3 de ago. de 2020

Parnaíba vai ganhar unidade pós Covid-19 em centro de reabilitação

O secretário de Saúde Florentino Neto visitou, neste sábado (1), as obras do Centro Especializado de Reabilitação (CER), em Parnaíba, que estão finalizadas e os equipamentos em processo de aquisição. Estiveram presentes o deputado estadual Dr. Hélio, o secretário de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo e o superintendente multiprofissional do Ceir, Anderson Luz.

O Centro será a primeira unidade no território da Planície Litorânea a oferecer os serviços em quatro modalidades de reabilitação: deficiência física, visual, intelectual e auditiva, com capacidade de atendimento para mais de 60 mil pessoas, decentralizando os serviços e gerando uma maior qualidade na saúde.

Durante a visita, o secretário Florentino Neto, anunciou que o Governo do Estado está criando uma “Unidade Pós Covid-19” no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) do Piauí para ajudar na reabilitação de pacientes com sequelas da Covid-19 no estado. A primeira unidade funcionará em Teresina e a segunda, de forma emergencial, será instalada no Centro de Reabilitação de Parnaíba, com previsão de funcionamento por um período de 6 a 12 meses.

De acordo com Florentino, com a pandemia surgiu essa nova necessidade e a decisão do governo do estado de montar essa equipe multidisciplinar para atender os sequelados da Covid-19, é uma prova de que o poder público estadual está sempre atento às necessidades do povo. “ O nosso objetivo é  ajudar pessoas que contraíram o novo coronavírus, passaram por um longo período de internação e agora necessitam de ajuda para conseguir realizar algumas atividades do dia-a-dia”, declara o gestor.

Entre as sequelas mais comuns estão a deficiência cardio-pulmonar, comprometimento neurológico, amputações e perda de massa magra, podendo causar fraqueza muscular generalizada e que limita a movimentação na hora de andar, comer ou até trocar de roupa, assim como a presença de fadiga e dores crônicas.

Segundo o superintendente multi profissional do Ceir, Aderson Luz,  praticamente todos os pacientes que tiveram Covid têm deficiências. Cerca de 90% deles apresentam comprometimento Cardio pulmonar; 10% comprometimento neurológico e amputação. “ Algumas  dessas deficiências são temporárias e quando começamos a reabilitação de maneira precoce eles têm muito mais chances de se reabilitar”, diz o superintendente.

Para o secretário de saúde, Florentino Neto, este é um esforço conjunto do Governo do Estado através da Sesapi e Seid dentro da política pública  do governo de atender à pessoa com deficiência. “ Esta obra é uma necessidade emergencial por conta do momento em que estamos vivendo, mas  temos sobretudo que agradecer a Deus porque é um sonho que se torna realidade”.

Ascom/Sesapi

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Correios lançam selos comemorativos inspirados em doodles

Os Correios lançaram selo para marcar o Dia Nacional do Selo. Com uma característica diferente, o selo comemorativo tem imagens de doodles, palavra inglesa que se refere a um tipo de desenho simples criado de forma aleatória, como os rabiscos feitos por uma pessoa em cadernos, blocos de anotação ou em qualquer papel disponível. 

A cartela com 12 selos comemorativos pode ser comprada nas principais agências dos Correios e também na loja virtual no site da empresa.

Comemorado no dia 1º de agosto, o Dia Nacional do Selo marca os 177 anos do primeiro selo lançado no Brasil, que foi o Olho de Boi, em 1843. Segundo os Correios, este foi o segundo selo a ser lançado no mundo, depois do Penny Black, lançado três anos antes, em maio, na Inglaterra.

Na arte do exemplar comemorativo de 2020, a designer Jamile Costa Sallum fez doodles com selos nacionais e ícones da filatelia, com o agrupamento de diversos elementos deste universo. “Os desenhos evidenciam, com leveza e dinamismo, como um fluir de pensamentos, as inúmeras inspirações que podem se transformar em emissão filatélica”, destacaram os Correios, em nota.

O Dia Nacional do Selo celebra todos os selos postais brasileiros e a prática de colecionar as unidades, a filatelia. De acordo com os Correios, essa prática tem início no Brasil nos últimos anos do século XIX, com o surgimento dos primeiros clubes filatélicos.

Já os selos comemorativos, os mais associados ao colecionismo, apareceram pela primeira vez no país em 1900.


Fonte: Agência Brasil

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2 de ago. de 2020

Diretora do SINTE-Piauí Francisca Barbosa morre vítima da covid-19

Morreu, na manhã deste domingo (02), vítima da covid-19, a professora e diretora do SINTE-Núcleo Regional de Altos, Francisca Barbosa de Morais. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (SINTE-PI) que divulgou nota lamentando a morte da sindicalista.
De acordo com a nota, Francisca era servidora da educação pública e estava lotada na Secretaria Municipal de Coivaras, que é jurisdição da Regional SINTE-Altos.
“Francisca era uma jovem sonhadora e batalhadora, comprometida com a defesa da educação pública e sempre estava à frente das atividades coordenadas em defesa da categoria na região de Altos e Coivaras”, destacou o sindicato.
Ainda segundo o SINTE, Francisca estava fazendo tratamento contra o câncer, mas foi diagnosticada com covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o que provocou um agravamento do quadro culminando com sua morte.
Confira abaixo nota na íntegra:
Nota de Pesar: Professora Francisca Barbosa de Morais
Lamentavelmente o SINTE-PI comunica o falecimento da professora FRANCISCA BARBOSA DE MORAIS, diretora do SINTE-Núcleo Regional de Altos, ocorrido na manhã deste domingo (02/08/2020), vítima de Covid-19.
A professora Francisca Barbosa Morais era servidora da educação pública e estava lotada na Semec de Coivaras, município de jurisdição da Regional SINTE-Altos.
Francisca era uma jovem sonhadora e batalhadora, comprometida com a defesa da educação pública e sempre estava à frente das atividades coordenadas em defesa da categoria na região de Altos e Coivaras. Ela estava fazendo tratamento contra o câncer, mas lamentavelmente foi diagnosticada com Covid-19, o que causou um agravamento do quadro que culminou com sua passagem.
A família SINTE-PI e NúcleoRegional de Altos, estam profundamente consternados e sem crer no falecimento precoce da professora Francisca. Rogamos que Deus conceda-lhe um bo lugar e conforto aos corações dos familiares e amigos.
FRANCISCA BARBOSA, PRESENTE!

CORONAVÍRUS: Boletim Epidemiológico 02/08: Parnaíba-PI

CORONAVÍRUS: Parnaíba sobe para 5.391 casos confirmados ,113 óbitos e 2.091 recuperados.

CORONAVÍRUS 02/08: Boletim epidemiológico das cidades de Ilha Grande, Luiz Correia, Cajueiro da Praia, Cocal dos Alves, Murici dos Portelas e Região Norte








Piauí tem 1.385 mortes e 53.224 infectados pela Covid-19 em 220 cidades; veja lista



O Piauí registrou 231 casos de pacientes infectados e 16 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde na noite deste domingo (2).
As seis mulheres que faleceram recentemente são de Cocal (81 anos), Teresina (62, 83 e 85 anos) e Uruçuí (69 e 72 anos).
Já os 10 homens são das cidades de Barras (74 anos), Campo Maior (63 anos), Oeiras (85 anos), Teresina (61, 66, 67, 80, 81 e 83 anos) e Uruçuí (66 anos).
Segundo o boletim, dos 231 casos confirmados da doença, 125 são mulheres e 106 homens, com idades que variam de um mês a 88 anos. 
Nenhum município novo entrou na lista daqueles com casos confirmados, permanecendo em 220 o número de cidades atingidas pela pandemia, o que representa 98,02% do território piauiense. 
Apenas quatro municípios não tiveram casos registrados de Covid-19 até agora: Arraial, Canavieira, Jardim do Mulato e João Costa.
Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, há 744 ocupados, sendo 439 leitos clínicos, 288 UTIs e 17 leitos de estabilização. As altas acumuladas somam 2.335 e as altas do dia, 25.
Agora, são 53.224 casos confirmados e 1.385 óbitos distribuídos entre 129 municípios. Deste total, morreram 811 homens e 574 mulheres.

Parnaíba já possui 2.091 pessoas recuperadas do novo coronavírus

Prefeitura de Parnaíba divulgou na noite deste sábado (1), o novo boletim epidemiológico sobre os casos do novo coronavírus (covid-19) no município. Segundo os dados, a cidade já possui 2.091 pessoas recuperadas da doença.
Ainda conforme os dados, a cidade já registrou 5.363 casos confirmados e cerca de 113 pessoas já morreram em Parnaíba após complicações da covid-19.
Os dados apontam ainda que 14 pessoas estão internadas em leitos clínicos, 6 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 3.139 em isolamento domiciliar.
Situação do Piauí
Boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) na noite deste sábado (01/08) informou que a quantidade de mortes por covid-19 (coronavírus) no Piauí subiu de 1.354 para 1.369. O número de casos confirmados também cresceu, passando de 52.458 para 52.993. Foram 535 novos casos registrados e 15 óbitos nas últimas 24 horas, de acordo com a Sesapi.
Conforme o boletim, das 52.993 pessoas que contraíram o vírus no Piauí desde o início da pandemia, 50.905 já estão curadas.

Nesta segunda o Paraíba informa que estará aberto de 08h às 16hrs

Polícia prende suspeito de tráfico de drogas na cidade de Parnaíba

Os policiais informaram que questionaram o homem sobre a droga e que ele confessou que estava vendendo o material pelo preço de R$ 5 cada unidade.
Droga apreendida pela Polícia Militar
Policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar do Piauí prenderam na quinta-feira (30) um homem de 30 anos, suspeito de tráfico de drogas, que estava com 60 pedras de crack na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí.

Segundo a Polícia Militar, uma equipe da Rocam Bravo estava realizando um moto patrulhamento na Rua Guaporé, no bairro Pindorama, quando percebeu que um homem, que estava pilotando uma motocicleta Suzuki Azul, estava tentando se desfazer de um material após avistar a polícia.

Os policiais da Rocam fizeram então uma abordagem e descobriram que o homem estava com 60 pedras de crack e R$ 504,95 em dinheiro trocado.

Os policiais informaram que questionaram o homem sobre a droga e que ele confessou que estava vendendo o material pelo preço de R$ 5 cada unidade. Ele foi então preso e encaminhado para a Central de Flagrantes de Parnaíba, para que sejam tomadas as devidas providências.

Por Bárbara Rodrigues/GP1 | Edição: Jornal da Parnaíba

Vigilância Sanitária e PM fazem operação para impedir aglomerações em praias

Fotos: Prefeitura de Cajueiro da Praia

As vigilâncias sanitárias dos municípios de Luís Correia e Cajueiro da Praia intensificaram as fiscalizações nas praias do litoral neste fim de semana. Vários turistas, principalmente de Teresina, se deslocaram para a região. O trabalho tem o apoio da Polícia Militar.“A gente autua quando tem mais de 5 pessoas gerando aglomeração, segundo orientação do governo do estado, inclusive da mesma família”, informou o fiscal da Vigilância Sanitária de Cajueiro da Praia, Daniel Eduardo.

O fiscal explica que é feita uma notificação ao turista e se ele não se retirar do local é aplicada uma multa de R$ 236. Até o momento, ocorreram apenas notificações.

“A pessoa assina uma notificação e se ela não sair da praia aí sim é aplicada a multa. É assim que a gente procede. Primeiro vem a conscientização e depois a multa. Isso aconteceu ontem com dois casais, que foram notificados, mas deixaram o local”, relatou o fiscal.

Apesar das pousadas estarem funcionando obedecendo as medidas de distanciamento, os bares localizados nas praias estão fechados. O banho de mar só está permitido a partir de 8 de setembro.

Luís Correia

Em Luís Correia, a Companhia Independente de Policiamento Turístico e a Vigilância Sanitária também realizam fiscalização. Segundo balanço da PM, foram abordadas 36 pessoas, 6 carros e apreendido um quadriciclo.

Foram feitas rondas nas praias de Atalaia, Peito de Moça, Coqueiro, Arrombado, Macapá, Maramar e Barro Preto. 

Foto: PM

Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

Acidente na Avenida Pinheiro Machado entre Hilux e Cruze na madrugada deste domingo

O Chevrolet Cruze teve a frente destruída na colisão
Acidente no início da madrugada deste domingo, 2 de agosto, no cruzamento da Avenida Pinheiro Machado com a Rua Itaúna no bairro Piauí, em Parnaíba (PI) envolvendo uma Toyota Hilux e um Chevrolet Cruze.
A Hilux foi tingida do lado do motorista e foi empurrado pra cima do mourão colidindo também a lateral direita.
A Toyota Hilux era procedente da Rua Itaúna e o Chevrolet Cruze seguia pela Avenida Pinheiro Machado (trecho urbano da BR 343 que passa dentro de Parnaíba). O cruzamento é sinalizado por um semáforo o que indica que um dos dois passou com o sinal fechado ocasionando o acidente.
Acidente ocorreu no cruzamento da Av. Pinheiro Machado com a Rua Itaúna
O Cruze ficou com a frente destruída, já a Hilux teve a lateral bastante danificada. Devido a colisão a Hilux bateu em um mourão de cimento que faz a proteção na esquina e quebrou um poste de energia elétrica da Equatorial. Não teve feridos graves.
Com a batida quebrou o poste de energia elétrica da Equatorial
Como a colisão ocorreu em uma BR a jurisdição do levantamento das causas do acidente é da Polícia Rodoviária Federal.


Por José Wilson | Jornal da Parnaíba

RIFA SOLIDÁRIA



Apostas de Brasília e SP acertam os seis números da Mega-Sena


Foto PC
Duas apostas, de Brasília (DF) e Araçatuba (SP), acertaram as 6 dezenas da Mega-Sena, neste sábado (1º). O prêmio foi de R$ 22.646.687,38, e cada vencedor levará R$ 11.323.343,69.
Veja as dezenas sorteadas: 01 - 07 - 10 - 12 - 33 - 42. A aposta mínima custa R$ 4,50 e pode ser realizada pela internet ou em casas lotéricas.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos.
Agência Brasil

Vencedor do Prêmio Oceana, parnaibano Chico Rasta desvenda as belezas do Piauí

Vencedor do I Concurso de Fotografia da Oceana, Chico Rasta dedica o prêmio ao pai, o Velho Brandão, que foi recentemente uma das vítimas da Covid-19 em nome de quem ele abraça todas as famílias que perderam entes queridos na pandemia.

Conquista do I Concurso de Fotografia da Oceana

Desde a infância, a fotografia faz parte da vida de Francisco das Chagas Machado Brandão, mais conhecido como Chico Rasta, que na última semana venceu o I Concurso de Fotografia da Oceana, maior organização não governamental, sem fins lucrativos, exclusivamente dedicada à proteção e recuperação dos oceanos em escala global. Ele conquistou o prêmio com uma imagem que retrata a pesca artesanal na praia de Bitupitá, em Barroquinha, no Ceará.

Paixão por sets de filmagens
Chico Rasta é um artista múltiplo, além de fotógrafo e, dos bons, é jornalista e a lista não para por aí. Ao falar sobre seu trabalho com cinema, ele diz ser apaixonado pelos sets de filmagens e se define como palpiteiro de roteiro.

Em entrevista ao Nossa Gente, do Jornal Meio Norte, Chico Rasta lembra que seu pai tinha uma máquina fotográfica Kodak, bem amadora onde os filmes iam pra Manaus para serem revelados e levavam cerca de 30 dias. "Chegavam quase todas queimadas inclusive, lembro que acabei levando uma surra por ter pego o equipamento escondido de meu pai e levado pra escola. Ele acabou me pegando no flagra clicando na volta da escola, mesmo sem filme na máquina. Eu adorava aquele barulho de engatilhar e clicar. Nessa época, dei um tempo na fotografia (risos)".

“"Como fotógrafo, busco sempre ser uma janela. Oportunizar que mais pessoas possam ter acesso àquele momento de beleza que a natureza me permitiu naquele instante."" Chico Rasta

JMN: No Piauí, o que você mais gosta de registrar e sempre proporciona um espetáculo de imagem?
CR: O céu do Piauí é incrível, diferente. No extremo sul do estado você tem a amada luz dourada que nós fotógrafos tanto buscamos por quase que o dia todo. Nessa época do ano, o céu do por sol, principalmente no litoral, é um espetáculo diário. O azul do céu daqui é mais bonito, sem falar no espetáculo das noites com estrelas totalmente aparentes e o braço da via láctea sempre evidente na maior parte do ano. Bonito mesmo, pra quem tem “olhos de ver”, como bem diz minha sogra, Dora Rodrigues.

JMN: Que lugares do Brasil e do mundo você já listou para fotografar?
CR: Eu vou pelos biomas e suas particularidades. Por ser natural da minha região e admirador convicto, a Caatinga é o símbolo da força nordestina e dela ainda tenho muito a conhecer. Estive no Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. Quero conhecer os Pampas e voltar em todos esses biomas pelo menos mais umas dez vezes em cada, o Brasil tem muito o que se conhecer. No mundo, a Papua Nova Guiné e o leste da Austrália pelas Aves do Paraíso e as savanas africanas. Quem sabe, um dia, a Antártida.

JMN: O que a fotografia representa para você?
CR: A fotografia me permitiu literalmente olhar tudo de um jeito grande e pequeno ao mesmo tempo. Saber que tudo importa. A nuvem, a árvore, a abelha, o vento. E que nós, humanos, podemos aprender muito sabendo olhar pra tudo isso e compreender que nem todos os espaços nos pertencem. É preciso respeitar isso.

JMN: Você já fotografou todo o Piauí? Que lugares ainda pretende registrar?
CR: Tenho um projeto em parceria com o fotógrafo pernambucano, Luiz Netto, que é o idealizador da coleção Eco Expedições, para lançarmos o livro Expedição Piauí - O Sol do Equador, onde registramos a fauna e flora de todos os parques ambientais do Piauí. Desde as Nascentes do Parnaíba, até o Delta. O livro já está todo fotografado e aguarda um parceiro que acredite na força das nossas belezas piauiense para imprimirmos, estamos abertos. O Piauí é um estado que precisa se conhecer melhor quanto às suas belezas naturais também. Além do livro, esse projeto tem previsto um programa de TV produzido pela Madre Filmes que foi aprovado no edital da Ancine e Governo do Piauí e aguarda a liberação de recursos para execução. O programa vai mostrar o trabalho dos fotógrafos na captação das imagens, naturalmente tendo os parques nacionais como palco dessas expedições. Além do Expedição Piauí, eu já andei bastante no estado em busca de boas locações para filmes e séries nacionais gravarem por aqui. No Piauí, eu quero muito voltar nas Nascentes, lá a Natureza me mostrou que para ser grande é preciso começar pequeno, em alusão ao que ele é quando nasce e a grandiosidade do Rio Parnaíba desembocando no mar, formando o Delta.

JMN: A natureza está presente em seu trabalho fotográfico, que outros temas chama a sua atenção?
CR: Eu adoro fotografar arquitetura, inclusive fotografo e edito juntamente com os arquitetos André Gomes e Martha Rossielle a Revista Arquit’ethos. Fotografia de Gastronomia e Hotelaria são dois setores que atendo bastante na Rota das Emoções e gosto bastante. Documental e retratos também me chamam bastante atenção. São áreas que me sinto confortável pra trabalhar.

JMN: Você tem fotografias publicadas no banco de imagens do Ministério do Turismo, em várias outras publicações. Qual é o seu grande desafio como fotógrafo?
CR: Como fotógrafo, busco sempre ser uma janela. Oportunizar que mais pessoas possam ter acesso àquele momento de beleza que a natureza me permitiu naquele instante. Os desafios envolvem uma carteira de possibilidades inesperadas por se tratar de algo que nem sempre acontece como previsto, a espera é demorada e normalmente não é coroada com a nossa vontade. E a gente precisa respeitar isso também, que não é o nosso dia, que a luz não veio como queríamos, o bicho não deu chance...e tudo certo também. A natureza tem que querer. Não apenas a gente.

JMN: Essa imagem premiada no I Concurso de Fotografia da Oceana foi feita quando? Em qual lugar e qual a proposta dessa fotografia?
CR: Ela é de 24 de agosto de 2014. Minha primeira saída para o mar na praia de Bitupitá, em Barroquinha - CE. Eu estava com os técnicos do projeto Pesca Solidária, realizado pela ong Comissão Ilha Ativa, na qual eu trabalhava como coordenador de comunicação do projeto. Estávamos indo conhecer de perto a despesca dos currais e aquela arte tradicional de pesca da região. Os currais são construídos no mar que chegam à distâncias de cerca de 15 km da costa e mais de 20 metros de profundidade conforme a maré.  A manutenção dos currais feita por grupos de pescadores que se equilibram nas estacas de madeira cravadas no fundo do mar.

JMN: Você faz parte da Associação dos Fotógrafos de Natureza, qual a sua opinião sobre os cuidados e preservação do meio ambiente no Brasil?
CR: Aproveitando o momento, essa parada mundial serve de reflexão para forma consumista, super produtora de lixo e imediatista que vive a sociedade capital. A natureza há centenas de anos vem sofrendo baixas violentas, muitas já são irreversíveis, como o desaparecimento de inúmeras espécies, lixo nos oceanos, a produção de plástico, desmatamento de biomas e um pensamento medieval que beira à barbárie. O homem precisa compreender que faz parte de um ecossistema. Pela forma de vida e o péssimo exemplo que mostramos diariamente fica muito claro, pra mim, que o vírus somos nós, humanos. E se houvesse um diabo entre os animais, como há na fé cristã, esse diabo dos animais certamente seríamos nós.

JMN: Você conquistou vários prêmios, esse da Oceana, é o mais importante? O que ele representa?
CR: Todos são importantes, cada um tem presença forte e carimbam um momento especial do caminho. Serve para gente avaliar o que está fazendo e seguir andando porque a caminhada é longa e ainda falta muita estrada pra mim. Esse da Oceana, em especial, tem um valor muito forte por retratar a Pesca Artesanal, a força dos homens do mar e por me lembrar muito meu pai, o velho Brandão, que foi recentemente uma das vítimas da COVID-19 a quem eu dedico essa vitória em nome de quem abraço todas as famílias que perderam pessoas queridas nessa pandemia. Admiro a iniciativa da Oceana e não à toa a ONG é uma das maiores referências mundiais na proteção dos oceanos do planeta.

JMN: Você é roteirista, produtor, já fez participações em trabalhos na TV, filmes, novelas. Qual o trabalho que mais te encanta?
CR: Não sou roteirista. Apenas palpiteiro do roteiro alheio, muito modestamente e quando me é confiado o achismo. Por conta do cinema e da publicidade a gente acaba se envolvendo no ambiente do set de filmagem que é um lugar incrível pra mim. Eu dirigi algumas publicidades pela Framme Produções, a convite do diretor de cinema, Alexandre Melo, dentre elas o aniversário de 162 anos de Teresina, ainda pela Framme fiz a fotografia Still da minissérie Amor dos Outros que deve estrear em breve em canais fechados. Sem dúvidas, o set de gravação é um lugar mágico.

Jornal Meio Norte- Como começou essa sua história com a fotografia?
Chico Rasta: Trabalho com comunicação há 23 anos, comecei no rádio, passei pelo impresso, depois fui pra TV e web,  em 2000 na TV sempre pautado pelo jornalismo, fui repórter, apresentador e editor-chefe de telejornal, mas sempre com o pé na publicidade e documentário. Foi aí que comecei a observar profissionalmente a cinegrafia e consequentemente a fotografia captada pelas imagens. Com o passar dos anos, o avanço da tecnologia e a curiosidade me fizeram buscar a máquina fotográfica pela sua nova função, na época, de filmar. Mais precisamente, em 2009 quando casei, minha esposa Gelma viu que eu tinha algum jeito pra coisa e me presenteou com uma máquina fotográfica. Ela inclusive, além de incentivadora, é o critério de qualidade número um das minhas fotos. Desde então, passei a estudar de forma mais comprometida e acabei me assumindo também como fotógrafo profissional em meio à Comunicação Social.
Antes disso, ainda na época do filme e com uma câmera analógica emprestada, me arrisquei juntamente com um amigo (Edivan França) que na época era laboratorista fotográfico, em um concurso fotográfico local promovido pelo Sesc onde conseguimos emplacar algumas paisagens parnaibanas que estão até hoje no acervo da entidade.

Por Isabel Cardoso/MN | Edição: Jornal da Parnaíba
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