13 de jul. de 2010

EM TEMPO: imprensa da capital repercute escutas telefonicas da "Opreação Peçonha"

Peçonha

A coluna recebeu com exclusividade informações sobre a Operação Peçonha, desenvolvida pela Polícia Federal na tentativa de desbaratar uma quadrilha de traficantes que agia no litoral sob comando do perigoso José Maria Cobra. Junto com as informações, que constam de relatório sobre escutas telefônicas dos en-volvidos no crime, as gravações propriamente ditas em que apa-recem diversos integrantes da quadrilha combinando transferências de dinheiro através de casas lotéricas, da Caixa Econômica Fe-deral, prestando contas sobre repasses já feitos, dando conta da chegada de produtos, através de "mulas", que são elementos usados para transporte e até a tortura e morte de um dos promotores de venda do tráfico. Percebe-se que o dinheiro do tráfico transita com absoluta tranquilidade pelo sistema bancário através de uma sim-ples transferência em posto lotérico, hoje existente em qualquer ci-dade do país, por menor que seja. A criminalidade não conhece limi-tes e o poder público não tem meios para controlar. Infelizmente.

Peçonha I
Os traficantes de drogas apanhados na Operação Peçonha tinham condições para escutar a frequência de rádio da polícia. Assim, podiam estar sempre na frente. Um dos elementos fala para o outro que ouviu "no rádio da polícia" que eles estavam indo prendê-lo. Por isso, decidiu se antecipar, saltou o muro dos fundos e correu a se embrenhar no matagal. Ele pede ajuda ao seu "parceiro" e diz estar num coqueiral perto da entrada da Lagoa do Portinho.

Peçonha II

Num dos diálogos, o promotor de vendas Flávio, conhecido como Manjuba, é surpreendido ao chegar em casa, tarde da noite. Elementos com quem mantinha negócios cobram um dinheiro que ele supostamente lhes deve. Manjuba diz não ter o dinheiro naquele momento. Os bandidos estão agressivos, afirmam que ele agora vai conhecer o peso do crime.

Combustíveis

Sem crédito para abastecimento de combustíveis, veículos da Secretaria de Segurança na capital e interior estão parados desde sexta-feira. Os carros são abastecidos por um sistema chamado Ticket card que por falta de pagamento decidiu suspender a autorização de fornecimento de combustíveis. Inclusive, forçoso dizer que a Operação Férias está comprometida e o secretário Nonato Leite não sabe a quem recorrer.

Peçonha III
A operação realizada pela Polícia Federal foi ainda no ano passado sob a coordenação do delegado Eriosvaldo Renovato. As gravações de ligações telefônicas entre os elementos implicados chama atenção pela crueldade com que tratam membros da própria quadrilha. Os marginais não perdoam nem mesmo os seus salvadores.

Peçonha IV

Um dos malfeitores, identifcado apenas como Ângelo, manda que os comparsas isolem a boca de Manjuba e arranquem um dedo dele para que ele diga onde está o dinheiro. Querem o pagamento de qualquer forma e dizem ao prisioneiro que ele vai morrer porque tripudiou sobre o bando, porque nunca acreditou que a quadrilha fosse capaz de matar. O diálogo sinistro foi interceptado pela Polícia Federal.

Fonte: Em Tempo

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