A maior prova de que uma cidade tem o representante que merece, vem da escolha popular. Desde que se implantou o sistema democrático, decidem aqueles que formam a maioria de um determinado público.
E nessa democracia, está incluso, o direito das pessoas opinarem e expressarem seus pontos de vista, mas uma coisa não pode deixar de ser levada em conta. O seu direito termina, quando começa o do outro.
Hoje em dia é muito fácil qualquer pessoa pegar um celular, uma câmera filmadora e sair por ai dizendo “sou repórter”, e nessa brincadeira começar a fazer “fuxico de comadre” sem sequer checar as informações com quem de direito, e olha, isso é considerado crime.
Para que você entenda onde eu quero chegar, vamos fazer uma busca no passado bem recente, quando antes mesmo das decisões eleitorais, existiam três grupos de pessoas.
Primeiro os que estavam insatisfeitos com a situação de momento, e que reclamavam cobrando mudanças. Segundo, um grupo de pessoas que estava satisfeito, não reclamava, não cobrava mudança, mas que concordavam que algo precisava ser feito para melhorar. E por fim, aqueles que assistiam a tudo isso, calados, sem saber ao certo a quem daria a oportunidade, apenas nos últimos momentos, decidiram pela mudança.
As eleições de 2016 fizeram história na política parnaibana, e trouxe de volta à cena o atual prefeito Mão Santa, que já havia sido derrotado em outras disputas, mas que também teve suas experiências na vida pública que deram a ele essa chance de retornar ao comando da prefeitura, e assim aconteceu.
Ora, a mudança se deu porque a maioria assim escolheu, mas isso impede de a minoria protestar? Óbvio que não. Agora, é preciso que se tenha noção de como fazer um protesto diante de causas públicas. O alvo correto é a pessoa física? Ou o gestor público?
Afrontar o bom censo das pessoas, sejam elas quem forem, é no mínimo pedir retaliação, sim, porque não se pode dimensionar o tamanho do prejuízo moral, que muitos falastrões causam na família de uma autoridade constituída. Ai vem a pergunta, um erro justifica o outro?
Quando a maioria decidiu reconduzir depois de anos, o Mão Santa para a prefeitura, tomou essa decisão porque queria mudança. Problemas que ainda são reclamados nos dias de hoje, já se faziam na época, outras situações tiveram substancial melhora, capaz de serem notadas pela população. Você pode até dizer: “Ah mas não está como eu queria.” Continuem cobrando, dos vereadores e consequentemente de outros representantes.
O próprio prefeito sabe a dificuldade que se tem para administrar uma cidade nos dias de hoje, e sabe também, que só se consegue realizar quando o chefe do executivo faz o que o Mão Santa tem feito, que é, buscar em Brasília – DF apoio político para realizar projetos.
Só para dar um exemplo simples, fizeram uma algazarra danada afirmando “Não haverá carnaval em Parnaíba nesse ano”. A prefeitura foi lá e fez o carnaval, mesmo diante da escassez de recursos para investimentos na festa popular. Não encontraram mais nada e foram botar catinga dizendo “Não teve arquibancadas”.
Você consegue enxergar que a todo custo se busca um erro? é como se estivéssemos lidando com especialistas em coisa pública, com noções até do que não se imagina para palpitar sobre o que deveria ou não existir em um evento como o carnaval.
O vizinho prefeito de Buriti dos Lopes cancelou a festa e preferiu usar os recursos públicos em outra parte. Bom, é um direito que assiste ao gestor, mas fosse o Mão Santa cancelar aqui o carnaval, e decidir aplicar na saúde ou em obras, esses mesmos “Críticos intelectuais”, cairiam no palco chamado “Facebook”, para iniciar um espetáculo de moralismo, onde seriam certamente aplaudidos por suas plateias, coniventes com aquele pensamento.
O carnaval foi feito, e bom ou não, como queiram avaliar, ofereceu opções de festa, e de graça, para as pessoas com menos renda que não tinham como comprar um camarote, e consequentemente ao turista, que passou por lá na avenida, já que em relação a festas, o governo do estado preferiu investir no parceiro privado. Vai entender.
É preciso tomar cuidado com os “novos profissionais” da comunicação, que estão por ai nas calçadas, à procura “fatos”. E se você costuma racionar quando ler algo, certamente você vai procurar encontrar em uma reportagem o outro lado da notícia dada, quando você tiver esse outro lado, ai sim, você fará juízo de valor diante daquele assunto, mas quem fará é você e não o autor da reportagem.
Reportagem é a narração de fatos contendo duas ou mais versões de um assunto. Artigo é um ponto de vista do autor e assim se pode separar uma coisa da outra, basta ter sensibilidade para não cair no conto do vigário!
Por: Tiago Mendes
Fonte: BTM