E lá não tem nem hotel com diária na metade disso.
Fonte: AZ
Edição Blog do Pessoa
Após mais um dia de trabalho no comando da greve, é forçoso admitir que, se o movimento não é fácil, por outro lado, tem sido produtivo o bastante para podermos dizer que tudo tem valido a pena.
ResponderExcluirNa assembléia geral de hoje, que contou com a participação de 190 servidores, foi definida uma contraproposta de funcionamento dos serviços e das atividades da UFPI durante a greve: os que julgamos essenciais funcionarão com 30% dos servidores; todos os demais ficarão paralisados 100%. O documento será encaminhado à Administração Superior, em cumprimento às formalidades de praxe.
Neste momento, vão se delineando dentro do movimento diversas formas de atuação– e também de omissão: há os que manifestam apoio; os que são tomados pelo medo; os que se colocam na linha de frente; os que fazem as coisas acontecerem; os que só enxergam os problemas; os que querem o nascimento do direito sem o indispensável e doloroso momento do parto, do qual já falava Ihering.
É importante dizer que nós entendemos cada uma das pessoas que defendem com unhas e dentes os favores que recebeu, sobretudo os parentes dos servidores, e os parentes dos parentes que integram o (grande) quadro de pessoal terceirizado no âmbito da instituição, em afronta ao princípio da impessoalidade e a tantos outros contidos no texto da Constituição Federal de 1988.
Entendemos também o “complexo de gratidão”arraigado na alma de muitos servidores que agora não se sentem à vontade para se unir ao movimento grevista, muito embora este transcenda as fronteiras da UFPI e represente a forma mais legítima de reivindicarmos melhores condições de trabalho que, afinal, dignifica o homem. Entendemos sim, mas não concordamos que os interesses egoísticos sobreponham-se aos interesses maiores de toda a categoria.
Não concordamos por saber que as vantagens que obtivermos com sangue, suor e lágrimas (é só uma metáfora!) serão estendidas a todos; também por saber que, enquanto milhares de pessoas neste estado do Piauí dormem apenas 2 horas por noite, gastam o que não possuem com material de estudo para concurso público e despesas correlatas, a UFPI, comprometida com a “ciência, arte e inclusão social”, está abarrotada de pessoas que não foram aprovadas em concurso público, não cumpriram e nem podem cumprir estágio probatório, não se submeteram a avaliação de desempenho e, num momento crucial como esse, ainda servem de obstáculo à eficácia de nossa greve.
É por tudo isso e muito mais que nós não podemos desistir! Embora a nossa democracia e a independência e harmonia entre os Três Poderes mais pareçam um sonho distante; embora nos deparando com o medo de muitos servidores relacionados a perseguição, corte de ponto, desconto de salários, exoneração por estarem cumprindo estágio probatório e tantas outras práticas opressoras que, de per si, não encontram respaldo em nossa lei e em nosso Direito temos que fortalecer ainda mais o movimento. Aliás, Roberto Shinyashiki já disse que nós só conseguimos resolver os problemas se formos maiores do que eles; se eles estão aumentando, devemos ser maiores ainda. Fernando Pessoa, por sua vez, disse que “quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor”. E hoje, na Assembléia, um nobre colega trouxe-nos a memória o grande político e jurista Rui Barbosa, segundo o qual “o homem que não luta pelos seus direitos não merece viver”.
Por tudo isso, convidamos todos a encorpar o movimento, a fim de mostrar ao Governo e à sociedade a força de nossa greve que representa direito fundamental. Os TA’s do IFPI, a quem eu encaminho esse email, estão todos convidados a aderirem à greve como forma de protesto e indignação contra toda forma de opressão e desrespeito, bem como para reivindicar todos os direitos e vantagens que integram a pauta nacional de reivindicações da FASUBRA Sindical.
Joana.
rsrsrsrs... quantos trabalhadores são necessários para gerar imposto equivalente a esse valor de diárias? Pois é. O Brasil ainda tem um pouco do passado e isso não muda nunca, onde muitos trabalham para destinar certas quantias a bolsos, ou melhor, a contas bancárias de poucos.
ResponderExcluirE UMAS FULERAGENS DAQUELAS DE TERESINA VEM QUERER DA UMA DIÁRIA PRA GENTE DE 50 REAIS.VOU TE FALAR USO O TERMO DE DONIZETE ADALTO EM MEMÓRIA PAU NA MÁFIA.
ResponderExcluirManheeeeeeê quero ser autoridade.
ResponderExcluir