Dando uma olhada no passado a história nos fala de animais gigantes, como dinossauros, preguiça e outros monstros pré- históricos. Atualmente os maiores animais existentes estão nos mares. Sem duvida o grupo é formado pelas baleias, sendo a baleia azul o maior animal na terra no momento, com seus 28 metros de comprimento e até 160 toneladas.
Em terra firme temos centenas de animais de grande porte, como elefantes, girafas, bisão, boi, cavalo e outros. Quase todos de fino trato, só atacam quando seu habitat é invadido por estranhos. Dos animais de porte médio, aliás, entre todos os animais, o que mais mata é o homem. Calcula-se que de 1930 aos nossos dias foram mortos mais de 60 milhões de pessoas em todo o planeta, assassinados pelos próprios semelhantes.
O segundo exterminador está no grupo dos pequenos, onde predominam os insetos, grilos, baratas, moscas, mosquitos, formigas, cigarras e outros.
O mosquito, a pesar de ser pequenino, mata mais do que todos os animais acima citados. Quando os espanhóis se estabeleceram nas Ilhas Caraíbas, na América Central e outras ilhas, foram recebidos pelo mosquito “ANOPHELE” e morreram centenas com febre amarela. No inicio do século XIX, a Ilha de Santo Domingo era colônia francesa. Houve a revolução dos escravos para torná-la independente da França. Napoleão Bonaparte enviou 40 mil soldados para sufocar a revolta, morreram quase todos de febre amarela e outras doenças provocadas por mosquitos. Quero dizer, depois do homem, o mosquito é quem mais mata no mundo. Não houve nem batalha e a revolução triunfou.
No Brasil as primeiras notícias de febre amarela datam de 1685, com surto em Olinda e Recife. Mas o forte da doença chegou em 1849 quando um navio americano, vindo de Cuba, atracou em Salvador e infectou os portos e quase todo litoral do Brasil.
No inicio do século XX o Rio De Janeiro, capital do Brasil, na época, era considerada uma das cidades mais sujas do mundo e estava sendo atacada por todos os lados por varíola e febre amarela. O que os transmissores da doença não sabiam é que tinha se formado em medicina em 1892 o Dr. Osvaldo Cruz, que estagiou durante três anos no instituto PASTEUR, em Paris, voltando ao Brasil em 1899 e organizou o combate à Peste Bubônica que atacava Santos e outras cidades. Mostrou às autoridades que a epidemia só seria vencida com aplicação de soro adequado. Foi criado então o “Instituto Soroterápico Federal”, cuja diretoria assumiu em 1902.
Em 1903, a convite do Presidente Rodrigues Alves, Osvaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral da Saúde Publica. Organizou os “Batalhões Mata Mosquito”, sugeriu a vacinação obrigatória e eliminou a epidemia no Rio de Janeiro. Dirigiu a campanha de erradicação em Belém do Para e estudou as condições sanitárias em Rondônia, onde seria construída a ferrovia Madeira – Mamoré. Hoje, 100 anos depois, com tudo que há de moderno, tecnologia de primeiro mundo, estamos praticamente acuados diante do Polivalente “AEDES AEGYPTI”. O mosquito ataca em três frentes: dengue, chicungunha e zica. E ainda é ajudado pela incompetência e a corrupção.
Nosso atual ministro da saúde é medico, especializado em Política Partidária, deputado federal há mais de 20 anos. Acredito que neste período não aplicou sequer uma injeção. Mas foi indicado para o cargo na quota do PMDB, cujos comandantes são Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha (imagine). No Piauí também o secretario de saúde é medico, era prefeito de uma pequena cidade no sul do estado e chegou à secretaria indicado pelo deputado federal Assis Carvalho, do PT.
Osvaldo Cruz era medico sanitarista, chegou a diretor geral da saúde pela especialização. Hoje nossas autoridades chegam por indicação. E será que essas autoridades hoje estão preparadas, combatendo o mosquito da dengue com a mesma seriedade que Osvaldo Cruz combateu a febre amarela? Infelizmente nós vivemos em um país onde o governo administra distribuindo portaria; combate a inflação com aumento de juros e quer eliminar uma epidemia criando impostos...
Temos mesmo é que pedir proteção Divina e ajuda a Salve Rainha Vida Doçura Esperança Nossa, Salve!
(*)Benedito Gomes
Contador UFPI