O senador Heráclito Fortes, na condição de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as organizações não governamentais (CPI das ONGs), pediu aos integrantes desse colegiado que solicitem a quebra do sigilo bancário dos envolvidos no possível desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para financiar campanhas eleitorais do PT. "Não é mais possível que se coloque para baixo do tapete essa sujeira, essa imundície que vem debilitando recursos que são carreados para resolver o problema da moradia", disse Heráclito, nesta terça-feira, durante pronunciamento no Senado. Heráclito citou nova denúncia da revista Veja desta semana sobre o caso, mas lembrou que "os desvios da Bancoop são conhecidos nas páginas dos jornais brasileiros há pelo menos quatro anos".
O parlamentar lamentou as tentativas de se retardar a apuração dos fatos e afirmou que, caso o sigilo bancário dos envolvidos tivesse sido quebrado no devido momento, "o atual tesoureiro do PT já teria tido sua culpa ou inocência apontada". Ele elogiou os partidos que tomam providências para punir os envolvidos em escândalos e criticou aqueles que culpam a imprensa por divulgar os fatos.
Heráclito afirmou que o caso da Bancoop não é isolado e há situações semelhantes no Piauí. De acordo com o senador há exemplos de ONGs ligadas à área de educação no Estado que vêm sendo denunciadas há algum tempo sem que as apurações necessárias sejam feitas, “porque os mecanismos procrastinatórios de quem tem maioria e usa essa maioria como rolo compressor não estão permitindo que as apurações sejam feitas”.
O senador lamentou o fato da Casa ter uma CPI das ONG´s instalada, no entanto, a base de sustentação do Governo insiste em não permitir que apurações sejam feitas. “Faço um apelo aos membros desta CPI, não importando a que Partido pertencem, se da base de apoio ao Governo ou não, para que se movimentem no sentido da quebra do sigilo bancário, porque o Brasil não consegue mais conviver com esses desmandos que estão sendo praticados todo dia com recursos que deveriam ter uma destinação social para atender aos brasileiros”, concluiu.
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