Concurso público: maneira de legalizar irregularidades

Os mais informados dizem que sairá outro edital com vagas para nível médio, esse com apenas 12 vagas. Mas faça uma pesquisa na sua rua perguntando quantas pessoas trabalham na Prefeitura de Parnaíba sem ter passado por um concurso público, na base da “pexada” do “QI-quem indica”. Só na minha rua são umas 5, nas mais variadas secretarias, e isso não é novidade pra ninguém.
Vá até a prefeitura e entre numas das salas e pesquise quantos servidores ali são concursados, são efetivos.
O resultado como dito não será nenhuma novidade. Fazer um concurso de nível médio com pouquíssimas vagas é só mais uma maneira de enganar a população mostrando que o concurso foi feito, e deixando todo esse povo (irregulares, contratados temporários) que rondam pelos cantos da prefeitura -esses com “mais moral” que os servidores efetivos- o tempo que desejarem.
Ora a regra é o concurso público, contratar por tempo determinado não é um cheque em branco, até porque esse tipo de contrato é pra atender a necessidade de excepcional interesse público, o que não é o caso onde a administração não está livre para decidir, se vai contratar ou não, ela deve é observar sempre os preceitos da Constituição. Basta dar uma leitura no art. 37, da CF que diz “ a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos...”.
Então aí é que está o problema os concursos são abertos com um número de vagas limitado, apenas para dar um verniz de legalidade e, na outra via, são terceirizadas as funções ou então contratados funcionários temporários ou são mantidos nos cargos como dito acima através da famosa “pexada”. Isso caro leitor é ferir todos os princípios, é rasgar a Constituição é assassinar a honestidade, a moralidade. Concurso público significa isonomia, igualdade, onde todos os cidadãos competirão em igualdade de condições. Será esse concurso público uma maneira de legalizar as irregularidades? Espero que não.