14 de nov. de 2010

Cidadão indignado, mas com fome e sede de justiça. Por favor, gente, leia

Sei lá, mas, às vezes, acordo indignado, talvez nem durma. Pô, há tanta safadeza neste mundo, por quê? Inadmissível. Sinto tanta vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Vontade, eu tenho, e muita. Sabe, um dia daqueles que eu estiver no limite, quem sabe, eu não faça uma besteira. Insuportável. As pessoas são falsas, vivem fofocando, detonando os outros. Esses políticos que não fazem para mim, nada apenas. Bandidos impunes. Sei lá, gente, mas estou no limite. Vontade, eu tenho, e de sobra. Não seria nada bom para mim, mas seria um alerta aos infratores, àquelas pessoa que só vivem de fachada, aterrorizando o mundo. Chega.
Paremos um instante hoje e nos analisemos, será que faço parte dessas pessoas más, será! Pô, o mínimo de maldade que fazemos é detestável. Roubar, matar, enganar, mentir, fofocar, enfim, ser injusto. Gente, eu tô indignado, muito mesmo. A minha cabeça dói neste exato momento, porque fico pensando nos erros causadores de tanta miséria e de tanta ignorância. Não pensem que só me refiro aos grandes crimes não, refiro-me a todos os erros que, talvez, até eu, em algum momento, tenha cometido.
Assim não dá pra viver. Tantas incompreensões, injustiças, julgamentos, disputas bestas, desleais. Pessoas se atacando, tudo em nome do egoísmo, da falsa moral, do dinheiro, da vaidade. Chega, gente. Chega.
O que custa trabalhar honestamente, tanto você gari, quitandeiro, doméstico, como você juiz de Direito, médico, enfermeiro, sobretudo você político? O que custa ser justo, verdadeiro, digno, honesto, transparente? Pô, não custa nada, absolutamente.
Fazer o bem é a melhor coisa do mundo, independante de quelaquer crença, de qualquer opinião. Fazer o bem é uma coisa óbvia, universal. Sem essa de culturas, sem essa.
Tanta ignorância! Chega.
Não suporto mais presenciar gente esperta, velhaca, maldosa. Chega.
Pô, se assisto aos telejornais, só vejo coisas absurdas, mortes, acidentes, corrupção, roubos, enfim, uma série de atos abomináveis, desde os de menor potencial ao de maior potencial.
Ah, não, tá na hora de pararmos e nos perguntarmos se é realmente isso que queremos ver todos os dias, tá na hora de nos examinarmos, questão de consciência, de justiça. Não podemos continuar alimentando a atrocidades.
Tá na hora de cortamos o mal pela raiz. Pais, olhem mais seus filhos, por favor, abram suas mentes, deem limites para eles, pois tá mais do que na hora.
Na família, temos, para mim, a solução. Precisamos de uma boa educação. Chega de materialismo, de farsa.
Chega de farsa, gente. A gente reclama, mas nós també somos culpados. Admitemos.
Adulterar o aparelho de registrar água e energia elétrica, não devolver o troco errado, aceitr dinheiro para votar nesses políticos safados, não respeitar as leis de trânsito, não respeitar as pessoas idosas, também as crianças, todos mesmo. Falar mal dos outros, querer ser melhor do que os outros. Sei lá, mas há tantos atos abomináveis. Abortar, por exemplo.
Chega.
Vamos ser responsáveis, assumir nossas faltas, corrigi-las, fazer certo.
Ah, não aguento mais. Até que este desabafo alivia minhas mágoas, mas não resolve nada. Incrível.
Se, pelo menos, um de vocês me escutasse, seria maravilhoso. Chega, gente, de errar.
Não se esqueçam, eu tenho coragem, e de sobra, para fazer justiça com as próprias mãos.
Pelo menos hoje respeitemos as leis de trânsito. Por favor. Tanto eu como você ou qualquer dos nossos, pode ser vítima de um erro, de uma mania egoísta. Chega.
Quando passaremos a confiar uns nos outros? Quando?
Gente, vamos hoje fazer a nossa parte, a nossa, não olhemos os outros, somente façamaos a nossa. Em casa, com nossos corpos, com os nossos vizinhos, no trabalho, na escola, na faculdade, no dirigir a moto ou o carro ou o caminhão ou o ônibus. Por favor. Não julguemos os outros, mas sejamos úteis ao demais. Uma mão amiga. Uma palavra amiga. um ato incondicional (sem nada em troca).
O bem pode ser feito em qualquer hora e lugar, basta querermos. E todos os dias, em qualquer lugar, tristes ou alegres, doentes ou saudáveis, ricos ou pobres, não importa, o bem deve ser uma constante em nossas vidas.
Obrigado por ler esta reflexão meio assustadora, mas com um fundo de verdade. Não suporto ser enganado nem enganar. A verdade, doa a quem doer, custe o que custar, mas sempre a verdade. Quero sempre permanecer assim amante da verdade e da justiça.
Segundo a minha fé, que Deus nos proteja e ilumine as nossas iniciativas, as nossas vontades, que sejam construtivas. Às vezes, gente, eu acho que temos que sair do salto e lutar pelos NOSSOS direitos. Direito de viver, de ser feliz, de estudar, de estar em paz, de, sabiamente, acreditar em um deus, mas com discernimento, nunca nos esquecendo de valorizarmos a vida de todos, lembro: de todos.
Zelemos pelo mundo, pelas florestas, pelos animais, pelas águas, enfim, no nosso presente, por um futuro digno e feliz para todos.

Um beijo no coração de vocês, com carinho e com amor de irmão.

Fraternalmente,
Onésio Júnior (Doe sangue, doe vida)

7 comentários:

  1. A questão fatídica para a espécie humana parece-me ser saber se, e até que ponto, seu desenvolvimento cultural conseguirá dominar a perturbação de sua vida comunal causada pelo instinto humano de cobiça, medo, agressão e autodestruição. Talvez, precisamente com relação a isso a época atual mereça um interesse especial. Os homens adquiriram sobre as forças da natureza um tal controle, que com sua ajuda
    não teriam dificuldades em se exterminarem uns aos outros, até o último homem.Sabem disso, e é daí que provém grande parte de sua atual inquietação, de sua
    infelicidade e de sua ansiedade. Agora só nos resta esperar que o outro dos dois "Poderes Celestes" ver o eterno Eros, desdobre suas forças para se afirmar na luta com seu não menos imortal adversário Tânatos. Mas quem pode prever com que sucesso e com que resultado?

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  2. Ótima reflexão, Senhor Onésio Júnior. Parabéns!!!!!

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  3. Nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. Já a infelicidade é muito menos difícil de experimentar. O sofrimento nos ameaça a partir de quatro direções:
    * de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência;
    * do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas;
    * de nossos relacionamentos com os outros homens. O sofrimento que provém dessa última fonte talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro.
    * e, finalmente da religião que impõe igualmente a todos o seu próprio caminho para a aquisição da felicidade e da proteção contra o sofrimento. Sua técnica consiste em depreciar o valor da vida e deformar o quadro do mundo real de maneira delirante, maneira que pressupõe uma intimidação da inteligência.

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  4. Tô contigo, justiça. Ta na hora de mudarmos a forma como encaramos os políticos, ou seja, os bandidos. Exceção existe, mas é muito remoto.

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  5. Hiiiii, o cara falou e disse. Muito bom. Se eu pudesse, tb. Que tal um grupo de extermínio? Precisa-se.

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  6. Caro Onésio. O seu impressionante artigo deve ser entendido como reflexão que no Brasil, qualquer norma é sempre encarada como valor puramente negativo, como expressão de abuso contra a liberdade individual. Avessos à normatização das nossas relações sociais, tendemos a encarar a norma como imposição abusiva. Não nos passa pela cabeça o reconhecimento de que as leis do trânsito, por exemplo, visam primariamente garantir a segurança e a vida dos que circulam nas ruas. Daí a inoperância do novo código imposto, segundo as autoridades, com o fim de atualizar o anterior, já defasado. Ora, o problema com o outro código, assim como com o atual não residia nisso, mas no fato de não ser devidamente aplicado. Veio o novo código, seguido de muita polêmica e conflito nas ruas, iludindo alguns otimistas com a perspectiva de civilizarmos nosso trânsito, mas logo tudo se acomodou e logo regredimos à bagunça rotineira. Aliás, se minha percepção não me trai, mudamos para pior. Aqui em Parnaíba, por exemplo, bem poucos respeitam normas elementares de circulação nas ruas. A polícia não policia, o motorista e o pedestre não são e nem querem ser policiados e assim, a sociedade, afeita ao desregramento, segue indiferente a este e a todos os demais códigos. A quase extinção da Guarda Municipal fala por si. Enfim, quantos brasileiros têm honestamente crédito a cobrar quando a moeda é respeito?

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