É o que aponta a pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí - Sinpolpi. As estatísticas indicam ainda que nos últimos meses Parnaíba tem ficado entre as cidades com mais crimes de assassinato.
Há cada mês de 2011 o Piauí vem batendo um recorde atrás do outro no número de crimes letais intencionais (homicídios dolosos e/ou latrocínios) ocorridos. Em agosto o fato não foi diferente, foram registrados 53 assassinatos.
Segundo a pesquisa, no mês passado houve um incremento percentual de 26% ou 11 crimes a mais em relação ao mês de julho dos crimes letais intencionais ocorridos no estado, sendo que 48% foram praticados por arma de fogo.
Em agosto Teresina continuou sendo mais violenta do que todos os municípios do interior do Estado juntos, tendo 64% (34 casos) de todos os crimes contra a vida.
No interior do Estado, a cidade de Parnaíba foi a mais violenta com 26% (05) dos casos ocorridos fora da capital. Também um recorde constatado pelo estudo e investigação sobre o assunto. Nas últimas pesquisas, Parnaíba tem sempre ficado entre as primeiras em número de crimes previstos no artigo 121 do Código Penal Brasileiro, às vezes se revezando com Picos que em agosto registrou dois assassinatos.
Para o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, enquanto não houver uma atitude séria por parte das autoridades da área de Segurança Pública do Piauí, infelizmente estes números tenderão a aumentar como já se percebe pelas pesquisas realizadas. O sindicalista lembra que há um déficit muito grande de policiais civis, somos um total de apenas 1352 policiais civis (delegados, peritos, agentes e escrivães) para atender todo o estado. Em muitas cidades do interior as delegacias foram fechadas ficando apenas um ou dois policiais militares com coordenador policial civil para atender diversas cidades circunvizinhas e com lotação em municípios às vezes localizados a mais de 100 quilômetros daquela comunidade, fato que dificulta na hora de fazer uma diligência e autuar um detento em flagrante, por exemplo, sem contar o problema com a falta de combustível, as viaturas sucateadas e a insalubridade do local de trabalho.
Fonte: 180 graus
Edição: Blog do Pessoa
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