Crime Organizado: Secretário protocolou representação na Corregedoria. Processo de 1989 nunca foi julgado.
O secretário estadual de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, entrou na última segunda-feira (1º) com representação na corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí - TJ/PI -, pedindo explicações ao Tribunal do Júri de Parnaíba, litoral do Estado, pelo não julgamento do caso Safanelli. O processo é um dos que integram a lista do Crime Organizado, e aconteceu há duas décadas.
O caso diz respeito a morte do policial Leandro Safanelli em 8 de agosto de 1989. Ele teria sido assassinado a mando do ex-coronel José Viriato Correia Lima. Também são acusados José Correia Braga Neto, o Zé Correia, e Adilson Rodrigues da Silva, o Alecrim, que teriam perseguido a vítima em moto e atirado pelas costas, na presença de várias testemunhas. Sentado, Safanneli ainda levou mais dois tiros no rosto.
"Foi um crime bárbaro, que envolveu um policial civil, e o delegado Arias Filho, que foi assassinado. Vinte anos é uma vida. É preciso saber onde está a falha e porque esse processo não é julgado", disse o secretário ao Cidadeverde.com, que em 28 de janeiro reclamou na TV Cidade Verde da não conclusão do processo. Os acusados da morte de Arias foram inocentados por júri tido como fraudulento pelo secretário.
No pedido, o secretário cita ainda que o desembargador Sebastião Ribeiro Martins já havia protocolado pedido em novembro de 2009, pelo julgamento do caso. No entanto, 20 anos depois, o processo continua emperrado, e corre o risco de prescrever.
Atualmente, o juiz que responde pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri de Parnaíba é José Ribamar Oliveira Silva, que está no posto há cerca de três anos.
Recentemente, a família de Correia Lima anunciou que pedirá a transferência do ex-coronel do presídio de Parnaíba, onde agora estão detidos dois primos de Leandro Safanelli.
Yala Sena e Fábio Lima
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