A greve dos bancários completa hoje 29 dias e, segundo o diretor regional de Teresina do Sindicato dos Bancários, João Neto, o movimento grevista segue por tempo indeterminado.
Após duas semanas sem nenhuma negociação com os banqueiros, a categoria realizou ontem uma reunião para avaliar e encaminhar novas ações da greve. Eles decidiram disponibilizar de maneira intensiva os números de atendimento ao cliente dos bancos para que a população também pressione uma mesa de negociação entre as partes.
A reunião também serviu para desmistificar alguns boatos sobre a possibilidade de demissão já que a greve completa um mês amanhã.
Os bancários reivindicam reajuste salarial com reposição de inflação (9,62%) mais 5% de aumento real, participação dos lucros e resultados de três salários mais R$8.8317,90, piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Diesse em valores de junho/2016) e vale alimentação de R$880 ao mês (valor do salário mínimo).
“Nós realizamos uma reunião ontem para desmistificar alguns boatos como, por exemplo, chegar aos 30 dias de greve e correr o risco de ser demitido por considerarem abandono. Nós somos amparados pela lei da greve. Nossa reunião também buscou caminhos para uma maior adesão e conscientização da categoria. Há duas semanas estamos sem negociação, por isso a greve continua por tempo indeterminado”, comentou João Neto.
Durante o período de greve, os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não estejam vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheque, transferências e saques de benefícios sociais. Os clientes também podem usar, além da internet, os correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados).
A categoria já rejeitou duas propostas por não atender as demandas. Sobre reajuste salarial, as proposta foram de 6,5% e 7%, respectivamente.
O sindicato informou ainda que o atendimento de 30% está sendo cumprido.
Carlienne Carpaso
carliene@cidadeverde.com