A nova arma contra a dengue tem apenas quatro centímetros de comprimento e pode acabar com até cem larvas por dia do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. É o peixe lebiste, conhecido como barrigudinho. Pesquisadores do Laboratório de Citogenética Animal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, estão desenvolvendo um projeto com duas grandes vantagens: a possibilidade de reduzir a população do mosquito da dengue usando um predador natural ao invés de veneno, e a chance de envolver as crianças nesse processo de forma divertida.
O zootecnista Luiz Carlos Guilherme, um dos coordenadores da pesquisa, explica que quase todas as espécies de peixe se alimentam de larvas em alguma fase da vida, mas que o lebiste foi escolhido porque, além de ser larvófago (se alimenta de larvas de insetos, entre eles o Aedes), é natural da região, não cresce muito, é de fácil reprodução e como tem baixa exigência de oxigênio não há necessidade de investimentos em bombinhas de ar.
A próxima etapa do projeto, que começa ainda neste mês, será dentro das escolas de Uberlândia. A idéia é incentivar as crianças a criar os peixes. O especialista explica que basta colocar um peixe macho e duas fêmeas em uma bacia plástica com 10 a 15 litros de água. A cada 40 dias nascerão de 20 a 40 peixinhos. O macho é o peixe mais colorido e apresenta a nadadeira caudal grande.
Segundo o coordenador do Programa de Combate à Dengue em Uberlândia, Paulo César Ferreira, a prefeitura pretende colocar os peixes nos pontos críticos de focos, principalmente nas caixas d'água da cidade. “Estima-se que Uberlândia tenha 13 mil caixas d'água sem tampa, que correspondem a 24% dos focos de dengue na cidade. Mas antes, temos que desenvolver um sistema para impedir que o peixe desça pela tubulação”, disse. Os peixes também poderão ser colocados em chafarizes, borracharias e criadouros de animais. Paulo César ressalta, no entanto, que o projeto não substitui outras ações de combate à dengue, como a limpeza do lixo, o recolhimento de pneus e o fumacê.
As prefeituras ou instituições de ensino que tiverem interesse em aderir ao projeto podem ligar para (34) 3216-1729 ou 3218-2489.
Por Josef Anton Daubmeier
O Estado do Ceará tem várias experiências com o uso de peixes larvófagos no controle de larvas de Aedes em depósitos domiciliares. Inclusive com produção de conectores que impedem a saída dos peixes dos reservatórios. Utilizam o peixe Betta splendens. Apenas um peixe por depósito com até 5.000 litros.
ResponderExcluirJosef, você cria piaba dentro da sua caixa d'água??
ResponderExcluirPrezado Senhor Pamplona, em 1998 recusei aos agentes da FMS colocar veneno nos meus depósitos. Recebi por pouco uma denúncia por desacato ao informar que tenho o peixe Poecilia reticulata (Guppy) que come as larvas nos reservatórios.
ResponderExcluirValeu pela pesquisa vou te add como link no blog libelular ok?
ResponderExcluirblog http://libelulario.blogspot.com
Todos juntos contra a Dengue olha a libélula lá como ela tb é soldado...do ar ele da água. obrigada bom de olhar ler seu blog. Feliz Natal!