16 de set. de 2010

O instinto gregário e a eleição de 2010


O adjetivo "gregário", portanto, diz respeito ao instinto animalesco de agregação, de juntar-se em grupos para poder sobreviver. Demorou milênios para o gênero humano se diferenciar das bestas, deixando de andar de quatro e levantando a cabeça para olhar mais longe.

A pergunta é quantos milhares de séculos ainda têm que passar para o homo sapiens usar a cabeça não apenas para embelezar o pescoço. Atualmente, o que distingue o homem do animal á apenas a possibilidade de usar a razão e a faculdade de raciocinar por si próprio, a reflexão sobre o que acontece ao nosso redor. Mas, infelizmente, o homem ainda não conseguiu se libertar do instinto da dependência mental.

O povo tem preguiça de pensar, achando mais cômodo seguir normas éticas ditadas por profetas supostamente iluminados por alguma divindade, relegando a busca da felicidade e da justiça social num outro mundo, que ninguém sabe onde fica.

O pior é que a mesma indolência de refletir se verifica também no plano político. Acreditamos nas promessas e benefícios gratuitamente de líderes de partidos e depositamos neles nossos votos, sem fiscalizar o que fazem com o dinheiro de nossos impostos.

Nas eleições de 2010, supostamente quase todos os candidato no poder se reelegerão. Sua recondução se deve às virtudes da honestidade e competência ou ao uso da máquina do Estado? Seria tão fácil construir uma cidadania de verdade, se o homem parasse para pensar. Bastaria não reeleger ninguém para evitar o político profissional e a formação de redutos eleitorais. A renovação dos quadros políticos evitaria o surgimento de lideranças e desestimularia a ganância, corrupção e os aventureiros. Afinal, só uma manada de ovelhas precisa de um “pastor”. Ou seja, pastores buscam o "BEM" das ovelhas, lobos buscam os "BENS" das ovelhas.

Abraço forte, extensivo aos seus familiares e leitores.

Josef Anton Daubmeier

6 comentários:

  1. Que a política é a arte de enganar, já sabemos. Os políticos e seus marqueteiros manipulam as emoções das pessoas, seus desejos mais íntimos, com o único objetivo de chegar ao poder. Quanto mais limitada intelectualmente for a população, mais a emoção funcionará na hora de pedir votos. Por isso, no Brasil, a ferramenta mais eficaz da campanha é a manipulação das emoções.
    Pelo menos 70% dos nossos eleitores não têm o primeiro grau; eles são o alvo preferido dos marqueteiros, pois são mais influenciáveis e agem mais com o coração que com a razão. Mostrar as dificuldades do país, com gráficos, estudos técnicos, discutir soluções e apresentar planos de governo, embora necessário, NÂO FUNCIONA.
    Então, apostemos nas emoções e sua maior máquina: a TV! Um discurso emocionado, flamejante igual bom pastor, cheio de promessas, levantar crianças e beijar velinhas é a fórmula eficaz de se ganhar votos, no Brasil. Mas, não é apenas emoção; Temos que acrescentar alguma coisa racional, também; se um candidato a governador percebe que o povo deseja ter casa própria; então, dirigirá sua campanha para esse tema. Se os eleitores sinalizarem que desejam acabar com a corrupção, haja diatribes contra os corruptos; ele não, ele tem as mãos limpas: nunca as tirou de dentro do bolso.
    Como os orçamentos públicos estão aquém das necessidades, os candidatos são aconselhados a prometer, sem mostrar de onde vão tirar recursos. Vergonha não existe: o sujeito promete tudo. As promessas, acompanhadas das críticas á atual administração é pau e casca: rende muitos votos; depois ninguém vai lhes cobrar as promessas. È isso que eles querem.
    Se nós votássemos com a cabeça em vez de votar com o coração, procurando conhecer os candidatos, seus antecedentes e seus valores, certamente melhoraríamos nosso país. Vamos torcer para que os eleitores mudem seus conceitos. Valeu Josef.

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  2. Dona Maria do Carmo tem razão. Só falta incluir "carreatas e marchas" depois do TV. A situação atual é lamentável.

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  3. A Maria do Carmo mencionou algo bem interessante no seu comentário: " 70% dos eleitores não tem o primeiro grau", e eu posso acrescentar que nem 10% do eleitorado tem um curso superior. Porque o governo não prioriza tanto a educação mesmo sabendo que essa é uma das melhores maneiras, senão a principal maneira de se desenvolver um país? A resposta é simples: povo com pouca instrução é mais alienável, é mais fácil de enganar. As pessoas que possuem mais saberes e que por isso, são mais críticas, são consideradas perigosas para a maioria dos políticos. Observa-se que esses políticos andam muito mais nas periferias das cidades, aonde tem mais gente ingênua do que nas portas das Universidades! Duvido que um deles tenha a coragem de pisar na porta de uma Universidade, porque eles com certeza iriam ouvir coisas(cobranças) que jamais ouviriam numa periferia daquelas. Aí, nesse período eleitoral, os políticos desenbolsam milhões de reais contratando marqueteiros com a missão de "transformar um diabo num santo", e conseguem mesmo enganar essa grande massa, o povão, que se deixa levar pelas emoções, e votam em alguém sem nem mesmo avaliar se ele tem competência e boa vontade para exercer algum cargo público e se o candidato tem um passado limpo. Chegou-se ao ponto de ouvir de um eleitor dizer coisas do tipo: "ele rouba, mas faz" ou então,"ele inventou o bolsa família". E é por isso que o nossa país não avança.
    Solução para isso? Educação!Hoje,16de Setembro, chamamos a atenção para isso. Temos governantes irresponsáveis(principalmente no âmbito estadual) que não valorizam e não respeitam os profissionais da educação, e não respeitam os alunos, e os relegam a segundo e até mesmo a último plano. Ex: Para o governo do PT, as aulas só devem começar depois da semana santa! Para poupar dinheiro!

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  4. Ao tentar analisar, sobriamente, a nossa conduta política, percebemos como ainda estamos em um atrasado estado de infantilidade moral, marcado por sentimentos mesquinhos, como o egoísmo, a inveja e o despeito. Apesar de registrarmos avanços, muito nos falta para alcançarmos a maturidade moral. Dentre estes comportamentos tolos, gostaria de salientar alguns dos mais comuns e refletir sobre suas causas e conseqüências:

    VOTAR EM QUEM ESTÁ NA FRENTE – Conhecida popularmente como “MARIA VAI COM AS OUTRAS”, a pessoa que vota em quem aparece melhor nas pesquisas, demonstra falta de segurança nas suas próprias decisões. Estes eleitores não querem “perder o voto”, ou seja, rejeitam o sentimento de derrota por não eleger seu candidato. É o mesmo que torcer pelo time que está ganhando, para não ferir o orgulho com a marca de “perdedor”.

    TORCER CONTRA OS QUE GANHAM – Os membros da turma do “quanto pior melhor” torcem para que os seus adversários cometam falhas e, muitas vezes, até colaboram para que atitudes equivocadas ocorram, de modo a mostrar que foi um erro escolher um determinado candidato. Esta postura contraria a recomendação cristã de amar os inimigos, ou seja, agir de maneira caridosa com os nossos adversários e torcer para que suas condutas possam ser sensatas e capazes de beneficiar toda a coletividade.

    HUMILHAR OS ADVERSÁRIOS DERROTADOS – Utilizando músicas debochadas, toques de buzinas, fogos de artifício, muitos candidatos e eleitores bem sucedidos nas campanhas, não perdem a oportunidade de ridicularizar os perdedores. Agem como se estivessem alcançado um prêmio para usufruto próprio e não uma grande responsabilidade, pela qual será cobrada uma prestação de contas.

    VOTAR EM BRANCO OU NULO – O “voto de protesto” não costuma trazer bons resultados. Nesta mesma linha, muitos mostram sua insatisfação através dos votos em branco ou nulos. Às vezes até por desconhecimento da legislação, grande parte dos que adotam esta postura não percebem sua ineficiência, pois estes votos não são levados em consideração na contagem, apenas os votos válidos. Muitas vezes falta informação, antes de uma tomada de decisão.

    Estes comportamentos infantis em nada dizem respeito à orientação evangélica, que nos recomenda ser semelhantes às crianças para merecermos o Reino de Deus. Naquela oportunidade, Jesus falava da necessidade de sermos simples e humildes. Porém, a infantilidade moral na política é um desajuste que dificulta a prática séria de atitudes de respeito à coisa pública e que colaborem para o bem comum.

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  5. Ao tentar analisar, sobriamente, a nossa conduta política, percebemos como ainda estamos em um atrasado estado de infantilidade moral, marcado por sentimentos mesquinhos, como o egoísmo, a inveja e o despeito. Apesar de registrarmos avanços, muito nos falta para alcançarmos a maturidade moral. Dentre estes comportamentos tolos, gostaria de salientar alguns dos mais comuns e refletir sobre suas causas e conseqüências:

    VOTAR EM QUEM ESTÁ NA FRENTE – Conhecida popularmente como “MARIA VAI COM AS OUTRAS”, a pessoa que vota em quem aparece melhor nas pesquisas, demonstra falta de segurança nas suas próprias decisões. Estes eleitores não querem “perder o voto”, ou seja, rejeitam o sentimento de derrota por não eleger seu candidato. É o mesmo que torcer pelo time que está ganhando, para não ferir o orgulho com a marca de “perdedor”.

    TORCER CONTRA OS QUE GANHAM – Os membros da turma do “quanto pior melhor” torcem para que os seus adversários cometam falhas e, muitas vezes, até colaboram para que atitudes equivocadas ocorram, de modo a mostrar que foi um erro escolher um determinado candidato. Esta postura contraria a recomendação cristã de amar os inimigos, ou seja, agir de maneira caridosa com os nossos adversários e torcer para que suas condutas possam ser sensatas e capazes de beneficiar toda a coletividade.

    HUMILHAR OS ADVERSÁRIOS DERROTADOS – Utilizando músicas debochadas, toques de buzinas, fogos de artifício, muitos candidatos e eleitores bem sucedidos nas campanhas, não perdem a oportunidade de ridicularizar os perdedores. Agem como se estivessem alcançado um prêmio para usufruto próprio e não uma grande responsabilidade, pela qual será cobrada uma prestação de contas.

    VOTAR EM BRANCO OU NULO – O “voto de protesto” não costuma trazer bons resultados. Nesta mesma linha, muitos mostram sua insatisfação através dos votos em branco ou nulos. Às vezes até por desconhecimento da legislação, grande parte dos que adotam esta postura não percebem sua ineficiência, pois estes votos não são levados em consideração na contagem, apenas os votos válidos. Muitas vezes falta informação, antes de uma tomada de decisão.

    Estes comportamentos infantis em nada dizem respeito à orientação evangélica, que nos recomenda ser semelhantes às crianças para merecermos o Reino de Deus. Naquela oportunidade, Jesus falava da necessidade de sermos simples e humildes. Porém, a infantilidade moral na política é um desajuste que dificulta a prática séria de atitudes de respeito à coisa pública e que colaborem para o bem comum.

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  6. Ao tentar analisar, sobriamente, a nossa conduta política, percebemos como ainda estamos em um atrasado estado de infantilidade moral, marcado por sentimentos mesquinhos, como o egoísmo, a inveja e o despeito. Apesar de registrarmos avanços, muito nos falta para alcançarmos a maturidade moral. Dentre estes comportamentos tolos, gostaria de salientar alguns dos mais comuns e refletir sobre suas causas e conseqüências:

    VOTAR EM QUEM ESTÁ NA FRENTE – Conhecida popularmente como “MARIA VAI COM AS OUTRAS”, a pessoa que vota em quem aparece melhor nas pesquisas, demonstra falta de segurança nas suas próprias decisões. Estes eleitores não querem “perder o voto”, ou seja, rejeitam o sentimento de derrota por não eleger seu candidato. É o mesmo que torcer pelo time que está ganhando, para não ferir o orgulho com a marca de “perdedor”.

    TORCER CONTRA OS QUE GANHAM – Os membros da turma do “quanto pior melhor” torcem para que os seus adversários cometam falhas e, muitas vezes, até colaboram para que atitudes equivocadas ocorram, de modo a mostrar que foi um erro escolher um determinado candidato. Esta postura contraria a recomendação cristã de amar os inimigos, ou seja, agir de maneira caridosa com os nossos adversários e torcer para que suas condutas possam ser sensatas e capazes de beneficiar toda a coletividade.

    HUMILHAR OS ADVERSÁRIOS DERROTADOS – Utilizando músicas debochadas, toques de buzinas, fogos de artifício, muitos candidatos e eleitores bem sucedidos nas campanhas, não perdem a oportunidade de ridicularizar os perdedores. Agem como se estivessem alcançado um prêmio para usufruto próprio e não uma grande responsabilidade, pela qual será cobrada uma prestação de contas.

    VOTAR EM BRANCO OU NULO – O “voto de protesto” não costuma trazer bons resultados. Nesta mesma linha, muitos mostram sua insatisfação através dos votos em branco ou nulos. Às vezes até por desconhecimento da legislação, grande parte dos que adotam esta postura não percebem sua ineficiência, pois estes votos não são levados em consideração na contagem, apenas os votos válidos. Muitas vezes falta informação, antes de uma tomada de decisão.

    Estes comportamentos infantis em nada dizem respeito à orientação evangélica, que nos recomenda ser semelhantes às crianças para merecermos o Reino de Deus. Naquela oportunidade, Jesus falava da necessidade de sermos simples e humildes. Porém, a infantilidade moral na política é um desajuste que dificulta a prática séria de atitudes de respeito à coisa pública e que colaborem para o bem comum.

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