Em entrevista ao JR Entrevista, da Record, o ministro-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira disse que quem mudou foi o ex-presidente Lula, daí o fato de buscar por uma alternativa.
O membro do governo Bolsonaro critica o fato de Lula defender o aborto, a “invasão de terras” e ser contra a classe média.
“Muitas vezes as pessoas me perguntam: por que o Ciro não está com o Lula, com quem já teve no passado? Mas quem mudou foi o Lula. Aquele Lula que eu defendia não defendia o abordo, não defendia invasão de terras, não era contra a classe média do País. Ele que mudou”, falou.
_Veja Outras declarações do ministro:
STF E ABORTO
“[Nas eleições] nós vamos falar do futuro. Nós vamos ter um presidente da República que vai escolher dois ministros do Supremo. O Brasil quer dois ministros do Supremo que vão defender o aborto no Supremo? Ou alguém que vai defender a vida? Ou alguém que vá para o Supremo para defender que haja invasão ou não, o respeito à propriedade das pessoas ou não? Então essas coisas vão ser bem desmistificadas na eleição”.
A “VERGONHA” DE LULA
“Hoje nós temos um presidente que pode sair nas ruas todos os dias, que é o presidente Bolsonaro, ele é abraçado, e um outro que está trancado dentro de casa porque não pode fazer campanha, porque às vezes tem vergonha das pessoas que estão ao seu lado. Porque não tem como a pessoa fazer campanha de dentro de casa. Vai ter que ir para rua botar [para fora] tudo aquilo que ele pensa e ter uma avaliação”.
SOBRE O PERDÃO A DANIEL SILVEIRA
“É um direito do presidente. O presidente foi eleito. E a Constituição permite o perdão. Você pode julgar se foi oportuno, se deve ou não deve. Mas é um direito do presidente. O julgamento mais importante de todos é em outubro. Eu acho que as pessoas veem no presidente a pessoa que tem capacidade de ter suas atribuições, como o Supremo também tem de julgar”.
OUTROS DECRETOS: ROBERTO JEFFERSON, BLOGUEIRO ALAN DOS SANTOS
“Acho que isso é mais da especulação, não é? É uma decisão do presidente, exclusiva dele. Nós temos que respeitar o direito do presidente da República editar esse tipo de decreto”.
SOBRE A RUPTURA INSTITUCIONAL
“O presidente é uma pessoa que tem respeito à ordem, às instituições. Não tenho dúvida de que isso não vai acontecer”.
COMBATE À PANDEMIA
“Somos um exemplo na pandemia para o mundo. Somos um exemplo em todos os sentidos, de cuidar das pessoas e quanto à vacinação”.
UM NOVO GOVERNO LULA
“É voltado exclusivamente para os sindicatos, que não querem produzir em nosso País”. (...) O Lula é o candidato de 2002. Você não vai dar um celular para sua filha de 2002. Você quer um celular cada vez mais avançado, que é o Bolsonaro. O Lula já teve a sua Era, como já teve a Era do Getúlio, teve a Era do JK. Teve a Era Lula, mas agora nós estamos na Era do Bolsonaro. É pensar para o futuro.
APOIO DO PP AO BOLSONARO
“Nós vamos chegar à eleição com o nosso partido muito próximo dos 100% no palanque do presidente Bolsonaro. Mas isso tudo com convencimento, não com obrigação, com imposição. Porque as pessoas estão vendo no dia a dia que o presidente é o melhor caminho. Em eleições anteriores nós tínhamos os progressistas em torno de 60% de um lado, 40% do outro. Sempre foi dividido. Pela primeira vez … Hoje nós tempos 96%, 97% do partido unificado em torno do presidente. Minha meta é chegar aos 100%”.
APROXIMAÇÃO DO CENTRÃO A BOLSONARO
“Foi uma aproximação muito diferente do que acontecia no passado. Como que aconteceu nos governos do PT, até do PSDB. Chegava, consultava os partidos, entregava os ministérios, porteira fechada. Hoje não. Algumas pessoas foram convidadas. Apenas os cabeças, os técnicos. Eu mesmo cheguei à Casa Civil com minha chefe de gabinete e a minha assessoria de imprensa. Então veja a diferença. Ninguém tem carta branca”.
Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores