Para muitos, um desconhecido. Para a história recente do país, um dos homens mais importantes, e que deu uma imprescindível contribuição para que o Brasil desse um rumo à sua economia, num momento de extrema dificuldade.
Falamos do parnaibano, atualmente morando em São Paulo, Antônio de Pádua Seixas, ex-bancário, escritor, poeta, “que eu reputo o mais importante parnaibano vivo. Eu desconhecia este irmão ilustre. João Paulo dos Reis Velloso não o excede em nada”, disse o prefeito Mão Santa, em sua mensagem de saudação, durante homenagem que o município a ele prestou, outorgando-lhe o diploma e a medalha do mérito municipal. “Este diploma e esta medalha traduzem o orgulho do parnaibano em tê-lo como conterrâneo”, disse o prefeito, no ato da entrega.
O homenageado foi amigo de infância de Reis Velloso, em Parnaíba, tendo iniciado seu primeiro emprego aos 11 anos, na loja de ferragens do Franklin Véras. Fez o Ginásio e depois foi trabalhar no Mores S/A. Estudou também na União Caixeiral.
“Parnaíba finalmente faz justiça, porque até o momento ele estava na pauta da Parnaíba esquecida. É um dos parnaibanos mais importantes no Brasil. Por conta de sua biografia, Mão Santa resolveu fazer esta homenagem ao intelectual, poeta, Antônio Seixas”, disse o professor Israel Correia, chefe de Gabinete do Prefeito
Descendente da família de Simplício Dias da Silva, Antônio Seixas chegou a trabalhar com João Paulo dos Reis Velloso, numa consultoria internacional, após morar em vários países, inclusive na Alemanha, como servidor do Banco Central. Foi ele o negociador da dívida externa do Brasil, à época em que o Ministro da Fazenda era Dílson Funaro. “Naquela época o Brasil não tinha credibilidade alguma, a inflação chegava a 80%”, disse, durante pronunciamento.
Ainda no Banco Central, foi peça importante para a economia nacional, na gestão dos ex-ministros Bresser Pereira e Maílson da Nóbrega, este último com quem trabalhou no Banco do Brasil, em São Paulo.
Ao receber a homenagem, bastante emocionado, Antônio de Pádua Seixas disse: ”gostaria de salientar que me sinto profundamente honrado com esta homenagem. Lamento a falta da minha mãe e minha tia, que forjaram meu caráter e às quais devo tudo o que eu tenho na vida. Para representá-las, convidei dona Miriam Castelo Branco (que estava presente) para representar estas duas mulheres”.
Ele contou toda a sua trajetória de vida e explicou que o livro “Saltando Fogueira” que escreveu, com o qual presenteou o prefeito, não foi colocado à venda porque foi apenas uma forma de contar toda a sua trajetória aos seus descendentes.
(Superintendência de Comunicação - PMP)