Agradeço pela oportunidade que o senhor nos concede neste espaço virtual de enorme dimensão democrática. A internet, quando utilizada de forma salutar, é um território fascinante, de enriquecimento cultural e intelectual. Conheci o Piauí em primeiro momento, aqui na web. In loco, pude comprovar que o Estado é fascinante e belo. O que falta é mudança de mentalidade de seus políticos e habitantes, desconectados com os novos paradigmas do século XXI. Por gentileza, aprecie mais uma de minhas crônicas.
Admiro o teu trabalho
Machismo e Preguiça
Administrar um lar, historicamente, sempre foi o principal
ofício designado às mulheres, herança de um passado remoto em que o macho era,
exclusivamente, o provedor de recursos; o chefe de família; aquele que
trabalhava fora; que tinha pouco tempo de estada em casa; que sustentava esposa
e filhos. Hoje, felizmente, os tempos mudaram. Aquela mulher, submissa ao
esposo, tida como a “dona de casa”, pode respirar o “ar da independência”, da
conquista de seu nobre espaço nesta sociedade das múltiplas globalizações,
dentre tantas, a cultural.
Atualmente, não há mais a supremacia do “machista doentio”.
Os que ainda relutam em manter tal comportamento impostor e deselegante estão
fadados ao fracasso. Não vejo como desrespeito às tradições, criticar
resquícios machistas evidentes em pleno século XXI. São árduas as tentativas de
promover mudanças no hábito de convivência social. Não é fácil estabelecer novas regras de
comportamento quando um indivíduo ou grupo social insiste em manter certas
tradições herdadas das gerações passadas, incompatíveis com os dias atuais. Um
exemplo seria a divisão de tarefas de um lar, em que a mulher propõe ao esposo
o compartilhamento das atividades domésticas.
Quem já ouviu falar em homem do início do século XX, lavando,
passando roupas, cozinhando e cuidando de bebê?
Era uma afronta ao universo masculino. Hoje, no meu entendimento, é
louvável ao homem que ajuda sua esposa nas diferentes tarefas domésticas.
Graças à evolução da sociedade, vivemos num período de transformação da
mentalidade humana; da conquista das liberdades; do desejo de compartilhar; da
exaltação aos direitos etc.
Tenho vasta experiência no que tange à organização de um
lar. Desde criança, quando fiquei órfão, aprendi a zelar de minha casa. Hoje, para
um homem de trinta e nove anos, é normal cuidar da própria roupa; da limpeza da
casa; da alimentação etc. Sinto-me feliz por ter a capacidade e a coragem de
pessoalmente realizar tantas tarefas. Infelizmente, são pouquíssimos os homens
que pensam e agem dessa forma. Sempre convivi numa família em que o número de
homens era superior ao das mulheres. Daí se tem a noção do quanto é difícil
manter a organização das coisas. Se lida muito com o descuidado com a limpeza,
com o desperdício, com a má vontade etc.
Por força das mudanças no sistema trabalhista e facilidades
de mobilidade urbana, o homem atual, em relação aos seus ancestrais, tem mais
comodidade, passa mais tempo em casa. Daí surge o grave problema da preguiça e
do desleixo. Neste longo período de convivência com parentes do sexo masculino,
pude enumerar os descuidos característicos dos “machões”. Detectei as coisas
mais absurdas. Vejam: tomar café em copo de alumínio, quando todos os copos de
vidro e xícaras estão sujos; deixar a jarra de suco vazia dentro da geladeira; manter
vazio, no interior do refrigerador, o recipiente de gelo; guardar os fósforos
queimados dentro da própria caixinha; não repor em seus potes o sal, o açúcar,
café etc.; não repor o papel higiênico do banheiro, por preguiça de retirar o
suporte de papelão daquele que acabou; usar roupa amarrotada; esconder a
frigideira suja no forno; não atender ao telefone quando está deitado no sofá
assistindo à televisão; jogar papel higiênico no sanitário, pois a lixeira está
abarrotada e não tem coragem de retirar o lixo; deixar o banheiro alagado após
o banho; jogar bagana de cigarro em qualquer lugar; deixar vazias as garrafas
de água da geladeira etc.
Estas são algumas, dentre tantas outras atitudes comuns a
muitos homens em lares mundo afora. Sem o intuito de querer disciplinar alguém,
ou querer me colocar como exemplo, trago ao leitor a minha experiência no
convívio com outras pessoas, algo que nem sempre se dá de forma harmônica.
Guardo comigo uma frase proferida há mais trinta anos pela minha falecida avó.
“Quem faz malfeito, não faz bem feito porque não quer”.
Edição Blog do Pessoa
Meus parabéns ao autor inominado pelo excelente artigo.
ResponderExcluirPessoas, mulheres e homens, que descobrem a Lei da Interação Pessoal levam vantagem sobre os que não as descobrem, pois entendem melhor o mundo e podem prever acontecimentos favoráveis.
Abraço.
Descordo em parte com o autor, esta certo q algumas coisas enunciadas, realmente o homem fará normalmente, principalmente aqueles q já viveram só, + tem outras coisas q é conveniente vc pagar uma faxineira, ou talvez um faxineiro, e se tiver coisa muito pesada para carregar, contrate um estivador, ou uma estivadora, e caso alguém precisa levantar um pedaço do muro, contrate um pedreiro, ou uma pedreira, e no final de semana, na hora do futebol ou da noitada, vc dispensa tudo e vai fazer os afazeres caseiro. Ah, quanto a televisão com controle remoto, compre um celular para facilitar. Esta é a opinião própria deste leitor.
ResponderExcluirINAGINE A CASA DO ZÉ HAMILTOM. SE A PREFEITURA É DESORGANIZADA E SUJA DO JEITO QUE ESTÁ, IMAGINE. CONCORDO PLENAMENTE COM O AUTOR.
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