A denúncia foi feita pro um dos frequentadores da boate. Identificado apenas pelas iniciais E.C., a artista depenou a galinha viva. O animal cacarejava de dor. Revoltado, ele subiu no palco para tentar interromper a performance, mas foi dominado por seguranças e expulso da boate.
“A galinha cacarejava alto de tanta dor, tentei tirá-la das mãos da drag Queen, mas ela disse que a mesma era apenas um ‘objeto’. O pior de tudo era que as pessoas aplaudiam, não estavam interessadas na dor do animal. Os seguranças me colocaram pra fora da boate, pois alegavam que eu estava tumultuando o local, mas maltratar animais é crime, quem merecia ser enxotada para fora, era a drag. Eu soube que ela ainda torceu o pescoço da galinha”, desabafou o jovem.
Expulso da Merceara, E.C. entrou em contato com duas amigas, que comunicaram o ocorrido à Apipa. O grupo registrou um Boletim de Ocorrência contra Gorgona Mayer no 1º Distrito Policial de Teresina. Acusam a artista de infringir o Decreto Lei 24.645, de julho de 1934, cujo texto prevê punição “àquele que, em lugar público ou privado, aplicar ou fizer aplicar maus tratos aos animais”.
O advogado da Apipa, Thiago Tardelli, afirmou que a associação vai tomar as devidas providências. A drag queen será denunciada pelo crime de maus tratos. Já a boate será acionada civilmente por ter expulsado o rapaz que tentou impedir a performance. “A pena para quem pratica ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é a detenção, de três meses a um ano, e multa”, esclareceu Tardelli.
O grupo tenta agora encontrar fotografias ou filmagens da performance de Gorgona Mayer na noite daquele sábado (04).
Vídeo denominado (Thaysa Teodora Gorgona Mayer Gagliardi Ascânio Maldonado Wolkoff Fraser Chronemberguer) publicado no Youtube em das apresentações da drag.