Dois homossexuais foram assassinados no Piauí em 2009, ambos por motivações homofóbicas. A estatística aparece no Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT), elaborado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e divulgado neste final de semana. O dado revela que apesar do Estado ainda está entre os menos violentos do país, ele manteve o mesmo índice registrado no ano anterior. Em todo o Brasil foram verificadas 198 mortes.
Entre os estados, a Bahia e o Paraná estão no topo da lista dos assassinatos com 25 casos cada um. Por outro lado, a capital paranaense, Curitiba, bate a baiana em número de mortes de homossexuais em 2009, firmando-se como a metrópole brasileira mais homofóbica: 14 homicídios contra 11 de Salvador. O Piauí aparece na antepenúltima posição neste ranking, ao lado do Maranhão, com apenas dois homicídios à frente apenas de Roraima e Santa Catarina, ambos com apenas um caso.
De acordo com o documento, um dos casos no Piauí foi anotado Teresina e o outro em Floriano, sendo este último com requinte de crueldade. A coordenadora geral do Grupo Matizes, Marinalva Santana, confirmou as informações divulgadas pelo GBB, nesta segunda-feira (08). Porém, ela ressalta que os números apontados sobre o Piauí são todos subestimados. "Esses dois homicídios, são os que tivemos certeza. Mas, existem outros tantos", declarou.
Segundo Marinalva, são assassinados muitos homossexuais no Estado, principalmente em Teresina, mas a imprensa e polícia os classificam em outros crimes. "Algumas investigações sobre o assassinato de homossexuais ano passado, por exemplo, penderam para envolvimento com o tráfico de drogas, outros por rixa e mais ainda por latrocínio, mas quase nunca por homofobia", aponta, ressaltando que o Grupo Matizes sempre que pode faz o acompanhamentos desses crimes.
Já o agente Mauro Lima, da Delegacia das Minorias, afirma que todos os casos que chagam a especializada são investigados. "Recebemos uma média de dois a três casos de crimes contra homossexuais por dia, a maioria de agressão e preconceito", apontou, lembrando, porém, que muitos dos casos que são registrados na delegacia terminam não andando, por que são retirados logo em seguida. "Isso acontece porque os denunciantes temem represália, principalmente porque a maioria dos agressores são parentes", destacou.
Por João Henrique Bezerra
Parnaíba não tem prefeito. Muitos menos secretário para preservar o que os outros prefeitos já fizeram. Nesse governo nada é feito, mas o minimo que se poderia fazer era preservar o que já foi feito. Uma vergonha.
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