7 de nov. de 2010

Politicas e Alianças

Jornalista Arimateia Azevedo
O governador reeleito Wilson Martins está na montagem de seu governo, tendo, claro, que agradar a todos os muitos aliados. Como pensa em fazer uma reforma administrativa que, pelas declarações dele e se auxiliares, tende a ser bastante ampla, os espaços no governo tenderão a se reduzir. Mas além de acomodar os aliados, o governador precisará manter uma relação muito estreita e boa com os prefeitos e lideranças municipais. São eles que daqui a dois anos vão se submeter às eleições e dentro de mais dois farão a necessária ponte para garantir a Wilson o espaço político-eleitoral caso ele deseje ser candidato a senador – o que é bastante provável. É cedo demais para se antecipar demandas eleitorais que ocorrerão daqui a dois e quatro anos, mas a disputa pela próxim eleição sempre começa no dia seguinte ao encerramento do pleito anterior. Assim, quem deseja se manter vivo não pode cometer erros nas escolhas que vai fazer. Tanto Wilson Martins precisa acertar a mão para compor um secretariado que tenha perfil técnico, mas seja politicamente adequado aos projetos políticos dele e de sua aliança, quanto não pode descuidar de se manter atento ao que as bases – prefeitos e lideranças municipais – demandam. Isso porque, as alianças podem até ser costuradas na alta liderança, mas sem que haja a base, o chão de fábrica da campanha, candidato nenhum é capaz de obter êxito. Para quem não acredita, recomenda-se uma conversa com os senadores eleitos Wellington Dias e Ciro Nogueira.

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