O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, esteve na Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI), nesta sexta-feira (26), onde participou de solenidade e almoço com o presidente da instituição, Antonio José de Moraes Souza Filho, empresários do segmento industrial e convidados.
Zé Filho compondo mesa de honra com o general Hamilton Mourão e o governador Wellington Dias
Em seu discurso o presidente da FIEPI, Zé Filho, enumerou ao vice-presidente alguns pontos importantes para o desenvolvimento do Estado e que representam os anseios dos segmentos produtivos, tais como conclusão da Ferrovia Transnordestina e dos Tabuleiros Irrigados Litorâneos, a instalação do Porto Seco de Teresina e ainda defendeu o trabalho desenvolvido pelo Sistema "S" em todo país.
“O Estado do Piauí há vários governos não recebe uma obra estruturante que possa contribuir de forma significativa para alavancar o nosso desenvolvimento. A Ferrovia Transnordestina, por exemplo, que beneficia diretamente a infraestrutura de transportes de três estados da região Nordeste, pelo seu cronograma inicial já deveria estar concluída e encontra-se paralisada e sem perspectivas de reinício. Sua conclusão será um marco de qualquer governo na região mais carente do Brasil que trará consequências positivas em matéria de desenvolvimento regional. Outra obra importante para nosso Estado é a dos Tabuleiros Litorâneos, que precisa e merece ser concluído, transformando aquela região em um grande centro produtor, gerando empregos e arrecadação”, afirmou Zé Filho.
Presidente Zé FIlho com o superintendente do Sebrae Pi, Mario Lacerda, o presidente da Federação das Indústrias do Ceará Beto Studart e o diretor de assuntos econômicos da FIEPI, Freitas
Zé Filho solicitou a implantação do Porto Seco de Teresina. “Senhor presidente os empresários que lidam com o comércio exterior buscam uma solução para exportação, que é a implantação de um Recinto Aduaneiro, conhecido como Porto Seco para realizar suas operações de alfandegamento.Estes empresários que atuam com importação e exportação estão dispostos a fazer uma parceria com o governo do Estado, para termos uma solução mais simples e que pode abreviar o tempo da burocracia para resolver esta demanda, agilizando e facilitando negócios do Piauí com o exterior”, pontuou.
Zé Filho falou ainda da importância do Sistema "S". “Todos sabem dos relevantes serviços prestados pelo Sistema "S", em todo o país. Estamos abertos ao diálogo com o governo para otimizar no que for possível a sua atuação em prol dos brasileiros”.
Na ocasião, o vice-presidente foi homenageado com a Medalha Simplício Dias a maior honraria entregue pela indústria local. Líder industrial, Simplício Dias foi um dos grandes precursores da indústria piauiense e também se destacou como líder político.
O general Hamilton Mourão, falou da dificuldade histórica do Brasil na questão fiscal e que o Governo Federal tem a grande missão de organizar o sistema tributário. “A receita é muito menor que a despesa, e durante muito tempo isso foi coberto com aumento de impostos, o que gerou uma taxa de impostos na faixa de 33% do produto interno bruto, totalmente incompatível com um país com as características do nosso. Se não déssemos uma parada nisso íamos comprometer irremediavelmente o Brasil das próximas gerações. Então a questão fiscal tem que ser resolvida na busca desse equilíbrio, seja na busca de privatizações, sessão onerosa do petróleo, e um ajuste do tamanho do estado".
Mourão explanou também sobre as obras estruturantes e sobre a Reforma Tributária. "A agenda de produtividade do país é baixa exatamente pelas questões que o presidente Zé Filho apontou. Você falou que nos últimos anos não houve nenhuma obra estruturante no Estado por parte do Governo Federal, então nos temos um problema sério de infraestrutura e nos sabemos como resolver, com a busca incessante do parceiro privado, para investir na infraestrutura tão necessária, de ferrovias, portos e aeroportos e outros gargalos que temos para o escoamento da nossa produção. Nos temos que promover um ajuste, nosso governo tem a grande missão de fazer esse ajuste, para que daqui a 10, 15 anos reorganize o nosso sistema tributário se equalize essas alíquotas, de modo que a gente cai para uma faixa de 22%, que é uma taxa que o Brasil deve suportar, para que a partir dai possamos nos transformar numa federação. Porque hoje 70% está na mão do Governo Federal e 30% na mão dos estado e municípios, essa inversão só será possível se caminhar lado a dado com a reforma tributária. Mas é um objetivo a ser perseguido".
Larissa Teixeira - Ascom FIEPI