Idoso não consegue atendimento e dorme no chão do hospital.

João Clemêncio dos Reis já havia sido operado no Hospital Dirceu Arcoverde após uma necrose no pé esquerdo, do qual foram amputados dois dedos. A necrose se manifestou novamente no mesmo pé, mas o idoso não conseguia atendimento.
Quem estava acompanhando João Clemêncio era uma amiga de sua família por nome Odete, que também o trouxe em sua primeira cirurgia. O idoso reside em Araioses no Maranhão. Seu primeiro atendimento no HEDA se deu no dia 04 de fevereiro deste ano, quando foi cirurgiado pelo Dr. Paulo Augusto. Retornando ao seu município, o Sr. João Clemêncio adoeceu do pé novamente, sendo diagnosticado pelo médico do PSF local, Dr. Osmar, que o encaminhou novamente ao Dirceu a fim de que fosse amputado o pé. Chegando ao HEDA D.Odete não conseguiu atendimento para o idoso no mesmo dia, pois, segundo ela, o médico plantonista Dr.Adelgides, alegou não poder atender, pois, só atendia casos de urgência e emergência, como esfaqueamentos, solicitando, portanto, que retornassem no dia seguinte para serem atendidos pelo médico Chico Pires. D. Odete disse ainda ter tentado viabilizar o encaminhamento do Sr. João Clemêncio para outro hospital, mas, não obteve sucesso. Por não ter como retornar a Araioses em função do horário e a indisponibilidade de transporte, o idoso dormiu no chão do HEDA, sobre um lençol, da noite de terça para quarta. Por volta de meio dia desta quarta, 24, o Sr. João Clemêncio foi internado no HEDA tendo sido cirurgiado entre 18 hs e 19 hs pelo Dr. Chico Pires, sendo amputado metade de seu pé esquerdo. Sr. João Clemêncio já tem sua perna direita amputada, permanece internado do HEDA e passa bem. O Diretor do Hospital, Dr. Eduardo Nogueira, disse ao jornalismo do proparnaiba que “a espera é inevitável dado o grande público que o hospital recebe”, o encaminhamento para outro médico também é inevitável quando o caso requer outro especialista e, ainda, que “a necrose não se caracteriza uma emergência cirúrgica”. Dr. Eduardo enfatizou, também que o HEDA “não tem condições de garantir a pernoite de pessoas que não sejam pacientes e/ou acompanhantes”, mas que buscará saber do plantonista como ocorreu o caso, pois até então, não tinha tomado conhecimento.

Por Samuel Aguiar