A Câmara
Municipal de Bom Princípio do Piauí suspendeu o pagamento de subsídios ao
vereador Jacinto Costa Moraes (MDB),
acusado de abusar sexualmente de duas irmãs, que na época do crime tinham 12 e
13 anos. Em resposta encaminhada ao Poder Judiciário no dia 24 de junho, a
presidente da Casa, vereadora Maria Noélia da Silva Pereira, determinou que a
suspensão perdurasse enquanto o parlamentar estiver afastado do cargo.
A decisão partiu de um requerimento feito pela defesa de Jacinto
Costa Moraes, que está afastado cautelarmente desde o dia 19 de maio — mesma
data em que foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Piauí (PC-PI).
Na ocasião, a autoridade policial se manifestou pelo afastamento do parlamentar
em decorrência das investigações sobre o crime, que apontaram indícios de que
Jacinto Moraes utilizava a função pública para influenciar a narrativa,
constranger e desqualificar os depoimentos das vítimas.
Um mês depois
da prisão, a presidente da Câmara Municipal negou o pedido de pagamento de
subsídios feito pelo vereador. “Por inexistir autorização legal que permita a
manutenção do pagamento dos subsídios enquanto o vereador encontra-se afastado
do cargo, bem como pelo fato da decisão judicial que determinou o afastamento
não ter determinado a manutenção do pagamento dos seus subsídios, como também
levando em consideração a natureza pro-labore faciendo do cargo de vereador
ocupado pelo requerente, é que indefiro o pedido de pagamento de subsídios
formulado pelo vereador Jacinto Costa Moraes”, diz trecho da negativa.
Investigações chegaram a ser arquivadas
Ao longo das investigações, o inquérito policial que investiga o
estupro das duas irmãs chegou a ser arquivado pela Delegacia de Buriti dos
Lopes. Isso porque as vítimas teriam sido coagidas por Jacinto Moraes a negar
os abusos. Entretanto, o procedimento foi reaberto após os exames corroborarem
para atestar os estupros.
Em 2021 ele também foi denunciado pelo Conselho Tutelar, mas o processo foi arquivado por falta de provas. Apenas depois, com áudios extraídos do celular da vítima e depoimentos de profissionais do CRAS, o caso voltou à tona.
Vereadora presa em Teresina continua a receber salário
Presa desde 3 de abril por suspeita de ligação com facção
criminosa, a vereadora de Teresina Tatiana Medeiros (PSB) continua a receber o
salário de R$ 24 mil mesmo afastada do cargo. Uma consulta feita pela Câmara
Municipal ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) reforçou que deve ser
mantido pagamento dos vencimento à parlamentar.(GP1)







.webp)









.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)

















