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Ele foi preso na noite do dia 15 de julho em sua residência em Campo Maior (82 km de Teresina), onde mora e trabalha como gari, e foi levado para a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico), na capital piauiense. Rodrigo Fernandes recebeu alvará de soltura, mas o processo contra ele continua. Ele diz estar apreensivo pois não sabe se vai continuar com seu emprego de gari.
“A minha imagem ficou totalmente acabada e agora eu não sei como vou ficar, já que moro de casa alugada e corro risco de perder meu emprego”, declarou Rodrigo Fernandes.
Seu advogado, Odonias Leal, diz que o mandato de prisão foi correto, mas o que não foi correto no caso da prisão de Rodrigo foi a abordagem dos policiais em relação a ele. “Me causa indignação a forma como Rodrigo foi algemado, a polícia sabe seu papel e deve o fazer bem, sem excesso. O Estado vai responder pelos excessos dos seus agentes públicos e esses vão ter que perceber as consequências de seus atos. Temos que entender que a prisão de um ser humano não pode ser usada como troféu”, disse Odonias Leal.
O advogado lembra ainda que as algemas devem ser usadas quando o acusado reage à prisão, tenta fugir ou se auto-flagelar, o que não foi o caso de Rodrigo Fernandes. “Ele teve mãos e pés algemados, teve que dormir naquela posição, isso é tortura”, afirmou Odonias Leal.
Rodrigo Fernandes diz que está a disposição da justiça e agradeceu a ajuda dos amigos e a oportunidade que a TV Meio Norte o proporcionou de estar se explicando. “Estou abatido e quero dizer que em relação ao caso do meu irmão Bruno eu prefiro o silêncio, porque não estou mais acompanhando de perto”, relata.
Por Samara Costa/Meio Norte
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