A CICO (Comissão Investigadora do Crime Organizado) prendeu no início da manhã de hoje o advogado Wendel Oliveira. O bacharel responsável pela defesa do ex-coronel Correia Lima foi detido em Luís Correia por uma equipe comandada pelo delegado Williame Morais e já está a caminho de Teresina.
O mandado de prisão preventiva é assinado pelo juiz Antonio Soares, da oitava vara criminal de Teresina. Wendel é apontado pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos e estelionato. Na capital, uma equipe de busca comandada pelo delegado Riedel Batista também esteve na casa dos pais de Wendel, onde foram apreendidos vários documentos, três CPUs e centenas de cartões de visita. Neles o advogado usava indevidamente os nomes de pelo menos outros dois bacharéis.
Um deles é o renomado defensor Pedro Calmon que concedeu entrevista ao AcessePiauí e afirmou que jamais autorizou o uso de seu nome em processos juntamente com Wendel. Outro nome que aparece nos cartões é o de Wilson Filho, advogado do Tocantins. A CICO também já entrou em contato com Wilson e ele confirmou que Wendel também não tinha autorização para fazer uso de seu nome.
Segundo o delegado Danilo Melo, que está comandando o caso, a prisão de Wendel só foi possível depois que ele compareceu à Comissão para apresentar documentos referentes à alguns processos. Junto com os papeis havia procuração em nome de Pedro Calmon Mendes.
“Desconfiamos desta ligação, já que em 2000 Wendel foi pego por usar um registro de OAB falso do estado de Goiás. E suspeitamos agora dele estar advogando junto com o renomado defensor, um dos mais competentes do país", conta o delegado, que para confirmar as suspeitas, conversou por telefone com Pedro Calmon e constatou a fraude.
Quanto aos processos de Wendel, a polícia informa que eles podem ser anulados. "Vamos analisar caso a caso, mas nem todos poderão ser invalidados, até por que a anulação desde processos pode causar danos aos clientes”,explica Riedel Batista.
Wendel Oliveira chega à capital por volta de 13h30 e coma trata-se de um advogado, ele deve ficar recolhido em uma cela especial no comando Geral da Polícia Militar.
Por Apoliana Oliveira/acessepiaui
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