
“Você sabe o que faz um deputado federal? Eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”, diz. Outro de seus bordões é “Vote no Tiririca, pior que tá não fica”. Com eles, o candidato do Partido da República (PR) ficou falado e recebeu 500 mil visitas no YouTube. Tiririca tornou-se conhecido nos anos 1990 com o disco Florentina, que vendeu 1,5 milhão de cópias. Também atuou em programas humorísticos e respondeu processo por racismo por causa de uma música que falava “essa negra fede” e “bicha fedorenta”. Absolvido, quer ir ao Congresso. Embora não defenda nenhuma proposta. “De cabeça, assim, é complicado pra mim falar (sic).” Num vídeo, diz que vai ser deputado para ajudar os mais necessitados, “inclusive a minha família”. Se pudesse, empregaria parentes? “Com certeza. Primeiramente a minha família”, afirma. Tiririca declarou patrimônio zero, mas sua estimativa de gasto na campanha é de R$ 3,5 milhões.

A banalização do processo eleitoral está enraizada no meio político brasileiro – e conta com suporte mesmo de gente conhecida. A modelo Suellem Aline Mendes Silva, que se apresenta na TV como Mulher Pêra (PTN), ganhou a chancela do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pede votos para a decotada no YouTube. “Quero recomendar a Mulher Pêra”, diz ele. “É muito importante que possamos ter essa mulher como candidata eleita para o Congresso.” Sério, senador?
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No Rio de Janeiro, o ex-jogador Romário concorre a uma vaga de deputado federal e apelou para o corpão. Anda cercado por um grupo de mulatas fornidas que distribuem santinhos com um argumento inusitado: “Vote no Romário porque ele já é rico e não vai roubar”. Pedro Manso, imitador que fez sucesso se apresentando como Faustão, tenta uma vaguinha na Assembleia vestido e falando como... Faustão. “Ô-loco, meu! Pedro Manso para deputado!”. Na linha funk-favela concorre Tati Quebra Barraco, autora do hit “Dako é bom”, que fala numa marca de fogão. Os famosos tentam se eleger apoiados no argumento da fama. O ex-pugilista Maguila diz que vai “lutar em Brasília”. O ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca quer “jogar no time” dos eleitores. Raul Gil tira o chapéu para seu filho, candidato a deputado federal. Os irmãos do grupo KLB defendem “a união da família”. O que promete o estilista Ronaldo Esper? “Agulhar os políticos”...
Fábio Wanderley diz que não é necessário deixar a política apenas aos políticos. Muitos brasileiros já fizeram carreira pública depois de outra profissão. Fernando Henrique Cardoso era professor. Lula, um famoso metalúrgico.“É legítimo que um humorista ou uma modelo se candidatem”, diz ele. “O problema é o discurso infantilizado.”
Veja o programa eleitoral de alguns desses candidatos:
aqui em parnaiba tb tem alguns desse time: vou começar citando o Tererê... deixo que outros leitores continui a exaustiva lista, pq nao tem espaço para colocar em uma so mensagem. Cambada de palhaço. Falta gente séria dirigindo esse país, e é por isso que não avançamos. Votem no que for menos ruim, caros parnaibanos, tem muita gente querendo somente nosso dinheiro, nao farão nada, se eleito forem, nao pq nao querem somente, mas principalmente, por falta de competencia mesmo.
ResponderExcluirO pior é que a grande maioria dos candidatos é igual ao Tiririca, só não faz é afirmar isso, ou seja, NÃO SABE O QUE UM DEPUTADO FAZ!
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