Mão Santa presidente

Há poucos dias completamente acuado no PMDB, o senador Mão
Santa – que acaba de mudar de partido – tem quatro caminhos a
seguir nas próximas eleições. Agora no PSC (Patido Social Cristão), sua primeira alternativa é ser candidato à reeleição pelo Piauí. Afinal, foi para viabilizar sua candidatura que ele saiu do PMDB.
A outra opção é ser candidato a senador por Brasília, onde seu nome tem grande penetração, por conta de sua atuação na tribuna do Senado Federal. O senador seria candidato em Brasília no palanque do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz, que também trocou o PMDB pelo PSC, e lidera as pesquisas de inteção de voto para o Governo do Distrito Federal.
Nesse caso, Mão Santa teria que transferir seu domicílio eleitoral de Parnaíba para Brasília até a próxima sexta-feira. Em sua última manifestação pública sobre o assunto, ele declarou que ficou animado com o convite para ser candidato a senador por Brasília. Não é para menos. Lá os piauienses formam a segunda colônia. E há quem diga que em Brasília suas chances de vitória são maiores.
O senador tem, ainda, a alternativa de ser candidato a vice-presidente, representando o Nordeste, numa chapa forte, como a do PSDB. Seu discurso alcança as massas potencialmente eleitoras do governo. O seu nome é simpático ao presidenciável José Serra.
A quarta alternativa de Mão Santa – que pode ser tornar a primeira – é ser candidato a presidente da Repúblia. Como o seu partido é pequeno, é suas chances de eleição são mínimas. Mas é de se esperar que atinja uma votação significativa, pois seu nome é conhecido hoje em todo o país. Com isso, o PSC se cacifa para o segundo turno da eleição presidencial.
Não custa lembrar, porém, que Mão Santa é um político que sempre se dá bem remando contra a maré. Ele pode muito bem entender de concorrer à presidência inspirado no exemplo de Fernando Collor, que se elegeu em 1989 por um partido inexpressivo, o PRN. E pode reivindicar para si a vantagem de que é mais conhecido do que Collor era, à época. E também que é mais experiente e mais preparado do que o ex-governador alagoano quando venceu a eleição presidencial.

Por Zózimo Tavares