18 de jan. de 2010

Municípios podem ficar isolados por obras de estradas abandonadas

Obras de estradas foram paralisadas por falta de pagamento há 3 meses


Várias empreiteiras estão paralisando obras, principalmente de estradas, em vários municípios, o que está ocasionando a possibilidade de isolar algumas cidades. O motivo é a falta de pagamento as construtoras. Isso acontece com as obras nos municípios de Caxingó, Valença e Caraúbas, correm o risco de isolamento, Palmeirais, e José de Freitas, que são alguns exemplos.
No município de Valença, a obra de recuperação de um trecho da BR-316 está inacabada. O acesso à cidade foi dificultado pela ação da empreiteira, que retirou o asfalto e não recapeou, por conta da falta de pagamento. O trecho é de aproximadamente dois quilômetros.
A população tem reclamado da poeira, do acesso e de acidentes, cobrou a prefeitura, mas o prefeito alega que não tem nada a ver com o município. A obra é de competência estadual. Mesmo assim, a Prefeitura de Va-lença se viu obrigada a fazer dois acessos com recursos próprios para não isolar o município e amenizar o problema.
Um problema ainda maior acontece no município de Ca-xingó, que está ameaçada de isolamento porque a obra da ponte foi paralisada. A prefeitura estuda a possibilidade de decretar situação de calamidade, alegando estragos provocados pelas enchentes do ano passado. A empreiteira C.G. Engenharia quebrou as pontes de concreto que já existiam para fazer novas, mas não foram concluídas.
A informação é que a empresa parou por falta de pagamento. Agora, a estrada está intra-fegável, tanto pela lama, quanto pelas pontes que estão inacaba-das. A Prefeitura de Caxingó ainda tenta resolver alguns problemas descarregando carradas de pedras e piçarra para tapar os buracos de lama na estrada, no intuito de melhorar o tráfego.
No município de Caraúbas a situação é semelhante na PI-305. A cidade corre o risco de isolamento, porque a rodovia que liga à BR-343, na Volta da Jurema, está intrafegável. Foram feitos desvios, mas existe um atoleiro que impede a circulação de veículos.
A situação da estrada em si, apesar de ser o único acesso na BR-343 na região Norte do Estado ainda não asfaltado, não é tão ruim. Lá em Caraúbas problema são as pontes. Existem cerca de sete deles entre a BR-343 e a sede do município num percurso de 13 quilômetros.
A empreiteira responsável retirou a madeira da maioria delas para construir de concreto, mas abandonaram as obras. A Prefeitura também teve que atuar para evitar que os carros ficassem atolados na estrada de acesso ao município. Eles estavam utilizando tratores para rebocar os carros que estavam atolados. A empreiteira que estava fazendo o serviço abandonou o local, porque não estava recebendo pagamento desde o ano passado.

Fonte: DP
Luciano Coelho
repórter de política

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