O caso do desvio de dinheiro público em Brasília, envolvendo o governador José Roberto Arruda e parte do seu secretariado, bem como deputados da base aliada, cala a boca de meio mundo da política nacional. Isto porque, quase todos têm o rabo preso e, por isso, não podem sequer comentar o assunto. É o mesmo que se falar de cordas na casa de enforcado. O primeiro a se esquivar foi o presidente Lula. Disse logo: "as imagens por si só não falam nada". E é nem precisa, presidente. Uma imagem ou uma foto, já dizem os orientais, "falam mais que mil palavras". Lula sem dú-vidas, lembrou dos mensaleiros, cuequeiros, aloprados e sanguessugas do seu governo. Vendo a agonia de Arruda, o presidente deve ter fechado os olhos e viajado no tempo, para rever todo aquele inferno que viveu em 2006 com aquela montanha de di-nheiro arranjada pelos aloprados comandados pelo churrasqueiro Lorenzeti entre o 1º e o 2º turnos de sua reeleição. Já o presidente do senado, José Sarney, nem de leve faria qualquer comentário sobre o assunto. Afinal, ele acaba de sair do maior escândalo da história daquela casa sem sofrer nenhum tipo de punição. Nem mesmo advertência. Para quem se salvou da degola há dois meses, Sarney quer distância desse tipo de confusão. Na Câmara não é diferente. Mais da metade dos 513 deputados responde processo por algum tipo de falcatrua. Mas todos eles agem assim, porque tem certeza certa (na redundância da palavra), de que nada vai lhes acontecer. É a impunidade que estimula a criatividade no campo da roubalheira. Tudo pago com o dinheiro do distinto público.
Fonte: DP
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