Ilustríssimo Sr. Carlison Pessoa,
Primeiramente, venho parabenizá-lo pelo o excelente trabalho jornalístico desempenhado na cidade de Parnaíba. Sabemos que a arte de informar com responsabilidade e veracidade é um dom pra poucos, e você carrega consigo esse nobre atributo. Pra mim seu blog é um sucesso!
Estou lhe enviando uma cópia de texto, referente às minhas percepções quanto ao estado de abandono do cemitério do bairro Catanduvas. Gostaria que o senhor apreciasse as minhas idéias e reflexões, e, que se possível, expressasse suas opiniões, e se achar pertinente o tema, por favor, leia em seu programa de rádio.
Desde já agradeço.
Cordialmente,
Antônio Pereira de Araújo
Sobradinho, Distrito Federal
Cemitério abandonado
Desde os tempos pré-históricos a humanidade reverencia seus mortos. Uma prática que se tornou costumeira entre diversas civilizações e culturas, e que simboliza a homenagem póstuma aos entes queridos. Herdamos de nossos ancestrais a tradição do funeral.
Antes mesmo do surgimento da cidade, época em que homens primitivos praticavam o nomadismo, ou seja, não possuíam moradia fixa em determinado local, já se erguiam túmulos de pedra no interior das cavernas. Sendo assim, podemos afirmar que a cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos.
Hoje, os cemitérios dividem seus espaços com as cidades, e a “morada dos mortos” necessita de excelente estrutura física e boa organização administrativa, quesitos inexistentes no combalido cemitério localizado próximo ao Bairro Catanduvas, às margens da BR 343, na cidade de Parnaíba-PI.
No mês de maio deste ano, desloquei-me de Brasília com destino à Parnaíba, com a nobre missão de prestar minha última homenagem a um grande homem, um ícone da sociedade parnaibana. Um cidadão apaixonado pela cidade que escolhera pra viver e ser feliz; um cumpridor de suas obrigações cívicas; e um exímio pagador de seus impostos. Devido à sua simplicidade e desapego às luxúrias da modernidade, o finado, ainda em vida, escolhera o referido cemitério para que um dia seu corpo fosse enterrado. Seu nobre desejo, felizmente fora cumprido.
Por vários dias, tive a oportunidade de ir ao cemitério, e, pessoalmente pude constatar vários problemas estruturais ali existentes.
Eis a seguir o meu relato.
1- Ausência de placa indicativa de acesso nas imediações da entrada;
2- Ausência de calçamento na estrada de acesso;
3- Ausência de calçamento no interior do cemitério;
4- Ausência de arborização e jardinagem;
5- Ausência de estacionamento;
6- Ausência de energia elétrica;
7- Ausência de segurança 24 horas;
8- Ausência de sala de recepção;
9- Ausência de capela.
Dentre os itens acima relatados, em minha opinião, vale à pena ressaltar que a ausência de energia elétrica é um dos maiores problemas vivenciados, principalmente num dia de enterro programado para um fim de tarde. Se a cerimônia fúnebre se estender e passar das 18 horas, seremos surpreendidos pela escuridão da noite. Por exemplo. Se alguém fizer uso da leitura para homenagear o ente falecido, terá ao seu dispor luz de vela, lanterna ou até luz de celular.
É inadmissível que em uma cidade com mais de 150 anos de existência, ainda se encontre um cemitério aos moldes dos tempos das cavernas.alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480793485410318690" />
Antônio Pereira de Araújo – Professor
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