Ao se aproximar a Semana Santa, a expectativa do cristão se volta para uma série de fatos que se tornaram tradição e se complementam com o clima e o tempero que a época favorece. Deixando de lado o aspecto de “feriado” e as comidas avindas dos dias santos, ainda impera um sentimento de piedade popular pela paixão do Senhor Jesus e apesar de conhecidos os fatos que o levaram à sua morte, ainda causa frenesi a muitos se deslocam para assistir os espetáculos produzidos por artistas amadores e populares.
A vontade de fazê-lo conhecido, pela sua trajetória entre nós, explorado nos seus mais íntimos detalhes, leva ainda hoje, muita gente a fazer de JESUS CRISTO, a maior fone de inspiração e informação, seja para aprofundar sua história, seja para explorar suspeitas de sua vida divina.
Em Parnaíba, as experiências de alguns grupos de jovens perduram e os fazem merecedores de elogios pelo empenho e dedicação, haja vista que não recebem apoio oficial, e são apenas aliviadas algumas de suas despesas por familiares e amigos comerciantes locais. Destaco aqui a vontade e a garra do Grupo PES (Perseverantes do Espírito Santo), da Paróquia dos Capuchinhos, que a 14 anos leva às ruas da cidade na Sexta-feira Santa, o espetáculo da Paixão de Cristo denominado “UM HOMEM CHAMADO JESUS” com duração de 2 horas carregada de muito realismo e interpretação em 12 cenas executadas por 80 atores fixos, 30 coadjuvantes e 60 figurantes, mobilizados por 12 equipes de sustentação. A exemplo do ano passado é previsto um público de mais de 20 mil pessoas.
O resultado deste trabalho rende ao Grupo PES convites para se apresentar em cidades vizinhas como Luiz Correia e Ilha Grande do Piauí. A equipe Técnica é assinada pela Produção Cultural de Juarez Fontenele e Direção artística do ator, Diretor de teatro e Jornalista Joaquim Lopes Saraiva.
No papel de Jesus Cristo a interpretação fica na responsabilidade de Flaviano Marques; no Papel de Maria: Francileuda Cunha; nos papeis de Pilatos e Herodes, Joeson Araujo e Robson Rodrigues respectivamente.
“Deus amou o mundo de tal forma que deu seu único filho”, seu primogênito para resgate deste planeta que insiste em não acreditar em sua existência, pelo menos 2/3 de sua população. Mesmo ainda sem data certa, a humanidade cristã, celebra sua passagem por aqui, e aniversaria sua vitória (ressurreição) em data móvel, dentro do calendário litúrgico da Igreja Católica, após uma semana de celebrações específicas que culminam com o conhecido “Domingo de Páscoa”.
E para que as pessoas vivam a experiência de Deus entre nós, através de seu Filho Jesus, neste período grupos de teatro procuram mostrar, resgatando no tempo e no espaço, a MEMORIA DO SALVADOR DO MUNDO, pela paixão de Cristo, conhecida por muitos apenas como via sacra.
Um dos objetivos do Grupo PES é fazer com que as 20 mil pessoas que anualmente se acotovelam para ver o espetáculo, levem para casa a mensagem de Jesus, como forma de evangelização, já que esta atividade consta no seu calendário de atividades a cada semana Santa acreditam que uma boa interpretação sensibilizará aos que irão assistir mais do que mil palavras.
O espetáculo, um dos mais prestigiados da região norte do Estado, reunião fé e emoção, será apresentado em Parnaíba no dia 02 de abril as 19h no campo ao lado da matriz de São Sebastião nos cruzamentos entre as avenidas São Sebastião, Capitão Claro, Armando Cajubá e Princesa Isabel. E a grande novidade para este ano, é que algumas cenas (como a cena do fogaréu) serão feita em percurso com a participação da comunidade.
Inspiração e ensino à barbaridade ao vivo. O que é um espetáculo para os organizadores e seus parceiros é um cruel constrangimento para qualquer pessoa filantrópica que ama a vida.
ResponderExcluirO escritor Daniel Defoe (1659-1731) em seu livro “O verdadeiro inglês”, escreve: “De todas as pragas que atormentam a humanidade, a pior é a tirania eclesiástica”. Com certeza, fronteiras e religiões impedem a evolução e a redenção intelectual da humanidade. É o clero quem mais bajula ditadores e absolve os ricos e pecadores – um exemplo disto é o Cardeal Cerejeira, amigo de Salazar, benze armas de guerra que irão ceifar vidas humanas e destruir monumentos históricos e acoberta a burocracia estatal.
Em nome da religião, a Igreja Católica Romana levou milhões de hereges, infiéis, na Espanha, Portugal e Itália a verem de perto o fogo da inquisição. Como se tudo isto não bastasse, promoveu, após os “descobrimentos”, que nada mais foram do que invasões fortemente militarizadas, o extermínio dos índios e o fim das suas culturas nas Américas.
"O costume não só tem força de lei, mas também abole a lei, e é intérprete das leis." (São Tomás de Aquino)
As pessoas revivem esses momentos de sofrimento de Cristo, mas não mudam as suas próprias vidas. Priorizam apenas o espetáculo, a encenação, mas não têm noção do valor da história de vida desse Homem, como suposto filho de Deus, como suposto ser nascido asexualmente, mas que nos deixou um legado maravilhoso, ensinamentos magníficos, como amar ao próximo, como perdoar, como amar, como fazer da vida um paraíso. Ele não ensinou ninguém a matar, a roubar, a macular, a mentir, a corromper, a discriminar, a desrespeitar, enfim, a viver desregradamente. Ele, segundo os escritos, retirando os aumentos, foi um homem da paz, homem de todos, reconciliador, sem privilégios a fulanos, beltranos e sicranos. Acredita-se, pela fé, que Jesus foi o maior exemplo de compaixão de amor e de justiça da história dahumanidade. Para mim, Jesus, independente dos relatos dogmáticos, foi um homem comum, mas que viveu ensinando ao povo daquela época a amar, a propagar a paz, o perdão e o amor. Não foi Deus nem Jesus que matou, que torturou, que errou, mas o próprio homem, que ainda hoje comete os mesmos erros somados a outros montantes deles. Jesus, o Homem. Eu admiro a história desse homem. As pessoas desvirtuam o foco da bondade, da justiça. As pessoas, sinceramente, são hipócritas, mesquinhas, malvadas, mal-intencionadas (havendo poucas exceções). O mundo é rico de pervertidos, com exceções, é claro. O meu maior desejo é que as pessoas sejam honestas uma com as outras, amem-se, respeitem-se, a apartir daí teríamos uma evolução: intelectual, social, política, econômica etc.
ResponderExcluirOs seres humanos acreditam mais com os olhos do que com os ouvidos.
ResponderExcluirUma Igreja que propaga o amor e a paz, mas exerce evidentemente em público a barbaridade, ou seja, ensina como crucificar um ser humano, não pode ser considerado coerente.
Enquanto o homem amar um fantasma no céu mais do que ama seu próximo, nunca haverá paz sobre a Terra; enquanto o homem adorar um tirano como sua “Paternidade Divina”, nunca haverá a “Irmandade dos Homens”. As pessoas devem fazer a escolha, devem tomar suas decisões. Deus ou o homem? Igrejas ou lares? Preparação para a morte ou felicidade por viver?”
As crianças precisam mais de exemplos do que de conselhos hipócritas!