Jornalista Arimateia Azevedo-Portal AZ
O que aconteceu na campanha eleitoral deste ano para governador do Piauí no primeiro turno, com as pesquisas eleitorais, é um caso de polícia. A manipulação de resultados e a divulgação de pesquisas fajutas, por institutos venais, foram a tônica do pleito. Criminosa e inescrupulosamente, esses vendedores de resultados, transformaram um instrumento importante de balizamento para os candidatos, em perigosa arma eleitoral e o que é pior, com direito a registro (para dar sinal de legitimidade) na Justiça Eleitoral. Teoricamente, tudo dentro da lei. Mas se a justiça eleitoral não investiga, mesmo com resultados visivelmente discrepantes, para que dar-se ao trabalho de solicitar o seu registro? O que se viu foi que, ao invés de ajudar acabou dando um aval à patifaria dos institutos de pesquisas de plantão, que produziram resultados ao gosto do cliente. Agora, depois da apuração dos votos, o T.R.E passa a ter excelente oportunidade de separar o joio do trigo – comparando os dados da apuração, com a última pesquisa de cada instituto publicada e registrada. Isso serve para mostrar quem efetivamente acertou o resultado e aqueles que apenas negociaram dados. Os números denunciam por si. Não é possível dois institutos encontrarem resultados muito diferentes, pesquisando a mesma região, com o mesmo objetivo. As diferenças toleráveis situam-se nas margens de erro informadas em cada pesquisa. Basta fazer uma simples leitura das últimas pesquisas divulgadas pelos institutos Captavox e Data AZ para ver a sintonia entre os números divulgados e os que foram efetivamente apurados no pleito. Bem diferente dos outros institutos que, na maior desfaçatez, chegaram a anunciar empate técnico entre Wilson Martins e Silvio Mendes, quando a diferença real entre eles foi de 16%. Sem contar que teve instituto que previu JVC disputando o segundo turno com Wilson. Peguem esses picaretas.
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