O superintendente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), Herlon Guimarães, destaca que as cidades de Bom Jesus, Floriano, Uruçuí e São Raimundo Nonato preocupam ainda mais o Governo do Estado quando o assunto é a Covid-19 devido o número de casos e mortes da doença nos últimos dias.
“Nas últimas semanas, identificamos uma interiorização desses casos, mais precisamente na região sul do estado do Piauí. Fizemos reuniões com os gestores dos territórios que tem como cidades polos Bom Jesus, Floriano, Uruçuí e São Raimundo Nonato. Tivemos a preocupação de conversar com esses gestores para mostrar a radiografia do que está acontecendo”.
O superintendente ressalta que todos os gestores foram orientados a fortalecer as medidas sanitárias e de prevenção ao novo coronavírus. “Estamos de perto observando o que está acontecendo; sempre monitorando e apoiando aos gestores nas suas tomadas de decisões”.
Dados Sesapi em 17/11/2020
Bom Jesus: 1.795 casos confirmados e 24 mortes
Floriano: 3.679 casos confirmados e 58 mortes
São Raimundo Nonato: 2.170 casos confirmados e 20 mortes
Uruçuí: 1.787 casos confirmados e 25 mortes
Segunda Onda
Sobre uma segunda onda de infecção, que já está em discussão em países da Europa como uma possível realidade, por exemplo, o superintendente comenta que o Piauí também está vigilante quantos aos casos em outros estados e países.
“O Piauí, desde o primeiro momento, teve a oportunidade de avaliar como estava a doença em vários países e, agora, não está sendo diferente. Estamos novamente tendo a oportunidade de ver um crescente número de casos (em outros países) e, para que nós não possamos estar vivendo isso futuramente, nós já estamos tomando decisões, entre elas o monitoramento dos casos. Nós temos o (programa) Busca Ativa, que é extremamente importante para identificar os casos precocemente para fazermos o isolamento social”.
Herlon Guimarães relata que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) orienta os gestores em relação aos dados que apontam para aumento do número de casos da doença no país.
“Existe uma conversa através das secretarias de Saúde entregando aos nossos gestores ferramentas que possam dá uma condição de uma melhor decisão. É importante continuar fazendo o monitoramento e, claro, estamos dando apoio total no que for necessário”.
Economia
Com o aumento do número de casos, muitos moradores questionam o Governo do Estado sobre o fechamento das atividades econômicas, como ocorreu no primeiro semestre.
“Todo mundo depende da economia, nesse pacto é muito importante para que não haja retrocesso. Não queremos esse retrocesso. Por isso, as medidas de ajuste são tomadas, avaliando a cada sete e 14 dias em relação ao que está acontecendo, para que a gente possa gradualmente avançar e não tenhamos o problema de no futuro ter atos que possam vir a retroceder no nosso pacto de retomada econômica”.
Carlienne Carpaso
carliene@cidadeverde.com