24 de mai. de 2010

Precatórios sugam todo ano R$ 42 milhões do Estado

Valor daria para implantar Ronda Cidadão e Piauí Digital

O Estado do Piauí desembolsa a cada ano pelo menos R$ 42 milhões para pagamentos de diversos precatórios, vários deles para credores que realizaram os serviços parcialmente ou nem mesmo fizeram serviço algum. O desembolso é significativo: o valor a ser pago este ano seria maior que o necessário para a implantação da primeira fase dos projetos Ronda Cidadão e Piauí Estado Digital, dois dos principais projetos anunciados pelo governador Wilson Martins.

O impacto dos precatórios nos serviços do Estado veio à tona com o seqüestro de R$ 2 milhões determinado pelo desembargador Ribamar Oliveira, na quinta-feira, em favor da Construtora Jole. A empresa cobra por três obras autorizadas ainda do governo Alberto Silva: o Frigorífico Industrial de Parnaíba, o Terminal Turístico da Pedra do Sal e o Hotel de Atalaia.

O problema é que a Jole não concluiu nenhuma das obras. No caso do Frigorífico e Terminal Turístico, praticamente nada foi feito para que se cobrasse o serviço. Apesar disso, a construtora conseguiu realizar oito seqüestros, somando, em valores atualizados, mais de R$ 50 milhões. Esse dinheiro seria suficiente para construção de um conjunto habitacional com mais de 2 mil casas.

O mais grave é que o dinheiro que o desembargador mandou pagar à Jole é acrescido aos R$ 3,5 milhões mensais que o Estado repassa à Justiça para pagamento de precatórios. A cada ano o Estado ver sair R$ 42 milhões, que poderiam cobrir os gastos com programas em áreas como saúde, segurança, educação e inclusão social.

No caso do Ronda Cidadão, projeto que toma maior atenção do governador Wilson Martins, a implantação vai consumir R$ 32 milhões. O Ronda é um projeto que pretende levar segurança diferenciada a todo o Estado. Ele começa a ser implantado em junho, na zona Sudeste de Teresina.

Outro projeto lançado pelo governador Wilson Martins, o Piauí Estado Digital, vai consumir na primeira fase – quando atende aos municípios da Grande Teresina – cerca de R$ 10 milhões. A soma dos dois projetos equivale ao total de pagamentos dos precatórios.

4 comentários:

  1. E o meu porto, com um moinho de trigo??

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  2. Parece que o governador começou limpar e organizar a casa.

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  3. Wilson Martins ja planeja um moinho de trigo em teresina.Pq nao um em luis correia, ja que o porto vai ser concluido. Eu nao entendo..

    Eu acho que tudo nesse estado e uma palhacada. Nao ha pessoas serias. Nao ha governantes aqui preocupados no bem do PI. Ha politicos interessados somente em suas posicoes, e o PI que se F*.

    O povo ignorante nao fala nada. O povo nao protesta. A cidade universitaria, nao mostra as unhas. E assim vai.

    Se o governo federal ja tem esse dinheiro do porto e o porto e estadual. Pq o governo do estado nao complementa e manda fazer mais estudos ou tenta agilizar ou fazer melhorias nele?

    A ponte estaiada de teresina ja foi concluida. Sera que ela vai matar a fome das pessoas desse estado miseravel, ou vai embelezar e valorizar as propriedades particulares perto dela???

    O que e prioridade???
    Luxo, ou exportar e importar com eficiencia para gerar empregos e dar dignidade para o povo de um estado que tem quase 25% de sua populacao constituida de analfabetos??

    O Ceara sempre exportou gente, agora o inverso acontece. O ceara importa gente e chama seus filhos.

    Outra, o Ceara usa UFC. A UFPI faz o que aqui mesmo??? Ha mestres e doutores em engenharia, meio ambiente, quimicos e profissionais de outras areas na UFPI. Eles estao so engordando com salarios de R$10.000 mensais. Essa universidade e mantida com dinheiro federal por varias razoes uma delas e para realizar pesquisas. Nos precisamos de mais estudo sobre o porto.

    Se o porto precisa de estudos, pq o governo nao procura a UFPI? A UFPI e cara. A UFPI e mantida de dinheiro publico e equipada. Ta na hora desse pessoal trabalhar tambem para ajudar no nosso desenvolvimento.

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  4. E porque o nobre Governador não apura a responsabilidade do Procurador do Estado que fez a defesa do Estado do PI nesta ação. É inadmissível que ele não tenha conseguido fazer uma defesa do Estado por obras inexistentes.

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