A greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal continua e não há perspectiva de negociação por parte da direção do banco. A Caixa entrou com pedido de dissídio coletivo no último dia 15 no Tribunal Superior Eleitoral (TST) pelo reconhecimento da ilegalidade do movimento.
Em assembleia realizada ontem (16), em Brasília, os funcionários da Caixa repudiaram a decisão da direção da instituição e decidiram manter a paralisação, que completou 23 dias na sexta-feira, segundo o delegado sindical Renato Caldas.
De acordo com o representante dos funcionários da Caixa no Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, os participantes da assembleia foram unânimes em criticar a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, e alguns dirigentes que, “em tese, são do PT e agem de forma mais truculenta do que os negociadores dos bancos privados.”
Renato Caldas disse que a mobilização da categoria continua forte em todo o país, com exceção da volta parcial ao trabalho em algumas cidades do interior de São Paulo e do retorno integral, decido em assembleia, dos funcionários da Caixa em Campinas.
Segundo ele, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Instituições Financeiras (Contraf) e o Comando Nacional dos Bancários também repudiam a atitude da Caixa de pedir dissídio coletivo. Ele salientou que para o dissídio ser julgado é necessária a concordância das entidades sindicais em mesa de negociação representativa dos trabalhadores.
A Contraf e o CNB reafirmam disposição de continuarem buscando entendimento em mesa de negociação e orientam para que as assembleias regionais mantenham a greve. Também pediram que as entidades sindicais fortaleçam a mobilização por todo o país. O CNB e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) voltam a se reunir na segunda-feira, em São Paulo, para definir as orientações para os próximos passos do movimento.
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