Em política, como no futebol, tem mais desenvoltura quem se movimenta. A
máxima do filósofo do futebol Nenêm Prancha se aplica ao atual momento
da política piauiense. ‘quem pede, recebe, quem se desloca, tem
preferência’, tem beneficiado, até agora, ao governador Wilson Martins.
Nem bem encerrou a comemoração da vitória no primeiro turno, já estava
se movimentando a procura de parceiros para o segundo. E os encontrou. O
ex-prefeito Silvio Mendes deu demonstração de ter ‘dormido no ponto’.
Passou mais tempo justificando o injustificável, pontuando nos programas
de televisão em alguns casos com destempero, o que não é do seu
temperamento, em relação ao adversário. Wilson tomou café da manhã,
almoçou, lanchou com os que até dias atrás eram seus adversários e
agora, está contabilizando bons resultados. Já se viu em pleitos
anteriores as lideranças derrotadas pela vontade popular. Mas para que
isso volte a ocorrer no Piauí, Silvio Mendes tem que mudar o discurso,
ser mais ativo. Pela pífia diferença de votos para o governador, em
Teresina, principal reduto tucano, dificilmente Silvio Mendes será a
onda, traduzida na manifestação popular. Sua campanha em Teresina foi
sonolenta, sendo surpreendido pela exuberante performance de Wilson
Martins. Mão Santa, em 1994, não tinha uma casa para entrar no primeiro
turno e, de repente, no segundo, viu multidões cercá-lo, acompanhá-lo,
em detrimento do esquema montado, seja no âmbito do governo ou dos
municípios. Em 2002, Wellington Dias ganhou no primeiro turno de outro
esquemão pré-constituído. É preciso Silvio Mendes dar sinais de que
representa de fato não só o lado oposto, mas a certeza da mudança
radical ao que está estabelecido.
Por Arimateia Azevedo
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