10 de fev. de 2011

LENÇÓIS MARANHENSES A PARTIR DE PARNAÍBA (PIAUÍ)

Caburé nos Lençois maranhenses
 Não compensou! Não recomendo que o colega viajante contrate qualquer serviço de agenciamento de viagem pela “CASA DO TURISMO”, no Porto das Barcas de Parnaíba, segunda maior cidade do estado do Piauí, e nem se hospede na pousada Buritis, na aldeia de Caburé, povoado nas praias dos Lençóis Maranhenses, no estado do Maranhão.
No início de janeiro de 2011, na cidade de Parnaíba, no Piauí, eu e duas amigas procurávamos o jeito mais tranquilo possível de realizarmos o sonho de visitar os lençóis maranhenses. Procuramos nas lojas do Porto das Barcas, região histórica da cidade e com vários estabelecimentos que nas próprias fachadas anunciam servir de agência de viagem para visitação, traslado e hospedagem nos Lençóis, um serviço que nos levasse para os Lençóis, nos hospedasse, passeasse conosco e nos trouxesse de volta. Por R$1700, o proprietário da agência Casa do Turismo, cujo nome era Antônio, que gerenciava a agência com sua esposa alemã, chamada Anne, prometeu que cuidaria de tudo para que tivéssemos uma viagem com o máximo de qualidade em estadia e passeios, que o serviço que prestava era exatamente para não nos preocuparmos com absolutamente nada durante os passeios. Pedia pagamento adiantado e fez gozação quando pedi nota fiscal do serviço, dizendo que numa situação daquelas só podia mesmo rir. No entanto, com sua atitude simpática e risonha, convenceu o resto da turma de que tinha o melhor serviço que poderíamos encontrar. Combinamos de sair de manhã cedo do povoado de Barra Grande e de rodarmos até a aldeia de Caburé, a única nas praias dos lençóis, onde ficaríamos hospedados na pousada Buritis em “quartos de primeira classe” até as 16 horas do dia seguinte. Além disso, ficou combinado de termos um passeio de "voadeira" (barco de velocidade) no Rio Preguiças e de visitarmos os lençóis maranhenses, onde nos banharíamos nas piscinas naturais. Tudo isso em um só dia. De oito da manhã às 16 horas.
Assim que pagamos, o agenciador Antônio entregou um voucher sem identificação alguma de seu estabelecimento ou de seu telefone, dizendo que no dia seguinte um táxi nos pegaria na Barra Grande para nos levar a Parnaíba e dali, em uma Land Rover, iríamos para a aldeia de Caburé, nos Lençóis.
Assim que chegamos em Caburé, o gerente da pousada, chamado França, nos apresentou as regras da casa: a pousada tinha energia elétrica unicamente por um gerador a diesel que era desligado às 22 horas. A partir de então não teríamos energia para nada, contando apenas com velas de cera. Na pousada, os hóspedes ficavam alojados em casebres de higiene duvidosa. Não havia ar condicionado e nem ventilador. Dentro do casebre, era abafado e havia uma varandinha em cujas pilastras de madeira poderíamos estender redes, que ficavam à disposição no quartinho. Uma de minhas amigas pendurou a rede nos ganchos das pilastras e estes se romperam enquanto ela dormia. Consequência: feriu a coluna e precisou mancar durante todo o resto do passeio. No dia seguinte, de manhã, ao acordarmos, só então reparamos que as roupas de cama tinha manchas de sangue. Ficamos com nojo ao percebermos que havíamos usado tais lençóis durante a noite.
No dia seguinte, de manhã, tomamos café em um restaurante com mesas cobertas de toalhas de mesa de cor parda, parecendo estar sempre sujas. As caixas de alumínio com guardanapos estavam sempre engorduradas.
Um senhor nos chamou no restaurante para nos transportar de “voadeira” pelo rio Preguiças até a cidade de Barreirinhas, de onde rodaríamos de carro com tração 4x4 até as dunas dos Lençóis. Após mais de uma hora de viagem pelo rio, fomos deixados em outra agência de viagem, em Barreirinhas, para o transporte de carro até as dunas dos Lençóis.
Chegando o carro, verificamos que era uma caminhonete adaptada com nove bancos na carroceria, sem cinto de segurança, sem cobertura nas laterais contra queda dos passageiros. Rodamos nesse carro por mais uma hora até as dunas. Chegando lá, tivemos outra surpresa desagradável. Fomos informados pelo guia de que teríamos que caminhar durante meia hora pelas dunas (fazia muito sol e era perto de meio dia) até a primeira piscina entre as dunas, porque naquela época do ano (janeiro) havia apenas duas piscinas naturais para uso dos turistas. Junto conosco, havia pessoas dos mais variados tipos físicos, inclusive senhoras de certa idade sobre quem eu tinha dúvidas se não passariam mal no caminho.
A caminhada durou, na verdade, 40 minutos, com a areia queimando nossos pés, pois não esperávamos por aquilo e calçávamos apenas chinelos. Tivemos tempo de visitar apenas uma piscina, onde ficamos apenas por uma hora. O grupo teve que voltar pelo mesmo caminho, sob o calor escaldante, até o carro. Além das pessoas com idades e tipos físicos estranhos à caminhada que fazíamos, havia crianças de colo. O comentário geral no grupo de 9 pessoas é de que o passeio não compensava.
Chegando de volta a Barreirinhas, pegamos a voadeira às 15 horas (apesar de ter sido combinado com o dono da agência “Casa do Turismo”, o tal Antônio, de que até as 16 horas ainda teríamos um passeio de voadeira pelo Rio Preguiças com duas paradas para banho em praias fluviais com dunas no rio), não paramos nas praias fluviais com dunas porque o guia disse que não haveria tempo. Recebi um telefonema do gerente da pousada Buritis dizendo que a diária acabava ao meio dia e que tirou nossos pertences dos quartos, colocando-os na recepção. Chegamos na aldeia Caburé sujos, suados, SEM TER ALMOÇADO, sem tempo para tomar banho (porque a maré na praia ia subir demais até as 16 horas e impossibilitar o retorno para Parnaíba) e dispostos, mesmo assim, a inquirir o gerente França sobre a retirada de nossos pertences e a falta de respeito à nossa estadia marcada até as 16 horas. Ele respondeu que nada tinha a ver com o assunto e que era para discutir tudo com a agência “Casa do Turismo”, em Parnaíba.
Para poupar aborrecimentos, resolvemos discutir o assunto com o tal agenciador Antônio, na Casa do Turismo, quando estivéssemos de volta a Parnaíba, quatro horas depois.
Chegando de volta à Casa do Turismo, o empresário Antônio, rindo, brincava dizendo que não tinha responsabilidade sobre nada porque a culpa era da pousada Buritis, em Caburé, e da outra agência em Barreirinhas, que não sabia se coordenar com os barqueiros sobre o tempo necessário para fazer os passeios combinados. Respondemos a ele que não nos satisfazia seu serviço e que merecíamos uma compensação por todos os transtornos, pois ele havia prometido que contratávamos seus serviços para não nos preocuparmos com absolutamente nada no passeio O QUE NÃO FOI VERDADE EM ABSOLUTO.
No entanto, apesar de termos pagado R$1700 por todos os passeios contratados e que não ocorreram ou não ocorreram com a qualidade mínima que prometeu, Antônio colocou R$360 no balcão da loja, após praticamente “mendigarmos” por quase 30 minutos uma compensação, dizendo que não podia devolver mais porque não podia ter prejuízo com o negócio. Disse isso apesar de, por lei, todo empresário ser responsável pelo risco da empresa que se dispõe a gerenciar.
Fomos embora decepcionados e exaustos, após caminharmos durante mais de uma hora sob calor escaldante nas dunas dos lençóis maranhenses, sem aviso prévio sobre essas condições, sem parte do passeio prometido, com uma amiga mancando e com menos confiança do que antes nas agências de viagem do Porto das Barcas, em Parnaíba, estado do Piauí. Estado este que tantas pessoas amigáveis têm para receber turistas, tem um acervo histórico riquíssimo, bandas de música melhores do que várias que conhecemos na mídia e ainda restaurantes de primeira qualidade, mas também agenciadores de turismo que decepcionam muito os turistas que buscam qualidade nos serviços E QUE QUEIMAM A IMAGEM DO ESTADO, já que é esta a referência que os turistas levam quando saem dali.


Moderador: MariaEmilia

12 comentários:

  1. Esse é mais um dos absurdos que acontecem na nossa cidade.... Se com os turistas essas pessoas fazem isso, imaginem com os parnaibanos, o que ira acontecer...

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  2. Que é isso? É com espanto que vejo a maneira que esse povo trata os turistas em nossa cidade. Alguém precisa tomas providências, é a imagem de nossa cidade que está em jogo!!!

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  3. As vezes a culpa tambem é do turista ou "durista", que procura preço ao inves de qualidade e abre mao de coisas simples como verificar se a empresa é credenciada pela Embratur , ou se possui alvara de funcionamento municipal.

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  4. Alvara de funcionamento n quer dizer nada. É bem provavel que este tal antonio possua até esse credenciamento, mas qualidade mesmo, nunca teve. Aconteceu o mesmo com dois amigos meus. E um passeio de 1.700 nunca foi barato. O porto das Barcas sofre é do mau da "picuinha" ninguém se ajuda e por isso, ninguém sabe trabalhar, coisa feia. É preciso que haja é uma mudança de pessoal dali.

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  5. Busquem seus direitos na justiça, para que esse tipo de gente seja banida do meio turisco.

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  6. Como o nosso Estado nunca teve um planejamento turístico de vergonha, não é de estar surpreso quanto aos tipos de agências que atuam no Porto das Barcas. As agências de turísmo instaladas no Porto das Barcas são sim passíveis de penalidades sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor. O turísta da Matéria errou em não exigir o contrato de prestação de serviços EM QUE TODA AGÊNCIA OBRIGATORIAMENTE TEM QUE FORNECER AO CLIENTE para fins de reclamações posteriores na justiça, portanto, teve como consequência o mau serviço prestado por essa tal "CASA DO TURISMO".O Turismo no Estado do Piauí ainda deixa a desejar, há muito que se aprender com o Ceará e o Rio Grande do Norte.

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  7. Nossa um "passeio" desses por R$ 1.700,00? Por 1.300,00 fiquei em um hotel fazenda em Serra Negra SP, com chalé super confortável, pensão completa, piscina aquecida,etc
    Não acho que o turista ganhe 1.700 fácil assim...por isso não concordo com o termo durista...
    O que falta em Parnaíba é treinamento e capacitação de mão-de-obra de qualidade, não é sair pegando qq pessoa para tal, é investir pesado para que o turismo seja respeitado como merece assim como o turista.

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  8. SEU MACAPA TURISMO. COMO SE O SR GASTASSE MUITO DINHEIRO EM ALGUM PASSEIO! E CHAMAR AS PESSOAS DE DURISTA APOSTO QUE SE VC FOSSE FAZER O MESMO TUR IRIA PECHINCHAR E MUITOOOOOOOO. IMAGINA SE O SR NÃO DEPENDESSE DO TURISMO. COMO NÃO SERIA! TENHA MAIS RESPEITO COM AS PESSOAS...

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  9. AI NO PORTO DAS BARCAS COMO É TUDO FREE ATÉ AGUA VCS NÃO PAGAM É POR ISSO QUE É DESSE JEITO. HAAAAAAAA SE VCS FOSSEM PAGAR ALUGUEL, AGUA, LUZ,TELEFONE, VIGILANCIA, LIMPEZA DO COMPLEXO,(CONDOMINIO) EU QUERIA VER SE ESSE CABAS NÃO IAM TRABALHAR DIREITO MAS COMO É COMO TUDO NA VALSA É DESSE JEITO.

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  10. NUNCA VI RETRATO MAIS FIDEDIGNO DE BOA PARTE DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE NOSSA CIDADE. DESINFORMADOS, AMADORES, FAZENDO TUDO NA MARRA E TORCENDO PRA DAR CERTO, DAÍ JUNTA ESSA FÓRMULA COM A INCOMPETÊNCIA DOS NOSSOS VIZINHOS MARANHENSES, E DÁ UM CALDO DE BILA SÓ.
    PELO RELATO, VERIFICAMOS MAIS INCOMPETÊNCIA DO QUE MÁ-FÉ. O AGENTE DE TURISMO TEM DE ANDAR NO ROTEIRO QUE ESTÁ VENDENDO, CONHECER CADA DETALHE E PASSAR PRO TURISTA, A FIM DE QUE ELE NÃO TENHA SURPRESA. SE ELE NÃO VAI SE RESPONSABILIZAR PELO SERVIÇO DA POUSADA OU DO PASSEIO DO MARANHÃO, QUE DEIXE ISSO BEM CLARO NO CONTRATO E TAMBÉM INFORME ISSO AO TURISTA.
    NINGUÉM GOSTA DE SER ENGANADO, QUEM PERDE É O NOSSO POBRE MUNICÍPIO.

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  11. Ora, o anônimo de 10 de Fevereiro de 2011 22:15 está falando asneira. Quando um agente de turísmo vende um pacote obviamente o que conter no referido pacote desde a saída do cliente até a chegada é responsabilidade da agência de turismo. Se não fosse assim para que serve uma agência de turismo que só fornece o transporte? Jogar só a culpa nos maranhenses não vale, algumas agências de turismos daqui de Parnaíba tambéms tem sua culpa. Essas agências deveriam ter feito capacitação no SEBRAE. O anônimo me parece que é da turma de alguma agência de turismo para falar uma realidade que não condiz com os fatos. Temos péssimos agenciadores no Porto das Barcas, essa é a realidade.

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  12. Na verdade Parnaiba (ou os parnaibanos)não tem culpa pela falta de infra-estrutura de barreirinhas e aquilo tá é longe de ter, as agencias de turismo vendem pacotes mas não garantem ao turista hospedagem de qualidade(porque lá não tem mesmo),trabalho em uma pousada em parnaiba, e os clientes que foram pro maranhão(conhecer os lencois) nunca voltaram satisfeitos sempre decepcionados com a total falta de estrutura maranhense, já sobre o delta do parnaiba só elogios.

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