22 de set. de 2010

Bom dia Senhor Carlson.

Referente às diversas matérias publicadas no seu blog, sirvo este artigo para que seus ouvintes e eleitores possam tirar a própria conclusão e formar o juízo.

Nesta época de eleição é comum encontrar nas ruas carros de som executando jingles eleitorais de candidatos. Aparentemente inofensivos, porém aplicados agressivos na prática, são estrategicamente estruturados e elaborados para causar impacto no eleitor.

Para o professor Plínio João de Souza, de Sistemas de Informação da PUC-SP e ESPM, dependendo do trabalho ele é lembrado para o resto da vida, passando de geração a geração. “Você pega o subconsciente, o lado emocional e associa ao comportamento de consumo da pessoa”, afirma. “Juntando a melodia, as rimas, o dia-a-dia e as associações do cotidiano, invertem os valores característicos com o resultado fatal”.

Souza acredita que não é um processo racional, já que é incutido de forma subliminar no eleitor, e que é um método extremamente eficiente, pois condiciona o cérebro. “Parece inofensivo, mas não é. É muito bem pensado. Era assim com Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista de Hitler”, compara.

Tormenta diária! O que pensam os eleitores a respeito dos jingles que rodam diariamente nas ruas? “Extremamente chato e irritante. Tentam convencer pela repetição e o cansaço, sem passar nenhuma informação”, reclama o produtor cultural Fabio Mambro, 38 anos. Para ele, o Tribunal Superior Eleitoral deveria proibir a circulação dos jingles. “Não esclarece nada sobre o candidato, e existem outras formas de passar informações aos eleitores”.

Se para os eleitores ouvir os jingles já é uma grande tormenta, pior para os motoristas dos carros de som, que trabalham de 8 a 10 horas diárias na campanha dos “agradáveis” ritmos. “Realmente é cansativo”, dizem vários motoristas de carro de som que pediram não publicar os nomes. “Quando chegam em casa não conseguem conversar com os familiares, muito menos escutar o rádio ou assistir televisão, é preciso um descanso legal prolongado.”

Para não cair na armadilha do jingle, a única alternativa é estudar as ações do candidato a ser votado e prestar atenção ao cenário político. Não é preciso fazer um estudo aprofundado: veja o noticiário, leia jornal, assista ao horário eleitoral, dedique-se um pouco à questão, pois o voto tem prazo de validade muito longo. Não caia em conversa, preste atenção nas atitudes.

Enfim, não tenho a menor dúvida de que, se o voto for consciente, daremos um grande passo rumo a um Brasil mais justo e pacífico.

Abraço forte, extensivo aos seus familiares e leitores.

2 comentários:

  1. Os leitores o BP sabem que a propaganda é uma atividade humana tão antiga quanto os registros de que algo acontece ou aconteceu?
    Pois, os escritos de romanos como Lívio são considerados obras-primas da propaganda estatal pró-Roma. O termo em si, origina da Sagrada Congregação Católica Romana para a Propagação da Fé (sacra congregatio christiano nomini propaganda ou, simplificando, propaganda fide), o departamento da administração pontifícia encarregado da expansão do Catolicismo e da direção dos negócios eclesiásticos em países não-católicos (territórios missionários). A raiz latina propagand remete ao sentido de "aquilo que precisa ser espalhado".
    Sabiam que os nazistas adotaram e desenvolveram está tática de manipulação?
    A maioria da propaganda na Alemanha foi produzida pelo Ministério da Conscientização Pública e Propaganda ("Promi" na abreviação alemã). Joseph Goebbels foi encarregado desse ministério logo após a tomada do poder por Hitler em 1933. Todos os jornalistas, escritores e artistas foram convocados para registrarem-se em uma das câmaras subordinadas ao ministério: imprensa, artes, música, teatro, cinema, literatura ou rádio.
    Os nazistas acreditavam na propaganda como uma ferramenta vital para o atingimento de seus objetivos. Adolf Hitler, o Führer (líder) da Alemanha, ficou impressionado com o poder da propaganda Aliada durante a Primeira Guerra Mundial e acreditava ter ela sido a causa principal do colapso moral e das revoltas no front alemão e na Marinha em 1918. Hitler se encontrava diariamente com Goebbels para discutir as notícias e Goebbels obter as opiniões de Hitler sobre os assuntos; Goebbels então se reunía com os executivos do ministério e passava a linha oficial do Partido sobre os eventos mundiais. Radialistas e jornalistas precisavam de aprovação prévia antes de seus trabalhos serem divulgados. Mais, Adolf Hitler e alguns outros alto-oficiais nazistas como Reinhard Heydrich não tinham dilemas morais em espalhar propaganda que eles mesmos sabiam ser falsa e deliberadamente difundiam informações falsas como parte da doutrina conhecida como a GRANDE MENTIRA.

    Observam como está organizada a propaganda política brasileira nesta eleição.

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  2. Estamos novamente na época eleitoral. Mais uma vez somos submetidos ao famigerado político obrigatório nos rádios nas ruas e TVs abertas, tendo que engolir goela abaixo todo tipo de tosqueira que os partidos políticos e seus marqueteiros produzem. Está certo que alguns desses programas são plasticamente muito bem produzidos, com imagens bonitas, jingles, efeitos especiais e muito photoshop nos candidatos. Tudo isso serve para disfarçar a falta de conteúdo e seriedade geral. Parece-me que a idéia principal que era a de apresentar os candidatos e suas propostas, foi totalmente esquecida e o que vemos todo dia, É um festival de mentiras, ataques pessoais, baixarias, venda dos horários televisivos para as coligações mais fortes e sabe-se lá o que mais. Então fico me perguntando, de que adianta tudo isso? Será que só eu é que não quer ligar o rádio e a TV e ter que ouvir/assistir esse monte de asneiras? Agora, além da péssima qualidade dos programas da TV aberta, continuaremos obrigados a assistir essa baixaria toda vez que uma eleição se aproxima? Ninguém vai fazer nada?

    O candidato aparece fazendo uma pose de sério, tentando parecer muito confiável e honesto, depois fala uma baboseira qualquer junto com seu número e dá lugar para o próximo da fila. Não sei se vocês perceberam, mas isso é exatamente a mesma fórmula do concurso Miss Brasil, com a exceção de que, graças a Deus, não precisamos ver os candidatos em trajes de banho.

    Oferecer idéias e propostas o que se pode fazer para mudar o sistema vigente é pôr. lenha na fogueira. Pois o Brasileiro, de modo geral, acaba assumindo uma postura de anestesiado político, literalmente descrente com as atitudes daqueles que deveriam proteger os interesses do povo ao invés dos seus próprios. Parece-me que a maioria acha mais fácil agüentar 3 meses de propaganda eleitoral 2x por dia na TV, todo dia e o dia inteiro esta idiotice na rua e ter sua liberdade parcialmente tolhida, do que reclamar mais seriamente e mostrar o descontentamento com o que somos obrigados a engolir contra nossa vontade. Não quero mais ser assim.

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