24 de out. de 2010
Tesoura na mão
Não é como negar, apesar das tentativas em vão, que o estado do Piauí passa por dificuldades financeiras. O governador Wilson Martins tem admitido o problema, mas por cortesia ao antecessor e necessidades eleitorais, trata-o com a devida parcimônia. Ante o fato sobejamente comprovado de que as finanças não andam boas, o que resta fazer? Bem, a primeira coisa é esperar a eleição. Wilson pode ser reeleito no próximo domingo e, claro, também exista a chance de não lograr êxito, embora essa seja uma possibilidade não apontada pelas pesquisas com maiores chances de se concretizar. Sendo o resultado a reeleição, Wilson deveria começar a usar uma grande tesoura no primeiro dia útil pós-eleição, cortando gastos, ajustando uma máquina que verdadeiramente está hipertrofiada, com órgãos e funções sobrepostas,excesso de servidores e pessoal terceirizado em atividades meio. Mais do que uma reforma administrativa, que é uma ação corriqueira de governos iniciantes, o Piauí necessita mesmo é de um choque de eficiência na gestão pública, que implique, sobretudo, em o estado gastar bem o dinheiro, reduzindo custeio e ampliando investimentos. Do modo como está funcionando hoje a máquina estatal do Piauí, hipertrofiada, frise-se, o estado se movimentará sempre como um paquiderme gordo e manco. É fundamental, com efeito, que o próximo governante tenha disposição para usar a grande tesoura do corte na gastança sem rumo e insensata. Esse é um conselho que vale para Wilson Martins e muito mais para Silvio Mendes que, se ganhar, terá maior espaço para cortar.
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