Paulo Careca
Com um trabalho de 44 anos voltado para área da saúde, o conhecido Paulo Careca, atual Coordenador Administrativo do Pronto Socorro Municipal/SAMU, conversou com a reportagem do “Jornal Tribuna do Litoral” sobre os mitos e as verdades que são divulgados em blogs da cidade, a respeito do Pronto Socorro de Parnaíba. Paulo Careca também já foi diretor, por alguns anos, do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde – HEDA, que ele disse haver sido transformado em um cabide de empregos
“Hoje tenho 62 de idade, mais da metade da minha vida foi dedicada a área da saúde. Já fui diretor do HEDA, seicomo funciona lá e não é a maravilha que divulgam. Lá existem falhas no atendimento e em alguns procedimentos. Houve muito investimento, mas não está sendo usado. Hoje lá está sendo um cabide de emprego. Quando saí de lá tinha cerca de 500 funcionários e hoje a folha dobrou. A folha está tão encharcada que nem conseguem efetuar o pagamento em dia e os funcionários vivem com salários atrasados”, comentou.
Sobre o Pronto socorro Municipal Paulo Careca afirma que às vezes chegam a ser atendidas cerca 500 pessoas por dia. E afirma que recebe pacientes até do HEDA, para fazer curativos e outros procedimentos que são de responsabilidade daquele hospital e que “estão encaminhando para cá”. Atualmente, disse ele, os pacientes contam com 2 médicos atendendo 24 horas e, de segunda a quarta-feira, o Pronto Socorro conta com 3 profissionais para atender a população. Dentistas pela manha e tarde, de segunda a domingo. Laboratório de análises clínicas, enfermarias masculina, feminina e infantil, além de central de esterilização, pequenas cirurgias, ambulatorial de ortopedia; almoxarifado abastecido e duas ambulâncias para servir ao povo. “Aqui o tempo de espera é muito pouco. Se você pensar até no hospital particular você espera até 2 horas para ser atendido. Eu mesmo já passei mais de 2 horas para ser atendido”, enfatizou o diretor.
Paulo mostra a quem visita o local que o Pronto Socorro está todo equipado e preparado para receber qualquer pessoa. Toda a estrutura foi modificada, desde parte elétrica e hidráulica, banheiros, fechaduras das portas, ar-condicionado. “Agora está em fase de construção a casa destinado para os resíduos e rampa para os pacientes que chegam à ambulância”, esclarece.
Com relação o abastecimento de medicamentos ele informa: “Em janeiro e fevereiro desse ano tivemos um problema de medicamento realmente. O problema foi que as empresas não tinham para nos encaminhar e ocorreu o atraso. Ninguém fala do HEDA que falta medicamento, porque estão levando para lado político e eu não levo. Só quero levar para o lado humano. Todos os hospitais há casos de falta de medicamentos”
Com relação a um eventual atraso de médico de plantão ele justifica: a“Algumas vezes acontece, devido o deslocamento do médico de outro hospital. Isso acontece no HEDA, Santa Casa e no Brasil inteiro. O médico não tem só um emprego”, salientou, acrescentando que a folha de pagamentos dos funcionários do Pronto socorro estão em dia, com valores dos plantões equiparados com os outros hospitais.
Finalizou convidando a imprensa toda para conhecer as novas instalações e tudo que já foi realizado no PSM. “Eu não tenho lado partidário, aqui eu trato o povo. O prefeito quer assim e eu sempre pensei assim, mesmo no HEDA, quando trabalhei. Não olho a pessoa pelo partido e onde estou, na minha função, não faço política”, concluiu.
Reportagem:Bernardo Silva/Camila Neto
Fotos:Camila Neto
Fonte:Jornal “Tribuna do Litoral”