Sei lá, mas, às vezes, acordo indignado, talvez nem durma. Pô, há
tanta safadeza neste mundo, por quê? Inadmissível. Sinto tanta vontade de fazer
justiça com as próprias mãos. Vontade, eu tenho, e muita. Sabe, um dia daqueles
que eu estiver no limite, quem sabe, eu não faça uma besteira. Insuportável. As
pessoas são falsas, vivem fofocando, detonando os outros. Esses políticos que
não fazem para mim, nada apenas. Bandidos impunes. Sei lá, gente, mas estou no
limite. Vontade, eu tenho, e de sobra. Não seria nada bom para mim, mas seria um
alerta aos infratores, àquelas pessoa que só vivem de fachada, aterrorizando o
mundo. Chega.
Paremos um instante hoje e nos analisemos,
será que faço parte dessas pessoas más, será! Pô, o mínimo de maldade que
fazemos é detestável. Roubar, matar, enganar, mentir, fofocar, enfim, ser
injusto. Gente, eu tô indignado, muito mesmo. A minha cabeça dói neste exato
momento, porque fico pensando nos erros causadores de tanta miséria e de tanta
ignorância. Não pensem que só me refiro aos grandes crimes não, refiro-me a
todos os erros que, talvez, até eu, em algum momento, tenha
cometido.
Assim não dá pra viver. Tantas incompreensões,
injustiças, julgamentos, disputas bestas, desleais. Pessoas se atacando, tudo em
nome do egoísmo, da falsa moral, do dinheiro, da vaidade. Chega, gente.
Chega.
O que custa trabalhar honestamente, tanto você
gari, quitandeiro, doméstico, como você juiz de Direito, médico, enfermeiro,
sobretudo você político? O que custa ser justo, verdadeiro, digno, honesto,
transparente? Pô, não custa nada, absolutamente.
Fazer o
bem é a melhor coisa do mundo, independante de quelaquer crença, de qualquer
opinião. Fazer o bem é uma coisa óbvia, universal. Sem essa de culturas, sem
essa.
Tanta ignorância! Chega.
Não
suporto mais presenciar gente esperta, velhaca, maldosa. Chega.
Pô, se assisto aos telejornais, só vejo coisas absurdas, mortes,
acidentes, corrupção, roubos, enfim, uma série de atos abomináveis, desde os de
menor potencial ao de maior potencial.
Ah, não, tá na
hora de pararmos e nos perguntarmos se é realmente isso que queremos ver todos
os dias, tá na hora de nos examinarmos, questão de consciência, de justiça. Não
podemos continuar alimentando a atrocidades.
Tá na hora
de cortamos o mal pela raiz. Pais, olhem mais seus filhos, por favor, abram suas
mentes, deem limites para eles, pois tá mais do que na hora.
Na família, temos, para mim, a solução. Precisamos de uma boa
educação. Chega de materialismo, de farsa.
Chega de
farsa, gente. A gente reclama, mas nós també somos culpados.
Admitemos.
Adulterar o aparelho de registrar água e
energia elétrica, não devolver o troco errado, aceitr dinheiro para votar nesses
políticos safados, não respeitar as leis de trânsito, não respeitar as pessoas
idosas, também as crianças, todos mesmo. Falar mal dos outros, querer ser melhor
do que os outros. Sei lá, mas há tantos atos abomináveis. Abortar, por
exemplo.
Chega.
Vamos ser
responsáveis, assumir nossas faltas, corrigi-las, fazer certo.
Ah, não aguento mais. Até que este desabafo alivia minhas mágoas, mas não
resolve nada. Incrível.
Se, pelo menos, um de vocês me
escutasse, seria maravilhoso. Chega, gente, de errar.
Não
se esqueçam, eu tenho coragem, e de sobra, para fazer justiça com as próprias
mãos.
Pelo menos hoje respeitemos as leis de trânsito.
Por favor. Tanto eu como você ou qualquer dos nossos, pode ser vítima de um
erro, de uma mania egoísta. Chega.
Quando passaremos a
confiar uns nos outros? Quando?
Gente, vamos hoje fazer a
nossa parte, a nossa, não olhemos os outros, somente façamaos a nossa. Em casa,
com nossos corpos, com os nossos vizinhos, no trabalho, na escola, na faculdade,
no dirigir a moto ou o carro ou o caminhão ou o ônibus. Por favor. Não julguemos
os outros, mas sejamos úteis ao demais. Uma mão amiga. Uma palavra amiga. um ato
incondicional (sem nada em troca).
O bem pode ser feito
em qualquer hora e lugar, basta querermos. E todos os dias, em qualquer lugar,
tristes ou alegres, doentes ou saudáveis, ricos ou pobres, não importa, o bem
deve ser uma constante em nossas vidas.
Obrigado por ler
esta reflexão meio assustadora, mas com um fundo de verdade. Não suporto ser
enganado nem enganar. A verdade, doa a quem doer, custe o que custar, mas sempre
a verdade. Quero sempre permanecer assim amante da verdade e da
justiça.
Segundo a minha fé, que Deus nos proteja e
ilumine as nossas iniciativas, as nossas vontades, que sejam construtivas. Às
vezes, gente, eu acho que temos que sair do salto e lutar pelos NOSSOS direitos.
Direito de viver, de ser feliz, de estudar, de estar em paz, de, sabiamente,
acreditar em um deus, mas com discernimento, nunca nos esquecendo de
valorizarmos a vida de todos, lembro: de todos.
Zelemos
pelo mundo, pelas florestas, pelos animais, pelas águas, enfim, no nosso
presente, por um futuro digno e feliz para todos.
Um beijo no coração de vocês, com carinho e com
amor de irmão.
Fraternalmente,
Onésio Júnior (Doe sangue, doe
vida)
Onesio, se acalme.
ResponderExcluirA questão fatídica para a espécie humana parece-me ser saber se, e até que ponto, seu desenvolvimento cultural conseguirá dominar a perturbação de sua vida comunal causada pelo instinto humano de cobiça, medo, agressão e autodestruição. Talvez, precisamente com relação a isso a época atual mereça um interesse especial. Os homens adquiriram sobre as forças da natureza um tal controle, que com sua ajuda
ResponderExcluirnão teriam dificuldades em se exterminarem uns aos outros, até o último homem.Sabem disso, e é daí que provém grande parte de sua atual inquietação, de sua
infelicidade e de sua ansiedade. Agora só nos resta esperar que o outro dos dois "Poderes Celestes" ver o eterno Eros, desdobre suas forças para se afirmar na luta com seu não menos imortal adversário Tânatos. Mas quem pode prever com que sucesso e com que resultado?
Ótima reflexão, Senhor Onésio Júnior. Parabéns!!!!!
ResponderExcluirNossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. Já a infelicidade é muito menos difícil de experimentar. O sofrimento nos ameaça a partir de quatro direções:
ResponderExcluir* de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência;
* do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas;
* de nossos relacionamentos com os outros homens. O sofrimento que provém dessa última fonte talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro.
* e, finalmente da religião que impõe igualmente a todos o seu próprio caminho para a aquisição da felicidade e da proteção contra o sofrimento. Sua técnica consiste em depreciar o valor da vida e deformar o quadro do mundo real de maneira delirante, maneira que pressupõe uma intimidação da inteligência.
Tô contigo, justiça. Ta na hora de mudarmos a forma como encaramos os políticos, ou seja, os bandidos. Exceção existe, mas é muito remoto.
ResponderExcluirHiiiii, o cara falou e disse. Muito bom. Se eu pudesse, tb. Que tal um grupo de extermínio? Precisa-se.
ResponderExcluirCaro Onésio. O seu impressionante artigo deve ser entendido como reflexão que no Brasil, qualquer norma é sempre encarada como valor puramente negativo, como expressão de abuso contra a liberdade individual. Avessos à normatização das nossas relações sociais, tendemos a encarar a norma como imposição abusiva. Não nos passa pela cabeça o reconhecimento de que as leis do trânsito, por exemplo, visam primariamente garantir a segurança e a vida dos que circulam nas ruas. Daí a inoperância do novo código imposto, segundo as autoridades, com o fim de atualizar o anterior, já defasado. Ora, o problema com o outro código, assim como com o atual não residia nisso, mas no fato de não ser devidamente aplicado. Veio o novo código, seguido de muita polêmica e conflito nas ruas, iludindo alguns otimistas com a perspectiva de civilizarmos nosso trânsito, mas logo tudo se acomodou e logo regredimos à bagunça rotineira. Aliás, se minha percepção não me trai, mudamos para pior. Aqui em Parnaíba, por exemplo, bem poucos respeitam normas elementares de circulação nas ruas. A polícia não policia, o motorista e o pedestre não são e nem querem ser policiados e assim, a sociedade, afeita ao desregramento, segue indiferente a este e a todos os demais códigos. A quase extinção da Guarda Municipal fala por si. Enfim, quantos brasileiros têm honestamente crédito a cobrar quando a moeda é respeito?
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