A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório divulgou na noite da terça-feira (27) que teve fotos íntimas vazadas na internet. Segundo ela, as imagens foram adquiridas por meio de um aparelho celular que foi hackeado entre os anos de 2013 e 2014, período em que ainda era casada com o governador Ricardo Coutinho (PSB).
De acordo com Pâmela, uma denúncia de crime cibernético com base na “Lei Carolina Dieckmann” vai ser feita à Polícia Federal. Segundo a assessoria da PF na Paraíba, ainda não houve nenhuma comunicação à polícia.
Em uma postagem feita no seu perfil pessoal do Instagram, Pâmela Bório explica que recebeu fotos pessoais antigas e que o rastreamento dos compartilhamentos das imagens vai ser feito.
A “Lei Carolina Dieckmann” entrou em vigor em 2 de abril de 2013. Ela tornou crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares e foi apelidada com o nome da atriz após fotos em que ela aparecia nua terem sido divulgadas na internet.
A foto que ilustra a postagem da ex-primeira-dama da Paraíba é uma composição de várias partes de um boletim de ocorrência que, segundo Pâmela Bório, foi feito na Delegacia da Mulher à época da invasão ao aparelho.
“Registro da Delegacia da Mulher, onde estão diversas denúncias, entre elas o hackeamento do meu celular entre 2013 e 2014, até a implantação de um dispositivo de gravação acoplado no telefone fixo do meu criado-mudo da suíte principal da residência oficial, onde eu dormia nesse período até março de 2015”, diz Pâmela.
A ex-primeira-dama ainda explica que o boletim é antigo e que não havia sido exposto antes. “Mas me vi obrigada a fazer o alerta diante de alguém que tenta me destruir de diversas formas, me prejudicando em todas as áreas e até os próximos a mim. Mas a minha fé e as pessoas que me amam verdadeiramente, como amigos e familiares, continuam na luta comigo contra uma corja covarde, insana, maquiavélica, cruel e sem limites”, completa.
Em nova postagem nesta quarta-feira (28), a ex-primeira dama Pâmela Bório atribui o vazamento das fotos íntimas à data em que teve o celular roubado na residência oficial do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. Ela diz acreditar que o celular foi para "forjar justificativa de vazamento" das fotos íntimas.
O advogado do governador, Sheyner Asfora, informou que a defesa do gestor vai abrir um processo para cada postagem que ela faça que tenha como alvo denegrir a imagem de Ricardo Coutinho.
Na rede social, Pâmela lembrou de uma briga envolvendo duas parentes do governador, Ana Carolina Coelho Coutinho e Viviane Coutinho – sobrinha e irmã, respectivamente, em setembro de 2015. Na época, a ex-primeira-dama disse que foi agredida por elas ao chegar à Granja Santana, residência oficial do governador. Já o advogado de Ricardo Coutinho, Fábio Rocha, afirmou que foi Pâmela quem criou a confusão e agrediu a irmã do governador.
Na postagem, ela disse que foi agredida na frente do filho e teve o celular roubado. “Para quê ele queria o meu iPhone, tirado violentamente das minhas mãos??? Será se os bandidos que roubaram meu aparelho novo em outubro de 2016 não foram enviados para forjar uma justificativa para tal vazamento intencional? Na época, o próprio cunhado do Ricardo Coutinho, Robert Sabino, me revelou que tudo já estava premeditado”, publicou.
“Não se trata de montagem, nem de vazamento despretensioso de fotos íntimas de um casal, mas atribuo a responsabilidade aos meus algozes de sempre”, publicou Pâmela Bório.
Fonte: G1