Na manhã deste domingo, dia 15, o Projeto Pesca Solidária reuniu a comunidade pesqueira da cidade de Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí, para apresentar as ações desenvolvidas pelos técnicos do projeto nas áreas de pesquisa, geração de renda, fortalecimento das organizações sociais, educação ambiental e reafirmar os objetivos do Acordo de Pesca feito com as comunidades que vivem e se sustentam do estuário dos rios Timonha e Ubatuba, área de abrangência do trabalho que está localizado na parte litorânea dos estados do Piauí e Ceará.
Na ocasião, o coordenador geral do Pesca Solidária, zootecnista Leandro Inakake, relembrou o trabalho desenvolvido desde 2010 na região por várias instituições como a Comissão Ilha Ativa, Apa Delta do Parnaíba, Care Brasil e Aquasis que agora ganharam o reforço da Embrapa, UFPI, UESPI e IFCE. “Fizemos essa construção juntos e agora com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, vamos poder realizar as ações que vocês, pescadores e marisqueiras, solicitaram nos encontros iniciados há quatro anos”, explicou Leandro Inakake.
Segundo o plano de trabalho do Pesca Solidária, já foram iniciadas pesquisas sobre a qualidade da água, espécies de peixes e crustáceos da região, comportamento de aves e do peixe-boi marinho, dentre outros. “Nosso planejamento de geração de renda visa não apenas o fortalecimento da cadeia produtiva e escoamento do pescado, mas também outras atividades como o turismo em suas várias formas e a agricultura familiar para que contemple seus filhos e netos em épocas de baixa produção”, ressaltou o coordenador de Comunicação, Francisco Brandão.
Ao todo, são quase 50 técnicos que estão diariamente realizando diversas atividades no estuário dentro do cronograma de trabalho do Pesca Solidária e que, conforme projetou o zootecnista Leandro Inakake, precisa do total envolvimento e participação da comunidade para que a construção seja coletiva, chegue à comunidade e possa cumprir seu papel de beneficiar a natureza e o ser humano inserido nela.
A presidente, Claudiana Araújo, do Grupo dos 12, associação constituída já a partir das ações do Acordo de Pesca que representa as colônias de pescadores do estuário, manifestou que a comunidade reacendeu a esperança de dias melhores com a concretização do Pesca Solidária. “Sabemos que o pescado está cada dia mais difícil e nós precisamos de ajuda para entender o que está acontecendo no nosso estuário e também procurar novas formas de sobreviver. Com a ajuda dos técnicos isso será mais fácil, nós sabemos que a caminhada é longa, mas ela já começou”, acredita a presidente.
O encontro possibilitou também que a comunidade tirasse dúvidas e se unisse pela causa. A prefeita de Cajueiro da Praia, Vânia Ribeiro, participou do evento e colocou-se a disposição, através das secretárias municipais para contribuir com o trabalho. “Tudo que for para o bem da nossa gente, tem nosso total apoio e empenho”, disse a prefeita.
Leandro Inakake informou aos presentes que o Pesca Solidária vai estar não apenas inserido entre os pescadores, mas também nas escolas e com os turistas que frequentam a região com trabalho de educação ambiental, oficinas de arte, palestras e limpeza de praia. “O que vamos realizar em Cajueiro da Praia, também vai acontecer na cidade de Chaval e praia de Bitupitá em Barroquinha, no Ceará, que também compõem o estuário e nossa área de atuação”, concluiu.
Nos próximos dias, o Projeto Pesca Solidária vai reunir-se com os pescadores e respectivas colônias nas cidades de Chaval e Barroquinha para fazer a mesma exposição, os encontros estão marcados para os dias 21 e 22 de junho, respectivamente.
Coordenadoria de Comunicação – Projeto Pesca Solidária.