Um incêndio de grandes proporções atinge uma região de mata na Serra da Ibiapaba, na divisa entre o Piauí e o Ceará. De acordo com informações de populares, o fogo teria iniciado no último sábado (26) e se alastrou pela região até esta quarta-feira (30). As chamas já se aproximam de residências do Assentamento Pirapora, que fica na zona rural de Cocal dos Alves, no lado piauiense da serra. O fogo também atingiu a mata da parte cearense, que já fica na cidade de Viçosa do Ceará-CE.
Incêndio na divisa entre Piauí e Ceará
Imagens aéreas mostram a proporção do incêndio. As fumaças podem ser vistas a quilômetros de distância e os moradores da região já sentem os efeitos da poluição do ar. A moradora de Cocal dos Alves Raquel Rodrigues relatou ao Portal O Dia que a população da zona urbana já sofre com a fumaça. “(O ar) está horrível. Muita gente sendo prejudicada, muita gente com problemas de saúde na cidade e olha que o fogo fica no meio, em cima da serra. Mas na cidade tem muita fumaça”, conta a moradora.
Em alguns trechos, a chama e a fumaça chegam a atingir 20 metros de altura. Equipes do Corpo de Bombeiros dos dois estados foram acionadas para conter as chamas. Porém, segundo a moradora, os trabalhos não tem sido suficientes para controlar o fogo. “No domingo, apareceu o Corpo de Bombeiros (do Piauí), que veio aqui e fez a vistoria na área. Na segunda veio equipe do Ceará mas aí não resolveram, e na terça eles vieram. A população é quem está fazendo (o combate ao fogo). As autoridades estão brincando com uma coisa séria”, disse.
Proprietários de terrenos na região chegaram a fazer – com a próprias mãos – um procedimento de limpeza de uma área para “cortar o fogo”, para que as chamas não se alastrassem ainda mais. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também foi acionado e esteve no local para auxiliar na contenção do fogo.
O Portal O Dia entrou em contato com o Corpo de Bombeiros do Piauí para saber dos procedimentos que serão tomados na região, para conter as chamas. Porém até o momento não obtivemos respostas. O espaço segue aberto para os esclarecimentos.(O Dia)