Os peixes da família Poecilidae são muito frequentes em todas as bacias
dos rios da América Latina e são conhecidos como “barrigudinhos”, lebistes,
guaru ou guppy. Mostram-se eficientes no controle dos mosquitos, principalmente
nas fases da vida aquática do inseto. O objetivo principal deste trabalho foi realizar
o controle biológico de larvas de Aedesaegypti e culicídeos em recipientes
de grande porte, bebedouros de animais, piscinas desativadas, cascatas e outros
ambientes semelhantes. Os exemplares utilizados na formação do plantel de
matrizes foram coletados no leito de córregos dos municípios de Uberlândia, MG,
e Parnaíba, PI. Selecionaram-se 84 locais para povoamento com barrigudinhos, sendo
69 (82%) em Uberlândia, MG, e 15 (18%) em Parnaíba, PI. Em Parnaíba, PI, 40% dos
locais povoados foram poços (cacimbões), 20% indústrias e 40% piscinas
abandonadas. Em Uberlândia, 59,5% foram empresas (comércio, teatros, clubes com
piscinas abandonadas, obras abandonadas, cerealistas, escolas dentre outros), 29,0%
residências com piscinas abandonadas ou outro tipo de reservatório de água para
uso geral. Os terrenos baldios com reservatórios descobertos representaram
apenas 4,3% do total dos locais povoados; as chácaras na periferia da cidade representaram
7,2% e apresentavam depósitos como banheiras antigas adaptadas para bebedouros
de animais, caixas-d´água descobertas para irrigação e piscinas abandonadas. Houve
necessidade de se realizar repovoamento em 12 locais. E três destes, não foi
possível a sobrevivência dos peixes e se manteve o tratamento convencional com
o uso de inseticida, aplicado pelos agentes do Centro de Controle de Zoonoses
(CCZ). O uso dos peixes mostra-se adequado e de baixíssimo custo. Após a
implantação, o trabalho limitou-se ao deslocamento dos agentes, quinzenalmente,
até os locais povoados para observarem a presença de larvas de mosquitos e
peixes. Não foi necessário nenhum
cuidado de manejo e alimentação dos peixes após o povoamento. Confirmaram-se a
alta resistência e a capacidade de sobrevivência desses peixes às condições
adversas dos locais de povoamento, comprovadas pela rápida adaptação e
reprodução. Os locais mais antigos, com
mais de três anos, não apresentam larvas de culicídeos e/ou Aedes aegypti desde então e não mais houve a aplicação de
veneno no ambiente.
Muito bonito e importante esse trabalho da Embrapa. E de parabéns está o Sr. Carlson por trazer assuntos serios e pessoas competentes como esse profissional da Embrapa para nos informar de maneira técnica e inteligente como nos defender desse problema sério que é a dengue. PARABÉNS..
Obrigado Senhor Carlson por ter publicado este importante assunto em continuação do artigo "Peixe come até cem larvas por dia do mosquito transmissor da dengue", da autoria de Josef Anton Daubmeier, postado por Blog do Pessoa na data de 11/04/2010 às 07:38
Muito bonito e importante esse trabalho da Embrapa. E de parabéns está o Sr. Carlson por trazer assuntos serios e pessoas competentes como esse profissional da Embrapa para nos informar de maneira técnica e inteligente como nos defender desse problema sério que é a dengue. PARABÉNS..
ResponderExcluirObrigado Senhor Carlson por ter publicado este importante assunto em continuação do artigo "Peixe come até cem larvas por dia do mosquito transmissor da dengue", da autoria de Josef Anton Daubmeier, postado por Blog do Pessoa na data de 11/04/2010 às 07:38
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