A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí resgatou 156 trabalhadores de situação de trabalho análogo ao de escravo. O grupo realizava atividades de extração do pó da palha de carnaúba nas regiões de Picos, Ilha Grande do Piauí e Luís Correia. A informação foi divulgada no site nacional do Ministério do Trabalho e Emprego.
A situação era tão degradante que os trabalhadores chegaram a fazer comida em buracos e bebiam água de cacimbas ou rios.
Os auditores fiscais detectaram diversas irregularidades, entre as quais, informalidade, não realização de exames médicos admissionais, falta de instalações sanitárias - trabalhadores faziam suas necessidades fisiológicas realizadas no mato.
Outro flagrante foi a falta de alojamentos - os trabalhadores dormiam ao relento, em redes armadas em árvores-, falta de equipamentos de Proteção Individual, falta de materiais de primeiros socorros, falta de local adequado para preparo e tomada de refeições - a alimentação era preparada em buracos cavados no chão e os trabalhadores se alimentavam sentados no chão ou em troncos de árvores-. Havia falta de água potável - os trabalhadores bebiam água de cacimbas cavadas em leitos de rios e armazenada em tambores de produtos químicos.
Três empresas foram autuadas. O valor aproximado das verbas rescisórias foi de R$ 120.000,00. Como algumas das empresas negaram-se a pagar as verbas devidas aos trabalhadores, Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) entrará com ação civil pública na Justiça do Trabalho, com base no relatório da fiscalização.
Flash Yala Sena (Com informações do Ministério do Trabalho)