Em 2018 o Piauí detinha o pior indicador de ausência de esgotamento sanitário do país e o segundo maior indicador de ausência de coleta de lixo. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2018, que também apontam que Teresina possuía o pior índices entre as capitais, tanto na ausência de esgotamento, quando na coleta de lixo.
De acordo com o IBGE, 93% dos piauienses não têm acesso ao serviço esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial, pior indicador entre os estados. No Brasil a média de ausência desse serviço é de 35,7%, ou seja, quase três vezes menor que a verificada no Piauí. O menor indicador no país é o de São Paulo, com 7,7%.
As informações foram divulgadas esta semana na Síntese dos Indicadores Sociais. O Piauí tem elevados indicadores com relação a duas das três deficiências pesquisadas, no caso a “ausência de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial” e à “ausência de coleta direta ou indireta de lixo”.
Teresina também liderou nacionalmente o ranking negativo. O levantamento aponta que 91,2% dos moradores da capital não têm acesso a esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. A cidade tem índice maior que capitais como Macapá e Porto Velho. O melhor indicador no país é o de Vitória (ES), com apenas 0,2%.de ausência de acesso esgotamento por rede coletora.
Banheiros próprios
O Piauí também é o segundo estado do Nordeste com o maior incidência de residências sem banheiro próprio. O estado registra 13,2% das residências sem banheiro de uso exclusivo do domicílio, sendo superado pelo Maranhão, com 18,7%. O estado nordestino com menor proporção é o Rio Grande do Norte, com 1,8%.
Aluguel
O Piauí e o Maranhão são os estados com menor proporção de ônus excessivo com aluguel. Segundo o IGBE, em 2018, os estados registraram proporção de 1,7% e 1,8% respectivamente. Os estados que alcançaram maior percentual de pessoas residindo em domicílios com alto custo com aluguel foram Pernambuco (5,8%) e Sergipe (5,4).
Coleta de Lixo
O estado e a capital Teresina também foram mal avaliados no quesito coleta de lixo. De acordo com o IBGE, o Piauí tem o segundo pior indicador, com 28% das pessoas não tendo acesso ao serviço básico de coleta. O estado só tem indicador menor que o do Maranhão, que alcança 32,6% e é seguido pelo Pará, com 25,1%.
Para o Brasil, a média observada foi de 9,7% de ausência de coleta de lixo. O estado com o menor indicador foi o Rio de Janeiro, com 1,1%.
Apesar de proporcionalmente mais baixo do que o percentual estadual, Teresina também tem o maior indicador do Brasil no quesito coleta de lixo com 6,1% das pessoas não tendo acesso ao serviço.
A capital do país com o menor indicador (0%) foi Florianópolis (SC), onde a população era totalmente atendida na coleta de lixo.
Valmir Macêdo
valmirmacedo@cidadeverde.com