A mudança é verde-amarela, mas também pode ser uma beleza rubro-negra. Seguem outras imagens do Mané Garrincha.
Vejam estas imagens. Volto em seguida.
A próxima manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff está marcada para o dia 13 de março. Há três atitudes a tomar:
a: ficar em casa ou fazer qualquer outra coisa, reconhecendo as virtudes superiores desse governo;
b: detestar o governo, considerá-lo criminoso, mas ficar em casa ainda assim, ou fazer qualquer outra coisa, porque, “afinal, ela pode não cair…”;
c: detestar o governo, considerá-lo criminoso e deixa isso muito claro nas ruas.
Bem, só uma escolha aí pode conduzir à mudança — se você está entre os que querem mudar. A repulsa passiva não conduz a lugar nenhum. Em larga medida, está nas mãos dos brasileiros deixar claro que já não confiam em Dilma; que consideram os crimes cometidos pelo seu governo inaceitáveis; que não enxergam na mandatária de turno condições mínimas para unir o país e tirá-lo do atoleiro.
E é preciso fazê-lo nos moldes das manifestações anteriores: com firmeza, com clareza, com alegria, com humor. E, sobretudo, como é regra nas manifestações em favor do impeachment, comportar-se segundo as imposições da civilidade.
A campanha em favor do protesto do dia 13 de março já está nas ruas. Em todo canto, vê-se a inscrição “Esse impeachment é meu”, deixando claro que está, de fato, nas mãos dos brasileiros decidir até quanto Dilma pode ficar no poder. E ela tem de sair não porque não gostamos do seu governo e suas escolhas, mas porque a presidente cometeu crime de responsabilidade.
Lutas políticas, meus caros, são mesmo longas. Se não bastou irmos às ruas três vezes, então iremos uma quarta, uma quinta, uma sexta… Até que Dilma nos dê a chance de, ao menos, recuperar a esperança. E isso só vai acontecer se ela deixar aquela cadeira. Esse é o primeiro passo para sairmos desse atoleiro melancólico.
É claro, já se disse aqui, que a simples saída de Dilma não representaria a redenção dos brasileiros. Os pobres não acordariam remediados no dia seguinte nem a classe média iria respirar imediatamente aliviada. Mas se terá tirado da frente a figura que se tornou um emblema dos desastres em série cometidos pelo petismo. É o primeiro passo.
Há dois consensos nacionais hoje em dia: a) o Aedes aegypti, que está em todo canto; b) a necessidade imperiosa de Dilma deixar a cadeira de presidente da República. E então voltamos a uma de três posturas: aplaudir o governo; rejeitá-lo, mas no silêncio do seu quarto; rejeitá-lo à luz do dia.
As imagens
Flamengo e Fluminense jogaram neste domingo em Brasília, no estádio Mané Garrincha. O rubro-negro venceu o tricolor por 2 a 1. Mas houve um quarto gol às portas do estádio e nas arquibancadas: os manifestantes pró-impeachment estavam lá, como já estão em toda parte, em cartazes espalhados pelas cidades, convocando a manifestação do dia 13 de março.
Não pensem que a mudança bate à porta. Não tenham a ilusão de que o establishment político ou o Poder Judiciário farão por nós o que só nós mesmos podemos fazer.
Se as ruas, respeitando os valores da Constituição, não enviarem o seu recado, o sistema — que abriga a maior roubalheira da nossa história e, quem sabe?, a maior da história em qualquer tempo — tende a se proteger e a se preservar.
Quando o mote da manifestação anuncia “Esse impeachment é meu”, está a dizer: “Esse impeachment é seu”.
Ou você o faz, ou ninguém o fará por você.
No dia 13 de março, há protesto em todo o país. Amanhã, dia 23 de fevereiro, durante o horário político do PT, as panelas e as buzinas vão cantar. E esse canto geral servirá de convocação para mais um grande protesto.
Já conhecemos todo o cinismo dessa gente, todas as suas explicações frouxas, todas as suas mentiras, todas as suas patéticas tentativas de nos enganar com versões fantasiosas, que partem do princípio de que somos um bando de tolos.
Se não agora, quando?
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