1 de out. de 2010

Carga tributária penaliza os mais pobres

Prezado Senhor Carlson.

Em continuação do artigo "IMPOSTOS", publicado por Blog do Pessoa na data de 31/08/2010 às 13:55, sirvo esta importante informação para que seus ouvintes e leitores possam tirar a própria conclusão e formar o juízo.

Impostos sobre o consumo respondem por 47% da arrecadação (Noel Hendrickson) e a
população desconhece quanto paga exatamente em impostos que incidem sobre o consumo

Paradoxo, complexa, confusa, pesada, pouco transparente. E também injusta. A estrutura tributária brasileira, por possuir grande quantidade de impostos que incidem sobre o consumo, tem a característica de ser “regressiva”. Em outras palavras, ela tributa igualmente os desiguais. O sistema acaba por penalizar os mais pobres, que têm de arcar, com uma renda menor, com a mesma quantidade de impostos embutidos nos preços dos produtos.

Qual é a posição de nossos lideres políticos?

- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido publicamente a pesada carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo;

- Sua candidata à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, repete o raciocínio. Em plena campanha, a ex-ministra tem afirmado que a carga tributária brasileira é razoável;

- O tucano José Serra, diz o contrário: “Não concordo com a afirmação de Dilma que diz que a carga tributária é razoável: ela não é razoável”, afirmou o candidato no início de agosto. Segundo ele, a ex-ministra, ao falar sobre impostos, põe lado-a-lado o país com a Noruega e a Suécia, quando, na verdade, deveriam ser criados parâmetros de comparação com nações em desenvolvimento.

Maria Helena Zockun, economista e coordenadora de pesquisas da FIPE constatou que  
“enquanto o eleitor não souber, isso não pesa no voto. E enquanto não pesa no voto, não pesa na decisão política”, conclui.

Abraço forte, extensivo aos seus familiares, ouvintes e leitores. 

Por Josef Anton Daubmeier

5 comentários:

  1. Tributaristas tecem críticas ao governo, que no só ano passado chegou à marca de mais de R$ 1 trilhão arrecadados. Para o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Fernando Steinbruch, há uma injustiça na maneira como os impostos são cobrados, pois os cidadãos com baixa renda pagam o mesmo valor que os mais ricos. “O Sistema Tributário Brasileiro é injusto, pois ele tributa fortemente o consumo em detrimento da renda, patrimônio e ganhos de capital. De tudo que se arrecada em tributos no país, 49% é proveniente da tributação sobre o consumo”, afirma Steinbruch.

    O governo, por sua vez, embalado pela corrida eleitoral de 2010, atinge recordes de arrecadação e gasta de forma errada. “Os gastos não estão voltados à infra-estrutura, ou seja, a obras que possam gerar o desenvolvimento do país, mas sim para gastos assistencialistas”, critica o diretor de Relações Institucionais do IBPT.

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  2. No Brasil, os 10% mais ricos concentram 75% da riqueza do país. Mas é a classe baixa que paga mais impostos. Segundo o Ipea, de cada R$ 100 que a população de baixa renda gasta só em supermercados, por exemplo, R$ 30 são impostos. Ou seja, o governo arrecada (paradoxal) do Bolsa Família 30 % imposto.

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  3. Seu Antônio, a relação já mudou para pior! Eu acho que em todas as notas fiscais deveriam constar o quanto o contribuinte está pagando de impostos. Hoje, com o avanço da informática é muito fácil fazer isso. Assim, se o contribuinte vai a um supermercado e gasta R$ 100,00, é importante que ele saiba que deste valor ele está levando somente R$ 65,00 em mercadorias e que está pagando R$ 35,00 em impostos.

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  4. A charge diz tudo, e esse burro que aparece aí puxando a carroça representa o povo que vai votar na Dilma Roussef! Um povo alienado, anestesiado por planos assistencialistas e que, na pura ingenuidade, não sabem que esse governo apóia a pesada carga de impostos que cai sobre eles.

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  5. A FIESP entrevistou mil pessoas em 70 cidades, entre 20 e 30 de março de 2010, e descobriu que não mais do que 30% dos entrevistados disseram conhecer o percentual em itens como açúcar, luz elétrica, telefone, leite longa vida, frango, arroz, máquina de lavar roupa, sabão em pó, carne bovina e pão. O detalhe é que, no caso desses itens, os consumidores apontaram valores bem mais BAIXOS dos que os efetivamente pagos.

    O diretor da FIESP, Paulo Francini, explica que o objetivo da pesquisa foi medir o grau de DESINFORMAÇÃO dos brasileiros. Segundo ele, a CLASSE POLÍTICA e as autoridades do governo jogam uma cortina de fumaça sobre o assunto e SONEGAM INFORMAÇÕES a sociedade. “Eles roubam a sua carteira sem que você perceba. No fim, parece que tudo é grátis, que o governo recebe recursos de uma ordem divina e, então, oferece para a sociedade brasileira”, emenda.

    "Os governos têm vergonha de mostrar para a população como arrecadam impostos”, afirma o economista. Para ele, isso explica a recusa estatal em aprovar uma medida determinando que os consumidores recebam, na nota da compra, a informação do quanto pagaram de tributos em cada produto. Para Francini, o dado poderia ajudar a DESPERTAR A CONSCIÊNCIA E O ESPÍRITO CRÍTICO dos eleitores.

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