Por: Benedito Gomes(*)
Acredito que não! Simplesmente invisível, fisicamente microscópico, sem cheiro, sem zumbido e sem matéria palpável.
Pois com este corpo sem músculos, sem ossos e sem classificação entre vertebrados ou não o corona desembarcou no Brasil em grande estilo. Não chegou de caminhão, de ônibus, nem em navio cargueiro. Chegou no Brasil à bordo de gigantes aeronaves de voo internacional e em possantes transatlânticos que cruzam nosso oceanos.
Natural da China, preferiu deixar seus conterrâneos em paz e seguiu mundo à fora, fazendo tudo o que era possível em sua atividade. Europa e Américas, foram os continentes preferidos, tanto que foi rebatizado com horado nome covid-19.
No Brasil o jovem covid fez um estrago total. Diariamente centenas de pessoas perdiam a vida, a morte trabalhava com exclusividade para o covid-19. Não morreu ninguém em 2020 de um outro mal: só de covid.
O vírus parou comércio, grandes e pequenos; parou indústrias, portos e aeroportos. Parou eventos pequenos e fechados, tais como: atos religiosos, missas, cultos, aulas e até velório de suas próprias vítimas. Fechou grandes eventos a céu aberto, como apresentações artísticas, futebol, que leva milhares de pessoas aos estádios. Centenas de outros itens foram suspensos ou cancelados.
O gigante e invisível covid-19 foi forçado a um pequeno descanso entre outubro e novembro. Bateu de frente com a eleição. Nossos políticos não se preocuparam com o risco de transmissão do vírus nos comícios, reuniões, caminhadas e no próprio dia da eleição.
É sabido e reconhecido que onde há muito dinheiro há muito interesse. Para esta eleição só de fundo partidário tinha três bilhões de reais. E, diante desta cifra de bilhões, o covid baixou a guarda, deixou a eleição passar e esta voltando com força total.
Como não é possível conversar com o cidadão wuhanense, afinal, não falamos mandarim, espero nunca sentir seus efeitos nem encontrá-lo pessoalmente.
(*)Benedito Gomes
Contador-UFPI