Jornalista Arimatéa Azevedo |
O discurso do governador Wilson
Martins chama a atenção por lances inovadores, como o estabelecimento de
metas, choque de gestão. Mas o grande desafio do governador será nas
reuniões marcadas para as segundas-feiras, ver algo de novo daquelas
figurinhas carimbadas do secretariado que já passaram pela
administração, em outros governos, sem dizer necessariamente a que
vieram. Como ele, repetidas vezes, disse que desta vez seguirá no
mandato inteiro, o governador criou uma fórmula de avaliação da equipe,
pela qual, cada gestor enumerará por escrito as metas que pretende
atingir para os próximos seis meses com o devido cronograma e Wilson
Martins acompanhará pessoalmente para avaliar se os projetos elencados
serão atingidos. Nesse ponto ele segue o modelo implantado em Pernambuco
onde só permanecem na equipe os gestores bem avaliados. De certa forma
inédito por aqui o critério adotado pelo governador visa eliminar as
ilhas, os feudos, em que cada gestor faz o que bem quer (ou fazia o que
bem queria) sem dar satisfação a ninguém. Em síntese, muitas secretarias
serviam apenas para promoção política dos seus titulares que entravam e
saiam sem apresentar qualquer rascunho do que pretenderiam realizar e
os governadores de então deixavam a coisa correr frouxa, permitindo a
proliferação do empreguismo e da corrupção administrativa. A população
seguramente aguarda que tudo não passe de simples figura de retórica,
pois, assim como o governador deseja avaliar seus subordinados, o povo
espera avaliá-lo no futuro.
Edição Blog do Pessoa
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