10 de nov. de 2010

Decidido: Haverá novas provas se for necessário,diz Lula sobre Enem


Presidente Lula em pronunciamento
Presidente Lula em pronunciamento  
Presidente Lula em pronunciamento
   



Declaração foi dada em Moçambique antes de embarque para Coreia do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira (10) a existência e a importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e disse que, se for necessário, haverá novas provas para garantir a avaliação. “Se for necessário fazer uma prova, faremos; se forem necessárias duas, faremos. Mas o Enem vai continuar a ser fortalecido. É isso", afirmou.
A declaração do presidente foi dada em Moçambique, na África, antes do embarque para a Coreia do Sul, onde participará da reunião do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos e influentes do mundo).
O exame foi aplicado no último fim de semana a 3,3 milhões de estudantes. No sábado (6), estudantes reclamaram de erros na impressão da folha de respostas e da prova amarela.
O presidente disse que a Polícia Federal vai investigar para saber o que ocorreu efetivamente. "Se tem problema no Enem vai ser consertado. Damos duas garantias para os estudantes: que vamos investigar o que aconteceu e que nenhum jovem vai deixar de entrar na universidade por causa de problema com o Enem", afirmou.
Na seguda-feira (8), Lula elogio o exame. "O sucesso do Enem foi total e absoluto", afirmou. Sobre eventuais falhas na aplicação do Exame, ele disse que não houve "nada que tenha causado nenhum problema no resultado e na prova".
Na segunda-feira, Lula afirmou ainda: "Eu acho que não afeta [a imagem da prova]. Tem muita gente que quer que afete, porque até hoje tem gente que não se conforma com o Enem, mas, de qualquer forma, ele [o Enem] provou que é extraordinariamente bem-sucedido", afirmou.
FALHAS
A prova de sábado foi marcada por erros de impressão no cabeçalho da folha de respostas e em parte do caderno de perguntas da cor amarela. O problema levou a juíza da 7ª Vara Federal no Ceará, Karla de Almeida Miranda Maia, a suspender o exame, em caráter liminar, até o julgamento do pedido de anulação do Enem protocolado pelo Ministério Público Federal do Estado (MPF-CE).
Nesta terça-feira, a magistrada também impediu a divulgação dos gabaritos das provas. O Ministério da Educação informou que abriria uma página na internet, nesta quarta-feira, para receber reclamações de estudantes prejudicados com o problema da folha de respostas. A abertura desta página também foi proibida pela Justiça.
Em relação à prova amarela, a estimativa é que cerca de 2 mil estudantes fizeram a prova que apresentava questões repetidas, sequência numérica errada e até algumas questões de um outro modelo aplicado, a prova branca. O ministério havia informado que avaliava a possibilidade de realizar um novo exame para esse grupo de alunos.
A juíza Karla de Almeida Miranda Maia, entretanto, entendeu que a nova prova pode beneficiar alguns estudantes. "A disponibilização de requerimento àqueles estudantes prejudicados pela prova correspondente ao caderno amarelo, e a intenção de realizar provas apenas para os que reclamarem administrativamente não resolve o problema. Novas provas poriam em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Do mesmo modo, novas provas não solucionaram o problema da segurança na aplicação do exame", diz trecho da liminar.

Fonte: Com informações do G1

Um comentário:

  1. Se o presidente o Inep fosse um samurai, talvez tivesse optado pelo harakiri. Mas ele não é, e sua opção foi muito menos dramática. Como representante de uma das áreas mais importantes do Ministério da Educação, preferiu decidir que está tudo bem. Está "tudo certinho" com o Enem. Uma decisão que, por si só, gerou um novo episódio desastroso" Bajonas Teixeira de Brito Junior.

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